Ciranda de Livros - FNLIJ
Ciranda de Livros - FNLIJ Ciranda de Livros - FNLIJ
40 anos da FnlIJ As técnicas de dinamização de bibliotecas infantis foram objeto de curso promovido pela FNLIJ e pelo Centro de Artes do Méier. O curso realizou-se no Centro de Artes (Rua Rio Grande do Sul, 83-A), de 23 de abril a 27 de maio, sob a coordenação da Rejane Carvalho de França, assessora técnica da FNLIJ. Pela primeira vez, em 1981, o mestrado em letras da Universidade Federal da Paraba incluiu em seu currculo a literatura infanto-juvenil. A responsabilidade do curso foi entregue à professora de literatura brasileira Sônia Maria Van Dijck Lima. Outro mestrado dessa mesma universidade vem oferecendo a disciplina literatura infanto-juvenil: o de biblioteconomia, ministrado pela Profª., Maria Antonieta Antunes Cunha, da UFMG. A convite do Núcleo de Estudos Lingüsticos e Literários da Universidade Federal da Paraba, em convnio com a Universidade Regional do Nordeste, realizou-se, em Campina Grande, um curso de literatura infantil, ministrado pela professora Vera Aguiar, do Centro de Pesquisas Literárias da Pontifcia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e coordenado pela professora Elizabete Marinheiro. Em maio de 1981, o curso teve a participação de professores daquelas universidades, da Rede Estadual de Ensino da Paraba e de Pernambuco, e de alunos do curso de letras. Promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, INTERCOM, realizou-se na capital paulista, nos dias de maio, o Seminário sobre a Produção Cultural para crianças, coordenado por Edmir Perroti. Foram debatidos os problemas referentes aos vários meios de comunicação e a criança. Fanny Abramovitch e Ana Mae Barbosa discorreram sobre o tema “A criança como alvo da indústria cultural”. Ambas as expositoras reconheceram a presença inegável, no universo infantil, dos meios de comunicação. Ficou claro que o adulto deve compartilhar desse universo para que possa estabelecer critérios de seleção sem impor seus conceitos e idéias às crianças, numa verdadeira relação dialética adulto criança. Tatiana Belinky e Maria Rita Kehl falaram sobre “Televisão para crianças”, enfocando o caráter do veculo e os conteúdos que são apresentados às crianças. Ingrid Dormieus demarcou as linhas da produção teatral para o público mirim no Brasil, mostrando a importância da década de 70, quando a representação passa e ser encarada como “processo, integrando o espectador ao espetáculo. Ilo Krugli realçou o teatro de feição artesanal e lamentou que apenas uns poucos abnegados o façam sobreviver. Ao final, os presentes reconheceram que o teatro e a literatura conseguiram romper o imobilismo da produção cultural para a criança em seu todo. Ziraldo, Zélio, Ciça e Lus Dias apresentaram a situação do quadrinho com caractersticas nacionais e o problema do mercado brasileiro, que o desesti-
0 um ImagInárIo de lIVros e leIturas mula. Gian Garfunchel e Celso Pinheiro abordaram a produção do disco infantil, mostrando que não existe uma tradição musical brasileira em disco para crianças. As discussões sobre literatura e jornal encerraram os debates. Regina Zilberman concluiu sua exposição mostrando que “a produção nacional ainda se sujeita em muitos casos ao patrocnio de um modo de vida marcado pela dominação da criança e afirmação do poder adulto”, mas que, “por outro lado, avulta igualmente a tendncia contrária [...] visando antes à nfase na emancipação do ser humano”. Mima Pinsky falou do aumento da produção editorial de livros para crianças nos últimos anos, mas lembrou os limites impostos pelo mercado aos autores, uma vez que a escola desempenha importante papel cerceador na venda dos livros. Suzana Dias Beck e José Montes mostraram que o jornal ainda não conseguiu praticamente estabelecer-se como veculo destinado à criança, em parte devido às barreiras exercidas pela escola. No dia 16 de maio Ofélia Fontes, escritora das mais conhecidas e queridas e representante dos autores no Conselho Superior da FNLIJ, falou na Biblioteca Mário de Andrade (São Paulo) sobre “A importância da palavra no desenvolvimento da criança”, a