fatores ambientais e genéticos na produção de sementes de acácia ...

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Com relação a A. mellifera, RALLO GARCIA (1986) observou que o forrageamento diminuiu gradualmente a partir de velocidades de vento superiores a 18 km/h, cessando quase por completo ao alcançar 30 km/h. 2.6 INFLUENCIA DA GOMOSE E DE FATORES GENÉTICOS NO FLORESCIMENTO As doenças em geral interferem no metabolismo das plantas alterando seu desenvolvimento e crescimento. Uma dessas doenças é a gomose, causada pelos fungos Phytophthora nicotianae Breda de Haan (SANTOS; LUZ; SOUZA, 2005) e P. boehmeriae Sawada (SANTOS; LUZ; SOUZA, 2004). Esta doença ocasiona danos na casca, principalmente nas porções basal e mediana do tronco, chegando a causar prejuízos econômicos pela diminuição no aproveitamento da casca e, em casos mais extremos, pela morte das árvores (SANTOS; LUZ; SOUZA, 2005). Apesar dos prejuízos ocasionados, a gomose pode estar estimulando o florescimento ao estressar a planta através dos ferimentos ocorridos na casca. Existem hipóteses de que injúrias ocasionadas no tronco de árvores induzem o florescimento das mesmas. CASTRO e VIRGENS FILHO (1987) relatam que plantas jovens de seringueira foram induzidas ao florescimento através de tratamentos de anelamento, prática que estressa a planta. A utilização de repetidos anelamentos, em intervalos mensais, promove um estresse capaz de induzir o florescimento em ramos do interior de regiões de folhagem madura nas árvores de seringueira. As plantas submetidas a esse estresse apresentaram florescimento contínuo durante três anos. 2.7 POLINIZAÇÃO CONTROLADA A quantidade de vagens desenvolvidas pode ser melhorada através de polinizações controladas. Em A. retinoides significativamente mais vagens desenvolvidas foram encontradas depois de polinização controlada comparado a vagens com sementes de condições naturais (BERNARDT; KENRICK; KNOX, 1984). Cruzamentos controlados 16

em acácia-negra produziram 21,2% de taxa de sucesso comparada a 1,3% para cruzamentos naturais - baseados em vagens/inflorescências e não em vagens/flores individuais (MONCUR; MORAN; GRANT, 1991). A técnica de polinização controlada também é utilizada para hibridações entre espécies de interesse comercial. SEDGLEY et al. (1991a) utilizou a técnica para realizar o cruzamento entre A. mangium e A. auriculiformis, ambas espécies com características silviculturais superiores. SEDGLEY (1986) ensacou as inflorescências de acácia-negra, quando estas mudavam da cor verde para amarela. Após o inicio da antese, as flores que não se abriram foram removidas e os tratamentos de polinização controlada foram aplicados com auxilio de pincéis. Segundo o autor, a retirada dos sacos de polinização ocorreu pós 3 dias. WAGNER (2000) utilizou a técnica de polinização controlada para testar a autopolinização em A. constricta. O autor utilizou 12 árvores como receptoras de pólen. Removeu todas as inflorescências abertas e ensacou os ramos. Em cada planta o autor testou um ramo com tratamento de autopolinização e outro com polinização cruzada. Para a autopolinização, os saquinhos que permaneceram no ramo serviram de barreira para o pólen ocasionando a autopolinização. E para a polinização cruzada, polens de 10 árvores distantes a 24 m foram utilizados. HARBARD (1995) também descreve métodos de polinização controlada. Um deles é para acácias com flores agrupadas em espiga e as fases feminina e masculina são separadas somente em um curto tempo assim requerendo emasculação para prevenir a autopolinização. 17

em <strong>acácia</strong>-negra produziram 21,2% <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> sucesso comparada a 1,3% para<br />

cruzamentos <strong>na</strong>turais - baseados em vagens/inflorescências e não em vagens/flores<br />

individuais (MONCUR; MORAN; GRANT, 1991).<br />

A técnica <strong>de</strong> polinização controlada também é utilizada para hibridações entre<br />

espécies <strong>de</strong> interesse comercial. SEDGLEY et al. (1991a) utilizou a técnica para realizar o<br />

cruzamento entre A. mangium e A. auriculiformis, ambas espécies com características<br />

silviculturais superiores.<br />

SEDGLEY (1986) ensacou as inflorescências <strong>de</strong> <strong>acácia</strong>-negra, quando estas<br />

mudavam da cor ver<strong>de</strong> para amarela. Após o inicio da antese, as flores que não se abriram<br />

foram removidas e os tratamentos <strong>de</strong> polinização controlada foram aplicados com auxilio<br />

<strong>de</strong> pincéis. Segundo o autor, a retirada dos sacos <strong>de</strong> polinização ocorreu pós 3 dias.<br />

WAGNER (2000) utilizou a técnica <strong>de</strong> polinização controlada para testar a<br />

autopolinização em A. constricta. O autor utilizou 12 árvores como receptoras <strong>de</strong> pólen.<br />

Removeu todas as inflorescências abertas e ensacou os ramos. Em cada planta o autor<br />

testou um ramo com tratamento <strong>de</strong> autopolinização e outro com polinização cruzada. Para<br />

a autopolinização, os saquinhos que permaneceram no ramo serviram <strong>de</strong> barreira para o<br />

pólen ocasio<strong>na</strong>ndo a autopolinização. E para a polinização cruzada, polens <strong>de</strong> 10 árvores<br />

distantes a 24 m foram utilizados.<br />

HARBARD (1995) também <strong>de</strong>screve métodos <strong>de</strong> polinização controlada. Um<br />

<strong>de</strong>les é para <strong>acácia</strong>s com flores agrupadas em espiga e as fases femini<strong>na</strong> e masculi<strong>na</strong> são<br />

separadas somente em um curto tempo assim requerendo emasculação para prevenir a<br />

autopolinização.<br />

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