Ciranda de Livros - FNLIJ

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40 anos da FnlIJ e pré-universitários. Foram abordados temas como “Panorama do Modernismo”, “O fantástico na obra de José J. Veiga”, “Autran Dourado e o monólogo interior” e “Autores piauienses de hoje”. Paralelamente ao curso, houve um ciclo de debates, ocasião em que foram discutidos os problemas da cultura local e os meios de defend-la. Com apoio da Academia Brasileira de Letras, a Bloch Educação – Divisão de Cursos e Seminários realizou o 10º Seminário Nacional de Literatura Infantil, em novembro de 1978, no Teatro Adolfo Bloch. O seminário teve como tema “O valor pedagógico da obra de Monteiro Lobato” e por objetivo “O estudo da transposição da obra infantil de Monteiro Lobato para os meios de comunicação e sua validade nos processos didáticos”. Visou a professores de 1º e 2º graus, estudantes, professores e profissionais das áreas de pedagogia, letras, psicologia, comunicação e literatura, e teve como coordenadora executiva a Srª. Maria Célia Negreiros (Coordenadora da Divisão de Cursos e Seminários de Bloch Educação). Foi apresentado um painel, “O valor pedagógico de Monteiro Lobato no ensino fundamental”, tendo como expositores: Teresinha Casasanta (pedagoga e co-autora da cartilha “O Stio do Pica-Pau Amarelo”, Belo Horizonte), Clélia Pastorello (autora da coleção didática “Cincias do Visconde”), Euricles Brito da Silva (membro do Conselho Federal de Educação e professor da Universidade de Braslia), Athos Pereira (diretor do Livro Didático da FENAME), Sônia Robatto (autora infantil, diretora da Empório de Educação, São Paulo) e Gercilga Marques Saraiva de Almeida (pedagoga). Foram debatedores Eliana Yunes (professora do Curso de Pós-Graduação em Letras e diretora do Departamento de Literatura Infantil da PUC-RJ), Egl Malheiros (assessora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil), Muniz Sodré (professor, jornalista e diretor do Curso de Pós- Graduação da ECO-UFRJ), Slvio Júlio Nassar (ex-editor de jornalismo da TV Bandeirantes, redator de Fatos e Fotos, autor infantil premiado). Atuaram como coordenador-moderador Afonso Romano de Sant’Anna (professor de Graduação e Pós-Graduação em Letras da PUC-RJ, escritor e jornalista), e coordenador geral e redator Arnaldo Niskier (diretor de Bloch Educação e membro do Conselho Estadual de Educação, do Rio de Janeiro). Realizou-se em Nova Friburgo (segundo semestre de 1978), na Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia, um curso de extensão em literatura infantil, com 30 horas, sobre “Teoria da literatura infanto-juvenil”, a cargo da Profª. Eliana Yunes (PUC-RJ). Em novembro de 1978 a FNLIJ recebeu da Profª. Adélia dos Santos Oliveira, do Departamento de Biblioteconomia da Universidade de Santa Catarina, o programa do ensino da disciplina Biblioteca Infantil, do Curso de Universidade.

um ImagInárIo de lIVros e leIturas Com uma carga horária de 45 horas/aula e crédito 3, o curso desenvolve os seguintes itens: 1) a biblioteca infantil – conceito, finalidade, importância, histórico; 2) a biblioteca infantil e sua instalação; 3) a biblioteca infantil e sua atuação como centro de informação; 4) o papel do bibliotecário na biblioteca infantil; 5) as atividades culturais e recreativas que podem ser desenvolvidas na biblioteca infantil; 6) a importância e difusão da literatura infantil; 7) o critério de seleção das obras destinadas aos usuários da biblioteca infantil; 8) o controle bibliográfico da literatura infantil em nveis nacional e internacional; 9) o processamento técnico do material bibliográfico; 10) como incentivar a pesquisa bibliográfica; 11) informações sobre as principais bibliotecas infantis do Brasil; 12) visitas a bibliotecas infantis de Porto Alegre. No Boletim Informativo n° 45, relativo ao perodo de janeiro/março de 1979, temos novas colaboradoras: Generice Albertina Vieira e Terezinha Marinho, esta uma especialista em redação, revisão e preparação de originais que a FNLIJde contratar em 1979, Ano Internacional da Criança, decretado pela UNESCO. Abrindo a seção “Artigos e Opiniões” temos o texto de Laura Sandroni intitulado “O hábito de leitura e a biblioteca infantil”. Reproduzimos uma parte dele que traça um quadro da literatura infantil e do acesso ao livro, na época: “No Seminário Latino-Americano de Literatura Infantil e Juvenil, realizado em São Paulo durante a V Bienal Internacional do Livro (agosto de 1978), pudemos verificar a semelhança dos problemas que uniam os pases ali representados, no campo do livro para crianças e jovens. E certamente o maior deles é a criação do futuro mercado consumidor, através dos incentivos ao hábito de leitura. A situação do Brasil é bem representativa. Em 1973 havia 18.573.193 jovens inscritos nas diferentes séries do 1º grau. Sendo, à época, a população de menos de dezoito anos de 50 milhões, vemos que mais da metade não tinha sequer acesso à rede escolar. Desse número, 6.181.137 cursavam o primeiro ano e, no entanto, apenas 685.757 chegaram ao oitavo grau, ou seja, 1 % daqueles que entram na escola conseguem terminar o ensino fundamental. Tendo como dado relevante o fato de que no Brasil, como na maior parte dos pases latino-americanos, por motivos histórico-sociais, a famlia não exerce a função de formadora do hábito de ler como em pases de cultura mais sedimentada,

