tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...

tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ... tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...

floresta.ufpr.br
from floresta.ufpr.br More from this publisher
25.10.2013 Views

autor não há um determinante de finalidade pelo qual as organizações sejam determinadas, isto é, organizações como tais são independentes quanto ao fim ao que se destinam. Por outro lado o mesmo autor entende também que as organizações não prescindem de meios estruturais pelos quais se possam produzir serviços ou itens que atendam a necessidades dos sujeitos que a compõem. Assim, pondera-se que toda organização se constitui igualmente por meio de estruturas que dão suporte às suas ações. É do entendimento explícito ou tácito da literatura; como, por exemplo, em FARIA (1984), CURY (1986), LERNER (1991), OLIVEIRA (1991), MIRANDA (1991), LERNER (1992), SINCLAYR (1993), FAYOL (1996), DAFT (1999), MORGAN (2000), ARAUJO (2001) e HEMSLEY & VASCONCELLOS (2002) entre outros, que as estruturas organizacionais que dão suporte a atividades das instituições são basicamente cinco: i. Estrutura Organogramática: que está relacionada à composição hierárquica e de comando entre pessoas ou departamentos que constituem a organização; ii. Estrutura Funciogramática, ou funcionogramática: que está relacionada à distribuição de responsabilidades e deveres entre os componentes institucionais; iii. Estrutura Fluxogramática: que corresponde às etapas e processos pelos quais a instituição funciona na produção de bens ou serviços, assim como na sua própria ação de suporte aos mesmos; iv. Layout: relacionado à ocupação pretendida racional e lógica do espaço por meio de meios físicos de posse e uso da instituição; e, v. Cultura: conjunto de ritos, mitos e valores compartilhados que paradigmaticamente abalizam tanto o comportamento assim como a concepção e visão de mundo dos que compõem a instituição. Ora, efetivamente a composição institucional deveras decorre da estrutura básica de seu funcionamento, isto é, a Cultura institucional; a que determina como 58

todas as demais se moldarão. É a partir do entendimento cultural dos indivíduos que compõem e gerenciam a instituição (inclusive de suas perspectiva de adequação racional e lógica do arranjo institucional) que as demais estruturas se constituirão por meio do processo de tomada de decisão. Neste sentido as operações clássicas; a saber: dirigir, planejar, controlar e organizar; assim como as funções clássicas; a saber: marketing, recursos humanos, produção e finanças; da Administração, como ética ou ciência, se baseiam no conjunto de valores que é comum aos que participam da organização ou, pelo menos, dos que a administram. Não se trata, contudo, de aceitar-se ou de defender-se que os esquemas interpretativos compartilhados pelos concernidos à instituição elucidam seu funcionamento ou a regrem, como os trabalhos de ANDRADE FILHO & SILVA (2001) e AGUIAR (2002) podem sugerir, ou o de BERTOLINI & TAGLIAPETRA (2007) transparecer, mas que certamente os valores organizacionais se constituem no arcabouço primeiro que plasma a instituição. Por conseguinte emergem dos valores culturais por meio do processo de tomada de decisão as ações que buscam privilegiar, aperfeiçoar ou tornar eficazes as instituições, seus setores ou suas atividades. Quando estas ações são projetas de modo racional, lógico, sistematizado e metodologizado, então se constituem em estratégias. DERESKY (2004), ao tratar de processos estratégicos, aponta que o mesmo se dá em função da necessidade das organizações se inserirem de modo positivo e com regalias no mercado, em especial no global. Neste sentido, a seqüência de ações ponderadas com fins à consecução de um, ou mais, objetivo é o fulcro da estratégia. Fulcro esse que deve estar baseado em ponderar de modo racional e lógico no sentido de dar à estratégia o predicado de se encontrar amparada em uma razão que não pressupõem sem bases de dados adequadas à realidade tanto interna quanto externa à organização; pelo que se entende que as ações estratégicas da organização se dão tanto em função de sua própria constituição 59

todas as <strong>de</strong>mais se moldarão. É a partir do entendimento cultural dos indivíduos<br />

que compõem e gerenciam a instituição (inclusive <strong>de</strong> suas perspectiva <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>quação racional e lógica do arranjo institucional) que as <strong>de</strong>mais estruturas se<br />

constituirão por meio do processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

Neste sentido as operações clássicas; a saber: dirigir, planejar, controlar e<br />

organizar; assim como as funções clássicas; a saber: marketing, recursos<br />

humanos, produção e finanças; da Administração, como ética ou ciência, se<br />

baseiam no conjunto <strong>de</strong> valores que é comum aos que participam da organização<br />

ou, pelo menos, dos que a administram.<br />

Não se trata, contudo, <strong>de</strong> aceitar-se ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r-se que os esquemas<br />

interpretativos compartilhados pelos concernidos à instituição elucidam seu<br />

funcionamento ou a regrem, como os trabalhos <strong>de</strong> ANDRADE FILHO & SILVA<br />

(2001) e AGUIAR (2002) po<strong>de</strong>m sugerir, ou o <strong>de</strong> BERTOLINI & TAGLIAPETRA<br />

(2007) transparecer, mas que certamente os valores organizacionais se<br />

constituem no arcabouço primeiro que plasma a instituição.<br />

Por conseguinte emergem dos valores culturais por meio do processo <strong>de</strong><br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão as ações que buscam privilegiar, aperfeiçoar ou tornar eficazes<br />

as instituições, seus setores ou suas ativida<strong>de</strong>s. Quando estas ações são projetas<br />

<strong>de</strong> modo racional, lógico, sistematizado e metodologizado, então se constituem<br />

em estratégias.<br />

DERESKY (2004), ao tratar <strong>de</strong> processos estratégicos, aponta que o<br />

mesmo se dá em função da necessida<strong>de</strong> das organizações se inserirem <strong>de</strong> modo<br />

positivo e com regalias no mercado, em especial no global. Neste sentido, a<br />

seqüência <strong>de</strong> ações pon<strong>de</strong>radas com fins à consecução <strong>de</strong> um, ou mais, objetivo<br />

é o fulcro da estratégia.<br />

Fulcro esse que <strong>de</strong>ve estar baseado em pon<strong>de</strong>rar <strong>de</strong> modo racional e lógico<br />

no sentido <strong>de</strong> dar à estratégia o predicado <strong>de</strong> se encontrar amparada em uma<br />

razão que não pressupõem sem bases <strong>de</strong> dados a<strong>de</strong>quadas à realida<strong>de</strong> tanto<br />

interna quanto externa à organização; pelo que se enten<strong>de</strong> que as ações<br />

estratégicas da organização se dão tanto em função <strong>de</strong> sua própria constituição<br />

59

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!