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25.10.2013 Views

experiência vivida é lanterna na popa: diz sobre o pregresso sem poder mudá-lo e pouco sugere sobre o futuro. Ao se ponderar tais limitações o intento não é em absoluto o de justificar as limitações, mas de assumindo-as propiciar uma crítica que dê base mais rija aos esforços de pesquisa que, se espera, seguirão após o término desta empreitada. Ao se assumir as limitações se busca apontar para o próprio esforço aceitando-o como é e avocar quais sejam suas características que o constituem como produto original de pesquisador, pois que o pesquisador em si mesmo é limitado e isto o faz como é: humano e racional. O limite e seu reconhecimento é também o reconhecimento do potencial de aperfeiçoamento e novos campos por onde se aprimorar. Já na apresentação revisão bibliográfica se ponderou que eventualmente bons trabalhos poderiam ser negligenciados enquanto outros, menores, poderiam ser supervalorizados, toda revisão de bibliografia seleciona autores e nenhuma seleção deste tipo é perfeita. O esforço de pesquisa pode ter sido limitado pela falta de conhecimento do que o efetivou quanto a autores relevantes, de sua capacidade de leitura crítica, de sua capacidade de análise acerca do que leu. Do mesmo modo, em se tratando da observação não-participativa (que não é em absoluto não-interativa) é possível se pontuar que talvez a capacidade de observação e interpretação do observador frente a seu objeto pudesse ter sido mais acurada. Mas, as opções deste trabalho assumem tal possibilidade e não o invalidam; antes lançasse desde já o convite aos leitores deste trabalho que, dele discordando ou concordando, também observem e interpretem. Novas percepções tanto podem incrementar o conhecimento acerca do tema quanto embasar posicionamentos mais acurados. O limite do pesquisador é o limite sua perspicácia, de sua capacidade de entender e de exprimir sua compreensão sobre o real. Por outro lado, há questões práticas que limitaram o trabalho como a falta de recursos financeiros que subsidiassem gastos inerentes à ida a campo ou à aquisição de livros, o fato do pesquisador atuar profissionalmente enquanto 126

desenvolvia a pesquisa (portanto, sem poder se dedicar exclusivamente a ela), entre tantas demandas menores. As atividades de observação ocorreram no espaço de um ano, a questão do tempo então pode ser explicitada como um fato limitante da pesquisa. Em se podendo dedicar mais tempo ao acompanhamento das organizações talvez as percepções fossem outras. Mas, esta é uma questão menor; não é o tempo dedicado à observação uma variável preponderante quando se tem um olhar treinado sobre a área de gestão da qualidade e tecnologia na área da madeira (se espera que os créditos do curso de doutorado tenham gerado no observador tal habilidade; se não criaram, mesmo um tempo infinito de observação de nada lhe valeria). Além do exposto, há um fator limitante relevante que parte da inerente participação de colaboradores e gestores das serrarias quanto ao responder ao questionário proposto. Confiou-se na resposta dos mesmos, às suas repostas se atribuiu boa fé na intenção e exatidão quanto ao conteúdo; não se buscou confrontar as informações fornecidas com documentos que possivelmente as corroborassem. Aliás, entende-se que não poderia ser de outro modo. Assumida uma postura dialógica com os interlocutores de cada serraria, seria inadequado não lhes creditar boa vontade ao terem respondido ao questionário e fidelidade quanto às resposta. Semelhantemente, acerca dos momentos de observação, entende-se que as instituições funcionavam como verdadeiramente funcionam; até por que não se percebe razão pela qual uma serraria mudaria seu modo de operação em função de uma visita de um doutorando. Quando da eleição e aplicação de critérios, formação de categorias e construção de classes de convergência estas se fizeram em concordância com a perspectiva que se pode consolidar pela atuação do pesquisador; circunstâncias outras observadas e pesquisadores outros talvez levassem a outras consolidações. Novamente aqui se assume o risco da opções feitas e se reconhece limites do trabalho. 127

<strong>de</strong>senvolvia a pesquisa (portanto, sem po<strong>de</strong>r se <strong>de</strong>dicar exclusivamente a ela),<br />

entre tantas <strong>de</strong>mandas menores.<br />

As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> observação ocorreram no espaço <strong>de</strong> um ano, a questão<br />

do tempo então po<strong>de</strong> ser explicitada como um fato limitante da pesquisa. Em se<br />

po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>dicar mais tempo ao acompanhamento das organizações talvez as<br />

percepções fossem outras. Mas, esta é uma questão menor; não é o tempo<br />

<strong>de</strong>dicado à observação uma variável prepon<strong>de</strong>rante quando se tem um olhar<br />

treinado sobre a área <strong>de</strong> gestão da qualida<strong>de</strong> e tecnologia na área da ma<strong>de</strong>ira (se<br />

espera que os créditos do curso <strong>de</strong> doutorado tenham gerado no observador tal<br />

habilida<strong>de</strong>; se não criaram, mesmo um tempo infinito <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> nada lhe<br />

valeria).<br />

Além do exposto, há um fator limitante relevante que parte da inerente<br />

participação <strong>de</strong> colaboradores e gestores das serrarias quanto ao respon<strong>de</strong>r ao<br />

questionário proposto. Confiou-se na resposta dos mesmos, às suas repostas se<br />

atribuiu boa fé na intenção e exatidão quanto ao conteúdo; não se buscou<br />

confrontar as informações fornecidas com documentos que possivelmente as<br />

corroborassem.<br />

Aliás, enten<strong>de</strong>-se que não po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong> outro modo. Assumida uma<br />

postura dialógica com os interlocutores <strong>de</strong> cada serraria, seria ina<strong>de</strong>quado não<br />

lhes creditar boa vonta<strong>de</strong> ao terem respondido ao questionário e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> quanto<br />

às resposta.<br />

Semelhantemente, acerca dos momentos <strong>de</strong> observação, enten<strong>de</strong>-se que<br />

as instituições funcionavam como verda<strong>de</strong>iramente funcionam; até por que não se<br />

percebe razão pela qual uma serraria mudaria seu modo <strong>de</strong> operação em função<br />

<strong>de</strong> uma visita <strong>de</strong> um doutorando.<br />

Quando da eleição e aplicação <strong>de</strong> critérios, formação <strong>de</strong> categorias e<br />

construção <strong>de</strong> classes <strong>de</strong> convergência estas se fizeram em concordância com a<br />

perspectiva que se po<strong>de</strong> consolidar pela atuação do pesquisador; circunstâncias<br />

outras observadas e pesquisadores outros talvez levassem a outras<br />

consolidações. Novamente aqui se assume o risco da opções feitas e se<br />

reconhece limites do trabalho.<br />

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