tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...

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25.10.2013 Views

a) Empresas com sistemas integrados: serrarias onde os sistemas de 112 estoques (tanto de produtos quanto o de matéria-prima) quanto o funcionamento produtivo transparecem uma relação de interdependência e de integração. b) Empresas contingencialistas: serrarias onde o funcionamento dos fluxos produtivos parece acontecer em função de contingências ou de mercado ou de matéria-prima disponível, nesta categoria não se perceberam a integração processual produtiva nem quanto a fluxos, nem quanto à integração de linhas de produção. c) Empresas de desdobro e comércio: todas as serrarias operam de tal modo a produzirem e comercializarem seus itens, sendo que algumas dispunham de setores especializados em tal serviço e outras dependiam de demanda de clientes externos mais intensamente. Interessante é a perspectiva de que todas as instituições de desdobro atuam comercialmente; isto é, não se dedicam tão intensamente à produção de tal modo que o fator comercial não se configure em uma prioritária demanda institucional. Mesmo que a demanda por produtos de madeira seja tal que favoreça a estas instituições, todas têm; ao que se percebe; uma forte preocupação e pró-atividade no que concerne à comercialização do que produzem. Do mesmo modo é relevante se perceber que serrarias há que têm uma dependência importante em relação a atender de modo contingente ao mercado tanto de oferta de matéria-prima quanto de consumo – pela oferta de espécies para o desdobro ou pela solicitação particular de clientes esporádicos. O contraponto a tal situação é a condição de outras que, tendo contrato consolidados para demandas mais perenes e contínuas, podem harmonizar de modo sistêmico suas atividades produtivas. Quanto à Gestão da Qualidade, três categorias se podem organizar em função dos procedimentos organizacionais percebidos durante as visitas, a saber:

a) Empresas desenvolvidas: aquelas que apresentam preocupação com o 113 comportamento adequado dos funcionários (cartazes instrucionais, incentivos à qualificação e uso de uniformes e EPI’s 18 , por exemplo) segundo preceitos organizacionais listados pela literatura da área, uso de ferramentas da qualidade e uso de procedimentos para a garantia da conformidade do produto e controle do processo produtivo. b) Empresas em desenvolvimento: aquelas que apresentam uso de procedimentos para a garantia da conformidade do produto e controle do processo produtivo e uso ou de ferramentas da qualidade, ou de atenção especial aos colaboradores e seus comportamentos (conforme exposto na categoria acima) c) Empresas com preocupação voltada ao controle específico da produção e de conformidades do produto: onde não se percebeu o uso de ferramentas da qualidade ou de atenção especial aos colaboradores e seus comportamentos (conforme visto anteriormente). É bastante certo que o controle do processo e da conformidade da produção é considerado um dos alicerces do sistema da qualidade, pois com ele se dá o cumprimento de requisitos da noção de qualidade como regularidade. Neste sentido, a regularidade é uma noção de qualidade bastante concreta e consubstancia-se de forma evidenciada por práticas de manutenção e regulação do maquinário bem como pela busca por manutenção das especificações do item fabricado. Por outro lado, a partir de uma perspectiva sistêmica ou contingencialista, a garantia de regularidade no processo produtivo propicia como princípio o planejamento (mesmo que incipiente), pois que não se controla sem antes se haver determinado padrões. Assim, as organizações garantem que pelos menos 18 EPI’s ou equipamentos de proteção individual que protegem o funcionário no caso de incidentes e acidentes durante suas atividades produtivas, característicos da Gestão da Segurança do Trabalho, mas que servem de indício da preocupação da organização quanto ao comportamento do colaborador no ambiente de trabalho.

a) Empresas <strong>de</strong>senvolvidas: aquelas que apresentam preocupação com o<br />

113<br />

comportamento a<strong>de</strong>quado dos funcionários (cartazes instrucionais,<br />

incentivos à qualificação e uso <strong>de</strong> uniformes e EPI’s 18 , por exemplo)<br />

segundo preceitos organizacionais listados pela literatura da área, uso<br />

<strong>de</strong> ferramentas da qualida<strong>de</strong> e uso <strong>de</strong> procedimentos para a garantia da<br />

conformida<strong>de</strong> do produto e controle do processo produtivo.<br />

b) Empresas em <strong>de</strong>senvolvimento: aquelas que apresentam uso <strong>de</strong><br />

procedimentos para a garantia da conformida<strong>de</strong> do produto e controle<br />

do processo produtivo e uso ou <strong>de</strong> ferramentas da qualida<strong>de</strong>, ou <strong>de</strong><br />

atenção especial aos colaboradores e seus comportamentos (conforme<br />

exposto na categoria acima)<br />

c) Empresas com preocupação voltada ao controle específico da produção<br />

e <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong>s do produto: on<strong>de</strong> não se percebeu o uso <strong>de</strong><br />

ferramentas da qualida<strong>de</strong> ou <strong>de</strong> atenção especial aos colaboradores e<br />

seus comportamentos (conforme visto anteriormente).<br />

É bastante certo que o controle do processo e da conformida<strong>de</strong> da<br />

produção é consi<strong>de</strong>rado um dos alicerces do sistema da qualida<strong>de</strong>, pois com ele<br />

se dá o cumprimento <strong>de</strong> requisitos da noção <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> como regularida<strong>de</strong>.<br />

Neste sentido, a regularida<strong>de</strong> é uma noção <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> bastante concreta<br />

e consubstancia-se <strong>de</strong> forma evi<strong>de</strong>nciada por práticas <strong>de</strong> manutenção e regulação<br />

do maquinário bem como pela busca por manutenção das especificações do item<br />

fabricado.<br />

Por outro lado, a partir <strong>de</strong> uma perspectiva sistêmica ou contingencialista, a<br />

garantia <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong> no processo produtivo propicia como princípio o<br />

planejamento (mesmo que incipiente), pois que não se controla sem antes se<br />

haver <strong>de</strong>terminado padrões. Assim, as organizações garantem que pelos menos<br />

18 EPI’s ou equipamentos <strong>de</strong> proteção individual que protegem o funcionário no caso <strong>de</strong> inci<strong>de</strong>ntes<br />

e aci<strong>de</strong>ntes durante suas ativida<strong>de</strong>s produtivas, característicos da Gestão da Segurança do<br />

Trabalho, mas que servem <strong>de</strong> indício da preocupação da organização quanto ao comportamento<br />

do colaborador no ambiente <strong>de</strong> trabalho.

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