tese paulo eduardo sobreira moraes - departamento de engenharia ...
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Município <strong>de</strong> Três Barras, Paraná, implantou um parque <strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
que nos idos <strong>de</strong> 1910 a 1920 era ímpar na América Latina, o qual fomentou o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento tanto cultural quanto sócio-econômico da capital paranaense, em<br />
conformida<strong>de</strong> com MILLARCH (1991).<br />
SANTOS (1986), acerca da indústria <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>iras serradas no Estado do<br />
Paraná, vincula o <strong>de</strong>sempenho da ativida<strong>de</strong> à relevância que a mesma apresenta<br />
ao contexto econômico da década <strong>de</strong> 1971 a 1981 e especifica que nesse período<br />
há uma mudança, então incipiente, <strong>de</strong> padrão operacional <strong>de</strong> beneficiamento <strong>de</strong><br />
espécies nativa para espécies reflorestadas.<br />
Percebe-se que a ativida<strong>de</strong>, no contexto apresentado pelo trabalho acima<br />
citado, se faz tão relevante para o período citado que a justificativa para o<br />
reflorestamento, entre outras, é fundamentada na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se prover às<br />
serrarias material para o <strong>de</strong>sdobro. Ora, a ca<strong>de</strong>ia da ma<strong>de</strong>ira é <strong>de</strong> tal que move a<br />
socieda<strong>de</strong>, e a cultura que lhe seja própria, no sentido <strong>de</strong> privilegiar seus elos<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a produção <strong>de</strong> espécies ma<strong>de</strong>iráveis ao reaproveitamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scartados<br />
como biomassa – não obstante este privilégio se dá em função da necessida<strong>de</strong> do<br />
mercado pelo produto ma<strong>de</strong>ira.<br />
Tal perspectiva <strong>de</strong>veras é relevante também no sentido <strong>de</strong> que o uso <strong>de</strong><br />
ma<strong>de</strong>ira é tão intrínseco à condição humana quanto o uso técnicas; não há<br />
civilização que não a valorize. Deste material o homem se aproveita para construir<br />
moradias, meios <strong>de</strong> transporte, móveis, etc. Não é por acaso que se constitui em<br />
categoria produtiva e comercial relevante em qualquer análise conjuntural<br />
econômica. VALVERDE et all (2005) confirmam que há um efeito econômico<br />
multiplicador do setor florestal, e por conseqüência da ma<strong>de</strong>ira, na economia.<br />
Inclusive, VALVERDE et all (2005, p. 86) registram que “os resultados<br />
estatísticos apresentados pelo setor florestal nas últimas décadas [...] representam<br />
um indicador do nível <strong>de</strong> sustentação do <strong>de</strong>senvolvimento e da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
processamento, diversificação e competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse setor”. As empresas<br />
<strong>de</strong>dicadas ao <strong>de</strong>sdobro <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, incluídas que necessariamente estão em tal<br />
setor, semelhantemente tem mudado no sentido <strong>de</strong> progredirem em seus<br />
aspectos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e racionalização <strong>de</strong> seus recursos.<br />
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