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tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...

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A abordagem qualitativa como paradigma <strong>de</strong> pesquisa é a opção <strong>de</strong>ste<br />

trabalho. O que equivale dizer que tanto a análise <strong>de</strong> dados, quanto sua busca e<br />

<strong>de</strong>limitação das operações que o perscrutem se fundamentam em um<br />

entendimento contextualizado dos mesmos, mais do que na noção <strong>de</strong> uma escala<br />

que os valorem e vali<strong>de</strong>m.<br />

Neste sentido, preten<strong>de</strong>-se que os dados se interpretem à luz <strong>de</strong>sta visão<br />

gnosiológica que, operando quando for oportuno com dados e informações<br />

quantitativos, se ocupe em dar significado aos mesmos. É oportuno, portanto,<br />

pon<strong>de</strong>rar que o paradigma não exclui dados e informações quantitativos, mas que<br />

busca dar significados contextualizados para o mesmos.<br />

Neste sentido, busca-se um Discurso Prático, nos mol<strong>de</strong>s preconizados por<br />

HABERMAS (1989), advindo do diálogo entre os concernidos ao espaço <strong>de</strong><br />

pesquisa que po<strong>de</strong> incluir dados quantitativos que contribuam para a construção<br />

do conhecimento <strong>de</strong> modo crítico e que permitam uma interpretação mais<br />

a<strong>de</strong>quada do real. Discurso que compartilhe saberes e incremente potencialmente<br />

o entendimento da realida<strong>de</strong> que se procura abranger.<br />

Discurso que passa a ser prático, no sentido <strong>de</strong> operacional, porque<br />

compartilhado entre concernidos – aqueles que afetos a uma questão buscam um<br />

entendimento comum sobre algo – que atingiram um consenso; uma posição que<br />

aten<strong>de</strong> minimamente às pretensões <strong>de</strong> cada concernido, mas que não é<br />

necessariamente o que cada um gostaria individualmente.<br />

Não obstante o diálogo, o que <strong>de</strong>le resulta é o que o pesquisador elabora<br />

após o mesmo. Isto é, não se envereda em uma ação plural <strong>de</strong> construção do<br />

conhecimento (como a pesquisa-ação ou a pesquisa participativa po<strong>de</strong>m gerar);<br />

antes, pelo diálogo o pesquisador constrói seu próprio discurso e sistematiza suas<br />

consi<strong>de</strong>rações. O discurso prático, então, é o que se consegue estabelecer <strong>de</strong><br />

modo <strong>de</strong>preendido e consubstanciado do real; o que se interpreta dos dados e o<br />

que a partir <strong>de</strong>les se conclui se tornam únicos.<br />

Arca este esforço <strong>de</strong> pesquisa com tal visão <strong>de</strong> mundo ao tentar elaborar os<br />

conceitos que se fazem emergir do nicho <strong>de</strong> pesquisa sobre o qual se <strong>de</strong>bruça.<br />

Neste sentido, o que pesquisa dá sentido e entendimento ao que observa no<br />

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