Ciranda de Livros - FNLIJ
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40 anos da FnlIJ 11 no exterior. Outro levantamento interessante feito a pedido da Real Biblioteca da Dinamarca e publicado no n° 10 é o da obra de Andersen publicada no Brasil. Em outubro informa-se que a Divisão de Bibliotecas Infanto-Juvenis do Departamento de Cultura de São Paulo lançou o terceiro Suplemento da Bibliografia Infantil em Lngua Portuguesa (obra de Lenyra Fracarolli) abrangendo o perodo de 1962 a 1968. Em sua primeira edição (de 1953) apresentava 1.843 ttulos destinados a crianças e jovens dos 3 aos 15 anos. Na segunda edição (de 1955) eram examinados 2.388 ttulos. Houve antes dois Suplementos com obras editadas respectivamente entre 1955 e 1957 e 1958 a 1962. Outra informação importante referia-se à realização da “I Bienal Internacional do Livro” realizada no Ibirapuera, em São Paulo, com a presença de editores estrangeiros, além das nacionais. A FNLIJ participou expondo na Bienal as ilustrações premiadas na BIB/67 que em seguida foram expostas na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato. No Rio de Janeiro a Fundação organizou sua primeira Feira de Livros no Colégio São Vicente de Paulo, também aberta aos alunos dos colégios próximos: Sion, Santo André e Ginásio Laranjeiras. Organizou-se um programa de atividades ligadas ao livro, como a “Hora do Conto”, e palestras com a participação dos seguintes escritores: Vovô Felcio (Vicente Guimarães), Malba Tahan e Ziraldo. Mais duas feiras foram realizadas em seguida: no Colégio Juca e Chico e no Ginásio Estadual Bezerra de Menezes. No n° 12, de dezembro de 1970, surgem dados reveladores sobre “A produção de livros infantis no Brasil em 1969”. Ruth Villela comenta que o n° 40 da Revista do Livro, do INL, divulga uma relação de ttulos para crianças publicados nesse ano. Diz ela: “Analisando essa relação, verificamos que dos 280 ttulos arrolados alguns são álbuns para colorir ou recortar e armar; dos ttulos de autores brasileiros, 30 são novos lançamentos, outros 25 são reedições. Esse total de 55 ttulos corresponde a 20% das obras publicadas. Os 80% restantes são obras estrangeiras traduzidas. Só em 22 ttulos há menção ao fato de tratar-se de uma primeira edição em Lngua Portuguesa”. A partir do n° 13, de março de 1971, o Boletim passa a ser trimestral e em seu “Noticiário Nacional” informa a criação pela portaria 35, de 11 de março de 1970, do programa de co-edições do INL, a ser realizado com as editoras que fizerem suas propostas com o objetivo de baratear os custos do livro.
12 um ImagInárIo de lIVros e leIturas Em dezembro de 70 a FNLIJ assina convnio com o INL visando incrementar a produção e divulgação do livro infantil brasileiro, através de feiras de livros, publicação do Boletim Informativo, estmulo a autores e ilustradores. O livro Flicts, de Ziraldo, editado pela Expressão e Cultura em 69, recebeu o prmio Santa Rosa do INL destinado à melhor produção editorial. Em 70 já havia sido traduzido para francs, ingls e espanhol. O SNEL e o Centro de Bibliotecnia lançam no fim de 70 o 2° volume da Bibliografia Brasileira de Livros Infantis, que arrola a produção brasileira para essa faixa etária entre julho de 1967 e dezembro de 1968. Os livros estão divididos por idades: 8 a 10 e 10 a 12. Nos livros comentados encontra-se o lançamento de Arca de Noé, de Vinicius de Moraes, ilustrado por Marie Louise Nery pela editora Sabiá. Em seu número 14 comenta a tradução dos Contos de Grimm feita por Stella Altenbernd com ilustrações de Roswitha Bitterlich-Wingen editada pela Globo, de Porto Alegre. Com dois volumes de capa dura, prefácio de Mário Quintana narrando vida e obra dos Irmãos Grimm, é uma seleção de contos para crianças. “Apresentação gráfica, enriquecida por artsticas xilogravuras é realmente excepcional”. No Boletim Informativo n° 15 há um artigo de Leny Werneck sobre 1972, o Ano Internacional do Livro, proclamado pela UNESCO, e a informação de que a FNLIJ junto com INL, IBECC e SNEL organizará um programa sob a divisa “Livros para todos”. E o representante do SNEL no Conselho Superior passa a ser Décio Guimarães de Abreu. No n° 16 já se publica o Projeto para o Ano Internacional do Livro, segundo programação da UNESCO para organizações internacionais não governamentais: I. Medidas para encorajar as atividades dos autores: a) Organizar, em acordo com o INL, dentro da II Bienal Internacional do Livro de São Paulo, um encontro (seminário) entre autores novos, ilustradores, designers, editores, especialistas em artes gráficas, livreiros e bibliotecários, tendo em vista a publicação de textos inéditos. b) Instituir, em acordo com editores e empresas privadas, um concurso que vise a premiar os dois melhores textos destinados respectivamente a crianças e adolescentes, tendo por tema a compreensão internacional e a cooperação pacfica. c) Organizar um curso-laboratório de literatura infantil, com vistas à análise e à criação de textos. d) Programar, em acordo com gráficas e editoras, estágios, cursos para autores e ilustradores, visando à maior integração destes no processo editorial.
