Ciranda de Livros - FNLIJ
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40 anos da FnlIJ 4 Em agosto de 75 a Fundação inicia a elaboração de um Projeto intitulado: “Recenseamento de autores brasileiros de Literatura Infantil e Juvenil – caracterização bio-bibliográfica desta população”. O projeto será objeto de convnio INEP/FNLIJ. A pesquisa para este projeto foi iniciada por Rejane Carvalho de França e teve continuidade até sua sada da diretoria da FNLIJ, em 1984. O volume previsto nunca foi editado. O Boletim n° 32 publica artigo de Fúlvia Rosemberg, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, sobre “A mulher na literatura infanto-juvenil: revisão e perspectivas”, na qual fez uma revisão das pesquisas significativas (todas estrangeiras) e conclui que seus resultados mostram que as mulheres ocupam sempre uma posição inferior. E conclui: “Aos crticos cabe a denúncia, a análise e o trabalho de divulgação dos livros não sexistas. Aos educadores incumbe toda a ação junto ao público leitor. Partindo de uma reflexão sobre suas próprias posições face à discriminação sofrida pelo sexo feminino estimular os leitores a confrontarem o que lem nos livros, com o que vivem por que o vivem, e como seria bom viver diferentemente”. Na semana do dia 29 de outubro a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, em conjunto com o Departamento de Cultura da Secretaria de Estado da Educação e Cultura e o SNEL, realizou uma Exposição Internacional de Livros Infantis, comemorativo da Semana do Livro no Pavilhão da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI). Na ocasião a ECT lançou um selo relativo ao Dia Nacional do Livro. Nos dois últimos meses de 1975 a Fundação realizou, com o patrocnio do Departamento de Cultura da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro, quatro Domingos da Fantasia, nos seguintes locais: Praça Xavier de Brito, na Tijuca; Praça São Benedito, em Campos; Campo de São Bento, em Niterói; Teatro Arthur de Azevedo, em Campo Grande. O prmio “O melhor para a criança” foi conferido pela primeira vez ao livro O rei de quase tudo, de Eliardo França editado em 1974 pela Orientação Cultural, do Rio de Janeiro. Na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia foi dado o primeiro curso de extensão sobre Literatura Infantil, nos meses de agosto e setembro. Bárbara Vasconcellos de Carvalho lecionou a parte referente à História da Literatura e a representante da FNLIJ, Maria Betty Coelho Silva ensinou a arte de contar histórias. No dia 9 de outubro mais uma palestra no Centro de Divulgação e Pesquisa. Desta vez Regina Yolanda, Eliardo França e Leny Werneck falaram sobre a BIB/75. O Boletim n° 33 já conta com Egl Malheiros e Helosa Raposo Lage ampliando assim sua equipe de redatores. Sônia M. Breda passa a ser a nova representante da Fundação no Paraná.
4 um ImagInárIo de lIVros e leIturas Manoel Machado dos Santos substitui Décio Guimarães de Abreu, na representação do SNEL, no Conselho Superior da FNLIJ. Nise Pires, do INEP, fez um relato da pesquisa em curso – “Hábitos e nveis de leitura: metodologia para pesquisa” – tendo como tema a literatura consumida pelos alunos de 1º grau do Municpio do Rio de Janeiro (Convnio INEP/FNLIJ/INL). Ainda em outubro de 1975 Leny Werneck reuniu-se com editoras do Rio e de São Paulo para falar sobre a participação do Brasil na Feira de Bolonha de 1976. Em abril de 1976, o Boletim n° 34 nos informa que a láurea “O melhor para a criança” foi concedida ao livro Angélica, de Lygia Bojunga Nunes, com ilustrações de Wilma Pasqualini, editado em 1975, pela Editora Agir. “A láurea é dada ao melhor livro publicado a cada ano, escolhido por uma comissão especialmente organizada e considerando-se o livro como um todo (texto, ilustração, diagramação) e apresenta o desenho do selo, a ser colocado pelo editor na capa do livro. A fim de dar às crianças brasileiras oportunidade de um contato com obras de artistas estrangeiros selecionados dentre os melhores em seus próprios pases como candidatos à medalha de ilustração do Prmio H. C. Andersen, a FNLIJ organizou duas exposições no ms de abril. A primeira, no Centro de Divulgação e Pesquisa, recebeu cerca de 200 crianças, entre 6 e 13 anos, proveniente de 8 diferentes escolas. A segunda exposição realizou-se no Instituto de Educação e foi visitada por muitos jovens de diversos estabelecimentos de ensino. A mostra foi patrocinada pelo Departamento de Cultura da SEC/RJ e contou com a presença de Francisco Marins, autor paulista candidato brasileiro ao Prmio de texto que tinha suas obras ali expostas. Depois de inaugurada a Exposição