Ciranda de Livros - FNLIJ
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40 anos da FnlIJ No mesmo Boletim informa-se que foram recebidas 72 cartas contendo o fim da mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil escritas por crianças de várias escolas do Rio de Janeiro. No “Noticiário Nacional” há uma nota sobre a COLTED – Comissão do Livro Técnico e Didático, primeiro órgão do MEC encarregado da distribuição de livros às escolas do pas. Outra notcia importante informava sobre a realização, em agosto, de um Seminário sobre Literatura Infantil: “Pela primeira vez no Brasil, escritores, psicólogos e pedagogos, professores, médicos, bibliotecários e religiosos debaterão os diversos aspectos e implicações da literatura para crianças”. O Seminário, que teria a coordenação do acadmico Peregrino Júnior, presidente da UBE, se realizaria na Biblioteca Regional de Copacabana e marcou a minha primeira fala em público. Neste número ainda começávamos a publicar as obras vencedoras dos concursos para textos inéditos ou obras publicadas, o que muito nos ajudou, anos mais tarde, a preparar uma publicação relacionando prmios e obras vencedoras, além de livros brasileiros publicados no exterior, editada pela FUNARTE. Em 1998, comemorando os 30 anos da FNLIJ, a relação atualizada e acrescida dos livros selecionados para os diversos projetos de estmulo à leitura que realizamos no perodo teve a sua segunda edição. No Boletim Informativo n° 4 um artigo de Yan Michalski sobre a publicação em livro e sob forma narrativa de O cavalinho azul, de Maria Clara Machado, pela Bruguera, com ilustrações em cores, de Marie-Louise Nery. Na página anterior Drummond saudava trs novos ttulos de Flávia da Silveira Lobo: Quem vê cara, não vê coração, De estrela na testa e Gatos, publicados por sua editora Fauna e com fotos feitas por ela própria. O “Noticiário Nacional” anunciava para o dia 20 de agosto a inauguração, no Museu de Arte Moderna, de uma exposição da Bienal Internacional de Bratislava – BIB/67. “Os originais de doze ilustradores premiados e 17 livros ficarão expostos até o dia 31 de agosto. Além desse material estarão expostos os livros dos artistas brasileiros que seguiram para a BIB/69”. A primeira notcia sobre uma feira de livros em escola vem no Boletim Informativo n° 5 e diz que no Instituto Souza Leão realizou-se, de 16 a 20 de setembro/69, a IV Feira, que contou com estandes de diversas editoras e uma barraca destinada aos pais. Vários escritores compareceram para autografar e conhecer as crianças. Do programa constou ainda a exposição da BIB/67 cedida pela FNLIJ. Com Gabriel Athos Pereira, na presidncia do Conselho, Irene de Albuquerque, representante da ABE, e Mercedes Pcego, integrando a redação, sai o n° 6 do Boletim Informativo com suas sessões habituais onde se ressaltava
10 um ImagInárIo de lIVros e leIturas a presença do Diretor da BIB, Dusan Roll, que veio ao Brasil divulgar a Bienal. Embora não conste do texto lembro-me bem do interesse que Dusan demonstrou pela incipiente literatura infantil brasileira e do almoço que gentilmente o Sr. Adolfo Aizen, da EBAL, nos ofereceu, seguido de visita às oficinas da editora. Na 7ª edição do Boletim Informativo já com capa nova, mais “profissional”, lemos que Carlos Ribeiro (o famoso livreiro dono da livraria São José) passava a representar, no Conselho Superior, a Associação Brasileira do Livro, e Antonio Severo de Sant’Anna assumia o cargo de Diretor Tesoureiro. Em sua 8ª edição, em abril de 70, no “Noticiário Nacional” informava-se que a Biblioteca Infantil Carlos Alberto – a primeira biblioteca especializada do Rio de Janeiro – havia comemorado o aniversário de Monteiro Lobato (18 de abril) com grande festa e exposição das suas obras. No mesmo dia, em Petrópolis, inaugurava-se a Toca da Coruja, um clube infanto-juvenil destinado a estimular o gosto pela leitura, criado por Elza Bebiano. Na parte dedicada às resenhas Ruth informava que acabara de ser publicada pela Melhoramentos a 2ª edição de Ou isto, ou aquilo, de Ceclia Meirelles, com ilustrações de Rosa Frisani. Diz ela: “É uma jóia que permanecerá para as gerações futuras”. Outro livro recomendado com entusiasmo é Rente que nem pão quente, de Maria Mazzetti, com ilustrações de Maria Amélia D. Serpa, lançado por Ao Livro Técnico. Em sua 9ª edição, de junho de 70, Elza Bebiano assina artigo intitulado “Duas velinhas pelo aniversário da Fundação”, em que faz um rápido levantamento das atividades desenvolvidas no perodo e diz que foram “o fruto de dois anos de trabalho, dados com alegria, com o único fim de elevar o nvel da literatura recreativa para a infância e a juventude”. No mesmo número há Notícias da Biblioteca Pública Central de Porto Alegre e da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato de Salvador (fundada em 1950 por Denise Tavares, representante da FNLIJ) sobre as comemorações do DILI e do nascimento de Lobato. A BIML comemorava 20 anos e o Boletim Informativo reproduz sua história, que é a história da luta de Denise para realizar seu sonho. Em agosto de 70 (Boletim Informativo n° 10) ficamos sabendo que a Fundação, a pedido do IBECC/Instituto Brasileiro de Educação Cincia e Cultura, atendendo a uma solicitação da Comissão Nacional da UNESCO no Kuwait, enviou mais de 100 livros brasileiros, doados pelas editoras para uma Exposição Internacional de Livros destinada a comemorar o Ano Internacional da Educação. Lenyra Fracarolli, membro do Conselho Curador da FNLIJ e fundadora da Biblioteca Infantil de São Paulo, torna-se representante da FNLIJ naquele Estado. Na seção “Documento” do mesmo número, Ruth Villela Alves de Souza apresenta o primeiro levantamento dos livros de autores brasileiros publicados
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a presença do Diretor da BIB, Dusan Roll, que veio ao Brasil divulgar a Bienal.<br />
Embora não conste do texto lembro-me bem do interesse que Dusan <strong>de</strong>monstrou<br />
pela incipiente literatura infantil brasileira e do almoço que gentilmente o Sr.<br />
Adolfo Aizen, da EBAL, nos ofereceu, seguido <strong>de</strong> visita às oficinas da editora.<br />
Na 7ª edição do Boletim Informativo já com capa nova, mais “profissional”,<br />
lemos que Carlos Ribeiro (o famoso livreiro dono da livraria São José)<br />
passava a representar, no Conselho Superior, a Associação Brasileira do Livro, e<br />
Antonio Severo <strong>de</strong> Sant’Anna assumia o cargo <strong>de</strong> Diretor Tesoureiro.<br />
Em sua 8ª edição, em abril <strong>de</strong> 70, no “Noticiário Nacional” informava-se<br />
que a Biblioteca Infantil Carlos Alberto – a primeira biblioteca especializada<br />
do Rio <strong>de</strong> Janeiro – havia comemorado o aniversário <strong>de</strong> Monteiro Lobato (18<br />
<strong>de</strong> abril) com gran<strong>de</strong> festa e exposição das suas obras. No mesmo dia, em Petrópolis,<br />
inaugurava-se a Toca da Coruja, um clube infanto-juvenil <strong>de</strong>stinado a<br />
estimular o gosto pela leitura, criado por Elza Bebiano.<br />
Na parte <strong>de</strong>dicada às resenhas Ruth informava que acabara <strong>de</strong> ser<br />
publicada pela Melhoramentos a 2ª edição <strong>de</strong> Ou isto, ou aquilo, <strong>de</strong> Ceclia<br />
Meirelles, com ilustrações <strong>de</strong> Rosa Frisani. Diz ela: “É uma jóia que permanecerá<br />
para as gerações futuras”. Outro livro recomendado com entusiasmo é Rente que<br />
nem pão quente, <strong>de</strong> Maria Mazzetti, com ilustrações <strong>de</strong> Maria Amélia D. Serpa,<br />
lançado por Ao Livro Técnico. Em sua 9ª edição, <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 70, Elza Bebiano<br />
assina artigo intitulado “Duas velinhas pelo aniversário da Fundação”, em que<br />
faz um rápido levantamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas no perodo e diz que<br />
foram “o fruto <strong>de</strong> dois anos <strong>de</strong> trabalho, dados com alegria, com o único fim <strong>de</strong><br />
elevar o nvel da literatura recreativa para a infância e a juventu<strong>de</strong>”.<br />
No mesmo número há Notícias da Biblioteca Pública Central <strong>de</strong> Porto<br />
Alegre e da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato <strong>de</strong> Salvador (fundada em 1950<br />
por Denise Tavares, representante da <strong>FNLIJ</strong>) sobre as comemorações do DILI e do<br />
nascimento <strong>de</strong> Lobato. A BIML comemorava 20 anos e o Boletim Informativo reproduz<br />
sua história, que é a história da luta <strong>de</strong> Denise para realizar seu sonho.<br />
Em agosto <strong>de</strong> 70 (Boletim Informativo n° 10) ficamos sabendo que a<br />
Fundação, a pedido do IBECC/Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Educação Cincia e Cultura,<br />
aten<strong>de</strong>ndo a uma solicitação da Comissão Nacional da UNESCO no Kuwait, enviou<br />
mais <strong>de</strong> 100 livros brasileiros, doados pelas editoras para uma Exposição Internacional<br />
<strong>de</strong> <strong>Livros</strong> <strong>de</strong>stinada a comemorar o Ano Internacional da Educação.<br />
Lenyra Fracarolli, membro do Conselho Curador da <strong>FNLIJ</strong> e fundadora<br />
da Biblioteca Infantil <strong>de</strong> São Paulo, torna-se representante da <strong>FNLIJ</strong> naquele<br />
Estado.<br />
Na seção “Documento” do mesmo número, Ruth Villela Alves <strong>de</strong> Souza<br />
apresenta o primeiro levantamento dos livros <strong>de</strong> autores brasileiros publicados