convite da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato. O Boletim de n° 56 (julho/setembro de 1981) é ilustrado por Rui de Oliveira, de quem se fez uma pequena biografia. Logo a seguir um artigo de Igor Colina, psicólogo venezuelano, sobre um tema bastante controverso, “O mito audiovisual”, seguido por outro, de Artur da Távola, sobre “A criança e a comunicação no mundo atual”. No “Noticiário Nacional” somos informados de que foi eleito, em 9 de julho, para a cadeira nº 10 da Academia Brasileira de Letras, o escritor Orgenes Lessa, autor de uma vasta obra destinada a adultos, jovens e crianças. Em 1980 Orgenes recebeu o prmio APCA (Associação Paulista de Crticos de Arte), pelo conjunto de sua obra. Em julho Laura Sandroni participou de uma reunião de avaliação do Projeto Implantação de Bibliotecas Escolares do Departamento de Cultura da SEEC/RJ, que contou com a presença das responsáveis dos seis municpios nos quais o projeto se desenvolve. A FNLIJ inicia um curso sobre “Técnicas de dinamização de bibliotecas”, no Centro de Divulgação e Pesquisa, coordenado por Rejane Carvalho de França. Rejane também representou a Fundação em Seminário sobre pré-escola organizado pela OMEP (Organização Mundial de Ensino Pré-Escolar), realizado em Cabo Frio nos dias 29 e 30 do mesmo ms. No dia 30 Laura Sandroni e Ana Maria Machado participam de mesaredonda sobre Literatura Infantil no 2° Congresso Nacional de Letras e Cincias Humanas na SUAM – Sociedade Unificada de Ensino Superior Augusto Mota. No dia seguinte Ana Maria relata, no Centro de Divulgação e Pesquisa, sua
- Page 48 and 49: 40 anos da FnlIJ 2 • Domingo da F
- Page 50 and 51: 40 anos da FnlIJ 31 selecionados -
- Page 52 and 53: 40 anos da FnlIJ 33 o local e o pre
- Page 54 and 55: 40 anos da FnlIJ 3 restrito o terre
- Page 56 and 57: 40 anos da FnlIJ 3 ção, produçã
- Page 58 and 59: 40 anos da FnlIJ 3 que os pases pos
- Page 60 and 61: 40 anos da FnlIJ 41 boração de ar
- Page 62 and 63: 40 anos da FnlIJ 43 além dos Congr
- Page 64 and 65: 40 anos da FnlIJ 4 Em agosto de 75
- Page 66 and 67: 40 anos da FnlIJ 4 ver textos para
- Page 68 and 69: 40 anos da FnlIJ 4 Nery. Depois da
- Page 70 and 71: 40 anos da FnlIJ 1 1965 a 1974, per
- Page 72 and 73: 40 anos da FnlIJ 3 Divisão de Prom
- Page 74 and 75: 40 anos da FnlIJ e pré-universitá
- Page 76 and 77: 40 anos da FnlIJ resta-nos a escola
- Page 78 and 79: 40 anos da FnlIJ Os assuntos foram
- Page 80 and 81: 40 anos da FnlIJ 1 professora de li
- Page 82 and 83: 40 anos da FnlIJ 3 criança, associ
- Page 84 and 85: 40 anos da FnlIJ foi inaugurada pel
- Page 86 and 87: 40 anos da FnlIJ personagens do aut
- Page 88 and 89: 40 anos da FnlIJ delegados de ensin
- Page 90 and 91: 40 anos da FnlIJ 1 Dos trabalhos, r
- Page 92 and 93: 40 anos da FnlIJ 3 O curso dividiu-
- Page 94 and 95: 40 anos da FnlIJ Profª. Ana Mariza
- Page 96 and 97: 40 anos da FnlIJ Em novembro de 198
- Page 100 and 101: 40 anos da FnlIJ 1 experincia de of
- Page 102 and 103: 40 anos da FnlIJ 3 Leitura do Brasi
- Page 104 and 105: 40 anos da FnlIJ Em decorrncia da p
- Page 106 and 107: 40 anos da FnlIJ Glória Pondé faz
- Page 108 and 109: 40 anos da FnlIJ Associando-se às
- Page 110 and 111: 40 anos da FnlIJ 1 projeto. Diz o s
- Page 112 and 113: 40 anos da FnlIJ 3 Orgulha-nos veri
- Page 114 and 115: 40 anos da FnlIJ Sobre o Projeto Ci
- Page 116 and 117: 40 anos da FnlIJ O número 66, refe
- Page 118 and 119: 40 anos da FnlIJ Um outro question
- Page 120 and 121: 40 anos da FnlIJ 101 lher e pronto,
- Page 122 and 123: 40 anos da FnlIJ 103 “Podemos apr
- Page 124 and 125: 40 anos da FnlIJ 10 Vendo tantas at
- Page 126 and 127: 40 anos da FnlIJ 10 número de Book
- Page 128 and 129: 40 anos da FnlIJ 10 O sucesso da ex
- Page 130 and 131: 40 anos da FnlIJ 111 mil volumes pa
- Page 132 and 133: 40 anos da FnlIJ 113 Na edição n
- Page 134 and 135: 40 anos da FnlIJ 11 Nos dias seguin
- Page 136 and 137: 40 anos da FnlIJ 11 Foi o primeiro
- Page 138 and 139: 40 anos da FnlIJ 11 para discutir
- Page 140 and 141: 40 anos da FnlIJ 121 Em seguida, as
- Page 142 and 143: 40 anos da FnlIJ 123 Na BIB/79 a ar
