Ciranda de Livros - FNLIJ
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40 anos da FnlIJ 1 Na mesma edição l-se que Maria Alice Barroso, diretora do INL propôs o lançamento de uma coleção de Literatura Infantil Latino-Americana em sistema de co-edição, da qual participariam vários pases. A proposta foi feita durante a entrega do prmio INL de 1973. Na 20ª edição verificamos que Eulalie Ligneul passa a representar o Conselho Regional de Biblioteconomia enquanto Ruth Villela substitui Maria Luiza Barbosa de Oliveira, que viajou para a França, como Diretora-Secretária. Um fato interessante é lembrado pela publicação do artigo de Gilberto Mansur sobre Monteiro Lobato: no Jornalivro de junho de 1972 cujo texto era o de Caçadas de Pedrinho. Esta foi uma das raras tentativas de baratear o preço do livro imprimindo-o em papel-jornal e vendendo-o nas bancas. No mesmo número informa-se que no dia 15 de dezembro foram encerradas oficialmente as atividades do Ano Internacional do Livro. Na ocasião foram entregues os prmios do concurso de Literatura Infantil Paz na Terra. “A obra premiada é uma expressiva mensagem de um grupo de crianças da Escola Lourenço Castanho, de São Paulo, estimulado por um adulto de sensibilidade, a Prof. Rosa Maria Whitaker Ferreira Sampaio. Nessa obra se encontra a pureza, o humor, o drama e a verdade que as crianças sabem dizer, umas às outras e aos adultos, na sua linguagem honesta e eclética, composta de palavras e imagens”. Para conhecimento dos leitores informamos que a obra só foi editada em 1985 com o ttulo Paz e Guerra pela Editora Massao Ohono. A primeira Menção Honrosa foi dada ao original de Eliardo França, O rei de quase tudo, “resultado de um trabalho criativo e de grande beleza plástica integrando texto e ilustração”. O texto foi logo publicado pela Editora Orientação Cultural, e continua sendo considerado um dos mais bem realizados e premiados livros de nossa literatura para crianças. A partir do n° 21, o Boletim Informativo aparece de “roupa nova”. Tem agora um design mais moderno em vermelho vivo e branco com o logotipo contornado pela frase “Seção brasileira do IBBY” em letras vazadas, obra de Eliardo França e conta com a colaboração da escritora Irene de Albuquerque. No Conselho Superior uma modificação: Ronaldo Menezes substitui George Cunha de Almeida, como representante do INL. Surge o nome da representante da FNLIJ no Comit Executivo do IBBY, Leny Werneck, e do “Coordenador de Relações Públicas”, Rubens Nogueira, (que muito nos ajudou na preparação e divulgação do XIV Congresso do IBBY). No Conselho Diretor houve mudanças: Ruth Villela Alves de Souza é eleita Diretora-Secretária e Antonio Severo Sant’Anna, Diretor-Tesoureiro. A representação da FNLIJ nos estados já se amplia. Além de Denise Tavares, na Bahia, e Elvira Barcelos Sobral, do Rio Grande do Sul, tivemos Alay-
20 um ImagInárIo de lIVros e leIturas de Lisboa de Oliveira (a autora de Bonequinha preta, entre outros sucessos), em Minas, no Paraná, Maria Aimée do Amaral Portes, em Petrópolis, Suely Latiff. Em São Paulo Lenyra Fracarolli deixa seu lugar para Idaty Brandão Onaga, nova diretora da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato. Com o ttulo “Notas sobre a 1ª Exposição Retrospectiva de Ilustração no Livro Infantil Brasileiro”, Regina Yolanda, sua organizadora, escreve trs páginas que vale a pena transcrever porque dão bem a medida do esforço que a montagem representou e do panorama da ilustração naquele momento, outubro de 1972. “Dia 23 de outubro, 2ª feira, cidade do Rio de Janeiro, 18 horas. Fitas desatadas. Aberta a Exposição. Caixa Econômica Federal. Saguão. Luzes de máquinas fotográficas. Representantes federais e estaduais. Ruth Villela Alves de Souza, membro do Conselho Diretor da FNLIJ, sorri e aperta as mãos dos recém-chegados. Como espectadores, por trás do desatar das fitas, sorrimos também, Edith, secretária da FNLIJ, e eu. Foi um esforço. Fim-de-semana sem folga. Passepartus que não acabavam mais. Prender os trabalhos num ‘Estande’ de ‘duratex’ foi mais difcil do que reunir todos os originais. A exposição apresentava uma bonita mostra de livros editados em 1972. Ao fundo, distribudas em cinqüenta metros de paredes, estavam expostas 399 ilustrações selecionadas dentre as quase mil que recebemos. Em quatro estantes se alinhavam, face para o público, os 219 livros mais bem ilustrados dos últimos anos. Destacados, numa outra estante, encontravam-se edições de O Tico-Tico e mais algumas relquias da ilustração brasileira. Uma prateleira, ao longo de vinte metros, estava apinhada de livros para manuseio das crianças. À esquerda, um cavalete com papéis grandes e material para desenho, permitia às crianças visitantes que se manifestassem depois de examinar a Exposição. Encontramos um número de 1913 da Revista Infantil feita em colaboração por J. Carlos e Julião Machado, reproduzindo histórias estrangeiras. Esta revista durou poucos meses vencida pelo O Tico-Tico, que alcançou meio centenário em 1955. Vários números de O Tico-Tico estavam expostos valorizando as criações dos artistas já mencionados e de Max Yantok,