pelo diretor do Departamento de Cultura, Paulo Afonso Grisoli, Francisco Marins e Eliardo França foram entrevistados pelas crianças do Instituto. Na mesma ocasião foi entregue o Diploma da láurea “O melhor para a criança” ao representante da Editora Agir, estando presentes a autora e a ilustradora. Por iniciativa da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, do Departamento de Letras da Pontifcia Universidade Católica, e com o apoio do Instituto Estadual do Livro (INELIVRO), realizou-se de 12 a 16 de julho no auditório da PUC um Curso de Extensão de Literatura Infanto-Juvenil ministrado pelo Professor Klaus Doderer, Diretor do Instituto de Pesquisa da Literatura Infantil e Juvenil da Goethe Univesität, de Frankfurt, Alemanha. O curso, do qual participaram mais de 100 pessoas, teve o seguinte programa: Principais aspectos da história, dos gneros e dos problemas da Literatura Infantil; Como analisar e criticar livros para jovens; Como ilustrar e escre-
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Em agosto <strong>de</strong> 75 a Fundação inicia a elaboração <strong>de</strong> um Projeto intitulado:<br />
“Recenseamento <strong>de</strong> autores brasileiros <strong>de</strong> Literatura Infantil e Juvenil<br />
– caracterização bio-bibliográfica <strong>de</strong>sta população”. O projeto será objeto <strong>de</strong><br />
convnio INEP/<strong>FNLIJ</strong>. A pesquisa para este projeto foi iniciada por Rejane Carvalho<br />
<strong>de</strong> França e teve continuida<strong>de</strong> até sua sada da diretoria da <strong>FNLIJ</strong>, em 1984.<br />
O volume previsto nunca foi editado.<br />
O Boletim n° 32 publica artigo <strong>de</strong> Fúlvia Rosemberg, pesquisadora da<br />
Fundação Carlos Chagas, sobre “A mulher na literatura infanto-juvenil: revisão e<br />
perspectivas”, na qual fez uma revisão das pesquisas significativas (todas estrangeiras)<br />
e conclui que seus resultados mostram que as mulheres ocupam sempre uma<br />
posição inferior. E conclui: “Aos crticos cabe a <strong>de</strong>núncia, a análise e o trabalho <strong>de</strong><br />
divulgação dos livros não sexistas. Aos educadores incumbe toda a ação junto ao<br />
público leitor. Partindo <strong>de</strong> uma reflexão sobre suas próprias posições face à discriminação<br />
sofrida pelo sexo feminino estimular os leitores a confrontarem o que lem nos<br />
livros, com o que vivem por que o vivem, e como seria bom viver diferentemente”.<br />
Na semana do dia 29 <strong>de</strong> outubro a Fundação Nacional do Livro Infantil<br />
e Juvenil, em conjunto com o Departamento <strong>de</strong> Cultura da Secretaria <strong>de</strong> Estado da<br />
Educação e Cultura e o SNEL, realizou uma Exposição Internacional <strong>de</strong> <strong>Livros</strong> Infantis,<br />
comemorativo da Semana do Livro no Pavilhão da Escola Superior <strong>de</strong> Desenho Industrial<br />
(ESDI). Na ocasião a ECT lançou um selo relativo ao Dia Nacional do Livro.<br />
Nos dois últimos meses <strong>de</strong> 1975 a Fundação realizou, com o patrocnio<br />
do Departamento <strong>de</strong> Cultura da Secretaria <strong>de</strong> Estado <strong>de</strong> Educação e Cultura<br />
do Rio <strong>de</strong> Janeiro, quatro Domingos da Fantasia, nos seguintes locais: Praça Xavier<br />
<strong>de</strong> Brito, na Tijuca; Praça São Benedito, em Campos; Campo <strong>de</strong> São Bento,<br />
em Niterói; Teatro Arthur <strong>de</strong> Azevedo, em Campo Gran<strong>de</strong>.<br />
O prmio “O melhor para a criança” foi conferido pela primeira vez<br />
ao livro O rei <strong>de</strong> quase tudo, <strong>de</strong> Eliardo França editado em 1974 pela Orientação<br />
Cultural, do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia foi<br />
dado o primeiro curso <strong>de</strong> extensão sobre Literatura Infantil, nos meses <strong>de</strong> agosto<br />
e setembro. Bárbara Vasconcellos <strong>de</strong> Carvalho lecionou a parte referente à História<br />
da Literatura e a representante da <strong>FNLIJ</strong>, Maria Betty Coelho Silva ensinou<br />
a arte <strong>de</strong> contar histórias.<br />
No dia 9 <strong>de</strong> outubro mais uma palestra no Centro <strong>de</strong> Divulgação<br />
e Pesquisa. Desta vez Regina Yolanda, Eliardo França e Leny Werneck falaram<br />
sobre a BIB/75.<br />
O Boletim n° 33 já conta com Egl Malheiros e Helosa Raposo Lage<br />
ampliando assim sua equipe <strong>de</strong> redatores. Sônia M. Breda passa a ser a nova<br />
representante da Fundação no Paraná.