um ImagInárIo <strong>de</strong> lIVros e leIturas<br />

Com uma carga horária <strong>de</strong> 45 horas/aula e crédito 3, o curso <strong>de</strong>senvolve<br />

os seguintes itens: 1) a biblioteca infantil – conceito, finalida<strong>de</strong>, importância,<br />

histórico; 2) a biblioteca infantil e sua instalação; 3) a biblioteca infantil e sua<br />

atuação como centro <strong>de</strong> informação; 4) o papel do bibliotecário na biblioteca<br />

infantil; 5) as ativida<strong>de</strong>s culturais e recreativas que po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvidas na<br />

biblioteca infantil; 6) a importância e difusão da literatura infantil; 7) o critério<br />

<strong>de</strong> seleção das obras <strong>de</strong>stinadas aos usuários da biblioteca infantil; 8) o controle<br />

bibliográfico da literatura infantil em nveis nacional e internacional; 9) o processamento<br />

técnico do material bibliográfico; 10) como incentivar a pesquisa<br />

bibliográfica; 11) informações sobre as principais bibliotecas infantis do Brasil;<br />

12) visitas a bibliotecas infantis <strong>de</strong> Porto Alegre.<br />

No Boletim Informativo n° 45, relativo ao perodo <strong>de</strong> janeiro/março <strong>de</strong><br />

1979, temos novas colaboradoras: Generice Albertina Vieira e Terezinha Marinho,<br />

esta uma especialista em redação, revisão e preparação <strong>de</strong> originais que a <strong>FNLIJ</strong><br />

pô<strong>de</strong> contratar em 1979, Ano Internacional da Criança, <strong>de</strong>cretado pela UNESCO.<br />

Abrindo a seção “Artigos e Opiniões” temos o texto <strong>de</strong> Laura Sandroni<br />

intitulado “O hábito <strong>de</strong> leitura e a biblioteca infantil”. Reproduzimos uma parte<br />

<strong>de</strong>le que traça um quadro da literatura infantil e do acesso ao livro, na época:<br />

“No Seminário Latino-Americano <strong>de</strong> Literatura Infantil<br />

e Juvenil, realizado em São Paulo durante a V Bienal Internacional<br />

do Livro (agosto <strong>de</strong> 1978), pu<strong>de</strong>mos verificar a semelhança<br />

dos problemas que uniam os pases ali representados,<br />

no campo do livro para crianças e jovens. E certamente o maior<br />

<strong>de</strong>les é a criação do futuro mercado consumidor, através dos<br />

incentivos ao hábito <strong>de</strong> leitura.<br />

A situação do Brasil é bem representativa. Em 1973<br />

havia 18.573.193 jovens inscritos nas diferentes séries do 1º<br />

grau. Sendo, à época, a população <strong>de</strong> menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito anos<br />

<strong>de</strong> 50 milhões, vemos que mais da meta<strong>de</strong> não tinha sequer<br />

acesso à re<strong>de</strong> escolar.<br />

Desse número, 6.181.137 cursavam o primeiro ano<br />

e, no entanto, apenas 685.757 chegaram ao oitavo grau, ou<br />

seja, 1 % daqueles que entram na escola conseguem terminar<br />

o ensino fundamental.<br />

Tendo como dado relevante o fato <strong>de</strong> que no Brasil,<br />

como na maior parte dos pases latino-americanos, por motivos<br />

histórico-sociais, a famlia não exerce a função <strong>de</strong> formadora<br />

do hábito <strong>de</strong> ler como em pases <strong>de</strong> cultura mais sedimentada,

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