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no exterior. Outro levantamento interessante feito a pedido da Real Biblioteca da<br />
Dinamarca e publicado no n° 10 é o da obra <strong>de</strong> An<strong>de</strong>rsen publicada no Brasil.<br />
Em outubro informa-se que a Divisão <strong>de</strong> Bibliotecas Infanto-Juvenis<br />
do Departamento <strong>de</strong> Cultura <strong>de</strong> São Paulo lançou o terceiro Suplemento da<br />
Bibliografia Infantil em Lngua Portuguesa (obra <strong>de</strong> Lenyra Fracarolli) abrangendo<br />
o perodo <strong>de</strong> 1962 a 1968.<br />
Em sua primeira edição (<strong>de</strong> 1953) apresentava 1.843 ttulos <strong>de</strong>stinados<br />
a crianças e jovens dos 3 aos 15 anos. Na segunda edição (<strong>de</strong> 1955) eram<br />
examinados 2.388 ttulos. Houve antes dois Suplementos com obras editadas<br />
respectivamente entre 1955 e 1957 e 1958 a 1962.<br />
Outra informação importante referia-se à realização da “I Bienal Internacional<br />
do Livro” realizada no Ibirapuera, em São Paulo, com a presença <strong>de</strong><br />
editores estrangeiros, além das nacionais. A <strong>FNLIJ</strong> participou expondo na Bienal<br />
as ilustrações premiadas na BIB/67 que em seguida foram expostas na Biblioteca<br />
Infantil Monteiro Lobato.<br />
No Rio <strong>de</strong> Janeiro a Fundação organizou sua primeira Feira <strong>de</strong> <strong>Livros</strong><br />
no Colégio São Vicente <strong>de</strong> Paulo, também aberta aos alunos dos colégios próximos:<br />
Sion, Santo André e Ginásio Laranjeiras. Organizou-se um programa <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong>s ligadas ao livro, como a “Hora do Conto”, e palestras com a participação<br />
dos seguintes escritores: Vovô Felcio (Vicente Guimarães), Malba Tahan e<br />
Ziraldo. Mais duas feiras foram realizadas em seguida: no Colégio Juca e Chico<br />
e no Ginásio Estadual Bezerra <strong>de</strong> Menezes.<br />
No n° 12, <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1970, surgem dados reveladores sobre<br />
“A produção <strong>de</strong> livros infantis no Brasil em 1969”. Ruth Villela comenta que o<br />
n° 40 da Revista do Livro, do INL, divulga uma relação <strong>de</strong> ttulos para crianças<br />
publicados nesse ano. Diz ela:<br />
“Analisando essa relação, verificamos que dos 280<br />
ttulos arrolados alguns são álbuns para colorir ou recortar e armar;<br />
dos ttulos <strong>de</strong> autores brasileiros, 30 são novos lançamentos,<br />
outros 25 são reedições. Esse total <strong>de</strong> 55 ttulos correspon<strong>de</strong><br />
a 20% das obras publicadas. Os 80% restantes são obras<br />
estrangeiras traduzidas. Só em 22 ttulos há menção ao fato <strong>de</strong><br />
tratar-se <strong>de</strong> uma primeira edição em Lngua Portuguesa”.<br />
A partir do n° 13, <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1971, o Boletim passa a ser trimestral e<br />
em seu “Noticiário Nacional” informa a criação pela portaria 35, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> março<br />
<strong>de</strong> 1970, do programa <strong>de</strong> co-edições do INL, a ser realizado com as editoras<br />
que fizerem suas propostas com o objetivo <strong>de</strong> baratear os custos do livro.