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Na mesma edição l-se que Maria Alice Barroso, diretora do INL propôs<br />
o lançamento <strong>de</strong> uma coleção <strong>de</strong> Literatura Infantil Latino-Americana em<br />
sistema <strong>de</strong> co-edição, da qual participariam vários pases. A proposta foi feita<br />
durante a entrega do prmio INL <strong>de</strong> 1973.<br />
Na 20ª edição verificamos que Eulalie Ligneul passa a representar o<br />
Conselho Regional <strong>de</strong> Biblioteconomia enquanto Ruth Villela substitui Maria Luiza<br />
Barbosa <strong>de</strong> Oliveira, que viajou para a França, como Diretora-Secretária.<br />
Um fato interessante é lembrado pela publicação do artigo <strong>de</strong> Gilberto<br />
Mansur sobre Monteiro Lobato: no Jornalivro <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1972 cujo texto era o<br />
<strong>de</strong> Caçadas <strong>de</strong> Pedrinho. Esta foi uma das raras tentativas <strong>de</strong> baratear o preço do<br />
livro imprimindo-o em papel-jornal e ven<strong>de</strong>ndo-o nas bancas.<br />
No mesmo número informa-se que no dia 15 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro foram encerradas<br />
oficialmente as ativida<strong>de</strong>s do Ano Internacional do Livro. Na ocasião<br />
foram entregues os prmios do concurso <strong>de</strong> Literatura Infantil Paz na Terra. “A<br />
obra premiada é uma expressiva mensagem <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> crianças da Escola<br />
Lourenço Castanho, <strong>de</strong> São Paulo, estimulado por um adulto <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>, a<br />
Prof. Rosa Maria Whitaker Ferreira Sampaio. Nessa obra se encontra a pureza, o<br />
humor, o drama e a verda<strong>de</strong> que as crianças sabem dizer, umas às outras e aos<br />
adultos, na sua linguagem honesta e eclética, composta <strong>de</strong> palavras e imagens”.<br />
Para conhecimento dos leitores informamos que a obra só foi editada<br />
em 1985 com o ttulo Paz e Guerra pela Editora Massao Ohono.<br />
A primeira Menção Honrosa foi dada ao original <strong>de</strong> Eliardo França,<br />
O rei <strong>de</strong> quase tudo, “resultado <strong>de</strong> um trabalho criativo e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> beleza<br />
plástica integrando texto e ilustração”. O texto foi logo publicado pela Editora<br />
Orientação Cultural, e continua sendo consi<strong>de</strong>rado um dos mais bem realizados<br />
e premiados livros <strong>de</strong> nossa literatura para crianças.<br />
A partir do n° 21, o Boletim Informativo aparece <strong>de</strong> “roupa nova”.<br />
Tem agora um <strong>de</strong>sign mais mo<strong>de</strong>rno em vermelho vivo e branco com o logotipo<br />
contornado pela frase “Seção brasileira do IBBY” em letras vazadas, obra <strong>de</strong><br />
Eliardo França e conta com a colaboração da escritora Irene <strong>de</strong> Albuquerque. No<br />
Conselho Superior uma modificação: Ronaldo Menezes substitui George Cunha<br />
<strong>de</strong> Almeida, como representante do INL. Surge o nome da representante da <strong>FNLIJ</strong><br />
no Comit Executivo do IBBY, Leny Werneck, e do “Coor<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Relações<br />
Públicas”, Rubens Nogueira, (que muito nos ajudou na preparação e divulgação<br />
do XIV Congresso do IBBY).<br />
No Conselho Diretor houve mudanças: Ruth Villela Alves <strong>de</strong> Souza é<br />
eleita Diretora-Secretária e Antonio Severo Sant’Anna, Diretor-Tesoureiro.<br />
A representação da <strong>FNLIJ</strong> nos estados já se amplia. Além <strong>de</strong> Denise<br />
Tavares, na Bahia, e Elvira Barcelos Sobral, do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, tivemos Alay-