tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...
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Em especial, o paradigma apresenta uma vertente que se baseia na<br />
interação entre sujeitos capazes <strong>de</strong> se influenciarem mutuamente mediante o<br />
processo <strong>de</strong> comunicação na construção do conhecimento e da verda<strong>de</strong> (e<br />
também socialmente) com algo consensual; sendo, assim, também conhecido<br />
como paradigma comunicativo. Tal <strong>de</strong>marcação se baseia no trabalho <strong>de</strong> Jürgen<br />
Habermas – filósofo oriundo da Escola <strong>de</strong> Frankfurth – e dos que compartilham <strong>de</strong><br />
uma visão crítica do real (dando origem também a uma <strong>de</strong>nominação recorrente<br />
<strong>de</strong> paradigma crítico).<br />
MOSER (2000) assevera que a visão particular <strong>de</strong> mundo é inerente ao<br />
pesquisador, isto é, a subjetivida<strong>de</strong> do que pesquisa é parte indissociável nas<br />
percepções que tece acerca <strong>de</strong> seu objeto <strong>de</strong> estudo. Assim, todo pesquisador<br />
elabora dados e informações <strong>de</strong> modo tal que sua historicida<strong>de</strong>, pessoal e sócio-<br />
cultural, se revela na fala que perpetra acerca do objeto <strong>de</strong> estudo. O objeto, pois,<br />
não é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do sujeito, mas se revela por sua fala em acordo a<br />
subjetivida<strong>de</strong> do pesquisador.<br />
Mas, tal subjetivida<strong>de</strong> não é nem superposta nem excluída do próprio real e<br />
das relações sociais nele presente. Antes a subjetivida<strong>de</strong> do pesquisador é tal que<br />
interage, influenciando e sendo influenciada, pelo ambiente em que se insere e<br />
pelo objeto que contempla. Assim as consi<strong>de</strong>rações que se tece em um processo<br />
<strong>de</strong> produção do conhecimento são as que emergem da relação <strong>de</strong> interação entre<br />
pesquisador e real – uma relação <strong>de</strong> referenciação a partir do lastro <strong>de</strong> saberes<br />
prévios e construídos durante o processo <strong>de</strong> formalização do conhecimento; uma<br />
relação fundamentada na comunicação.<br />
DUHA & SEMINOTTI (2006) se apropriaram do paradigma para pon<strong>de</strong>rar<br />
sobre a formação <strong>de</strong> equipes nas organizações e estabelecem que a análise do<br />
ambiente organizacional po<strong>de</strong> se dar pela interpretação das condições que se<br />
consegue perceber na interação entre pessoas e grupos <strong>de</strong> pessoas, <strong>de</strong> uma<br />
organização e seus componentes; <strong>de</strong> entes que se comunicam e que têm<br />
pretensões; por vezes concorrentes, por vezes concordantes; mas que necessitam<br />
buscar o consenso na construção da realida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>sejam.<br />
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