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25.10.2013 Views

tal espaço, um referencial para práticas de extensão como de pesquisa junto ao pólo. O trabalho igualmente traz à luz de modo sistematizado aspectos do pólo e das serrarias que dele participam por meio de categorias e classes de convergência. Estas podem referenciar comparações posteriores e servir de base à crítica inerente à pesquisa acadêmica – podendo ser reforçadas ou falseadas no processo evolutivo do progresso científico. Entretanto, há também uma possibilidade de contribuição mais ampla. Em geral as técnicas de desdobro se tornam importante quando se pondera espécies madeiráveis, quando se aponta soluções de hardware e software que as melhore, tornando-as mais produtivas, eficientes e eficazes. Mas, as empresas que aplicam as técnicas têm sido negligenciadas como espaço de pesquisa; seja quanto ao seu funcionamento, ou suas estratégias, seus imperativos e condições contextuais. Neste sentido, o trabalho tem o mérito de se constituir em um empenho que acrescenta um foco de análise necessário à compreensão deste importante e básico elo da cadeia da madeira. Ao se compreender melhor como estrategicamente as serrarias têm atuado é, entre tantas opções, possível buscar alternativas que lhes sejam mais contextualizadas inclusive quanto às técnicas. A opção qualitativa não tem uma tradição abalizada quando se referencia a área florestal e da madeira; desbravar e desmistificar são contribuições que este empenho científico pode oferecer conquanto incite a novas pesquisas, a novos esforços de construção e reconstrução do conhecimento. Novos esforços que o superem, inclusive contradizendo-o ou mesmo nele se apoiando para ir além. Aplicar, então, a prática investigativa a outros pólos pode gerar uma massa crítica suficiente para uma meta-pesquisa; evidenciar-se par e passo as estratégias dos vários pólos gera novas categorias e grupos de convergências para uma área mais ampla a cada redimensionamento do estudo. Quanto à validade do trabalho, pelo menos três situações podem e devem ser contempladas: 124

125 i. Quando os objetivos de uma pesquisa são alcançados e subsidiam adequadamente a formulação de uma resposta à pergunta de pesquisa (legitimada metodologicamente), então o trabalho é valido e deve ser validado. ii. Um esforço de pesquisa se valida à medida da solidez de seus fundamentos teóricos e de uma equilibrada relação com seus pressupostos científicos e éticos (autenticidade, responsabilidade, transparência, etc.) na constituição de suas apreciações quanto ao real. iii. Ao se assumir o viés qualitativo e comunicativo como norteador do trabalho assume-se também uma posição da busca da validação por meio do diálogo com o outro e, neste sentido, esforços de pesquisas ulteriores que ecoem a este o validarão (tanto pela aceitação quanto pela negação já que o diálogo livre pressupõe a liberdade de expressão). A validade e a validação do esforço de pesquisa, pois, são facetas complementares de uma mesma moeda – se valeu a pena e se o esforço é reconhecido são perspectivas diferentes sobre um mesmo objeto. Uma pesquisa que, bem conduzida segundo os princípios que assume como determinantes de sua prática, se auto-referencia e é validada pelos que a ela têm acesso após analise criteriosa a partir da própria pesquisa e não em função de comparações discriminatórias. Todavia, há limitações que podem ter determinado os alcances deste trabalho às quais agora, quando as últimas considerações se tecem, não podem alterar os encaminhamentos que foram dados e nem poderiam, pois que a

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i. Quando os objetivos <strong>de</strong> uma pesquisa são<br />

alcançados e subsidiam a<strong>de</strong>quadamente a<br />

formulação <strong>de</strong> uma resposta à pergunta <strong>de</strong><br />

pesquisa (legitimada metodologicamente), então<br />

o trabalho é valido e <strong>de</strong>ve ser validado.<br />

ii. Um esforço <strong>de</strong> pesquisa se valida à medida da<br />

soli<strong>de</strong>z <strong>de</strong> seus fundamentos teóricos e <strong>de</strong> uma<br />

equilibrada relação com seus pressupostos<br />

científicos e éticos (autenticida<strong>de</strong>,<br />

responsabilida<strong>de</strong>, transparência, etc.) na<br />

constituição <strong>de</strong> suas apreciações quanto ao real.<br />

iii. Ao se assumir o viés qualitativo e comunicativo<br />

como norteador do trabalho assume-se também<br />

uma posição da busca da validação por meio do<br />

diálogo com o outro e, neste sentido, esforços<br />

<strong>de</strong> pesquisas ulteriores que ecoem a este o<br />

validarão (tanto pela aceitação quanto pela<br />

negação já que o diálogo livre pressupõe a<br />

liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão).<br />

A valida<strong>de</strong> e a validação do esforço <strong>de</strong> pesquisa, pois, são facetas<br />

complementares <strong>de</strong> uma mesma moeda – se valeu a pena e se o esforço é<br />

reconhecido são perspectivas diferentes sobre um mesmo objeto. Uma pesquisa<br />

que, bem conduzida segundo os princípios que assume como <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong><br />

sua prática, se auto-referencia e é validada pelos que a ela têm acesso após<br />

analise criteriosa a partir da própria pesquisa e não em função <strong>de</strong> comparações<br />

discriminatórias.<br />

Todavia, há limitações que po<strong>de</strong>m ter <strong>de</strong>terminado os alcances <strong>de</strong>ste<br />

trabalho às quais agora, quando as últimas consi<strong>de</strong>rações se tecem, não po<strong>de</strong>m<br />

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