- Page 144 and 145: 40 anos da FnlIJ 12 Honra foram dad
- Page 146 and 147: 40 anos da FnlIJ 12 Na edição de
40 anos da FnlIJ<br />
As técnicas <strong>de</strong> dinamização <strong>de</strong> bibliotecas infantis foram objeto <strong>de</strong><br />
curso promovido pela <strong>FNLIJ</strong> e pelo Centro <strong>de</strong> Artes do Méier. O curso realizou-se<br />
no Centro <strong>de</strong> Artes (Rua Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, 83-A), <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> abril a 27 <strong>de</strong> maio,<br />
sob a coor<strong>de</strong>nação da Rejane Carvalho <strong>de</strong> França, assessora técnica da <strong>FNLIJ</strong>.<br />
Pela primeira vez, em 1981, o mestrado em letras da Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral da Paraba incluiu em seu currculo a literatura infanto-juvenil. A responsabilida<strong>de</strong><br />
do curso foi entregue à professora <strong>de</strong> literatura brasileira Sônia Maria<br />
Van Dijck Lima.<br />
Outro mestrado <strong>de</strong>ssa mesma universida<strong>de</strong> vem oferecendo a disciplina<br />
literatura infanto-juvenil: o <strong>de</strong> biblioteconomia, ministrado pela Profª., Maria<br />
Antonieta Antunes Cunha, da UFMG.<br />
A convite do Núcleo <strong>de</strong> Estudos Lingüsticos e Literários da Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral da Paraba, em convnio com a Universida<strong>de</strong> Regional do Nor<strong>de</strong>ste, realizou-se,<br />
em Campina Gran<strong>de</strong>, um curso <strong>de</strong> literatura infantil, ministrado pela professora<br />
Vera Aguiar, do Centro <strong>de</strong> Pesquisas Literárias da Pontifcia Universida<strong>de</strong> Católica<br />
do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, e coor<strong>de</strong>nado pela professora Elizabete Marinheiro.<br />
Em maio <strong>de</strong> 1981, o curso teve a participação <strong>de</strong> professores daquelas<br />
universida<strong>de</strong>s, da Re<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Ensino da Paraba e <strong>de</strong> Pernambuco, e <strong>de</strong><br />
alunos do curso <strong>de</strong> letras.<br />
Promovido pela Socieda<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Estudos Interdisciplinares da<br />
Comunicação, INTERCOM, realizou-se na capital paulista, nos dias <strong>de</strong> maio, o Seminário<br />
sobre a Produção Cultural para crianças, coor<strong>de</strong>nado por Edmir Perroti.<br />
Foram <strong>de</strong>batidos os problemas referentes aos vários meios <strong>de</strong> comunicação<br />
e a criança. Fanny Abramovitch e Ana Mae Barbosa discorreram sobre<br />
o tema “A criança como alvo da indústria cultural”. Ambas as expositoras reconheceram<br />
a presença inegável, no universo infantil, dos meios <strong>de</strong> comunicação.<br />
Ficou claro que o adulto <strong>de</strong>ve compartilhar <strong>de</strong>sse universo para que possa<br />
estabelecer critérios <strong>de</strong> seleção sem impor seus conceitos e idéias às crianças,<br />
numa verda<strong>de</strong>ira relação dialética adulto criança. Tatiana Belinky e Maria Rita<br />
Kehl falaram sobre “Televisão para crianças”, enfocando o caráter do veculo e<br />
os conteúdos que são apresentados às crianças. Ingrid Dormieus <strong>de</strong>marcou as<br />
linhas da produção teatral para o público mirim no Brasil, mostrando a importância<br />
da década <strong>de</strong> 70, quando a representação passa e ser encarada como<br />
“processo, integrando o espectador ao espetáculo. Ilo Krugli realçou o teatro <strong>de</strong><br />
feição artesanal e lamentou que apenas uns poucos abnegados o façam sobreviver.<br />
Ao final, os presentes reconheceram que o teatro e a literatura conseguiram<br />
romper o imobilismo da produção cultural para a criança em seu todo.<br />
Ziraldo, Zélio, Ciça e Lus Dias apresentaram a situação do quadrinho<br />
com caractersticas nacionais e o problema do mercado brasileiro, que o <strong>de</strong>sesti-