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Relatório e Contas 2012 - Galp Energia

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a GaLp enerGia<br />

02<br />

AtividAdes Desempenho financeiro riscos principais compromisso com a socieDaDe anexos<br />

A <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong>, através do negócio de r&d, conta com um<br />

sistema refinador complexo e integrado, constituído por duas<br />

refinarias em Portugal, e com uma vasta rede de distribuição<br />

de produtos petrolíferos na península ibérica e, em menor<br />

escala, em áfrica. A Empresa detém ainda uma vasta rede de<br />

ativos logísticos que não só suporta a posição relevante que a<br />

<strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong> assume na península ibérica, como lhe confere<br />

um importante conhecimento nesta área.<br />

Aprovisionamento e refinação<br />

o ano <strong>2012</strong> revestiu-se de especial importância para a<br />

atividade de refinação, uma vez que foram concluídas as<br />

últimas etapas para o arranque do projeto de conversão das<br />

refinarias, nomeadamente na refinaria de Sines, onde as novas<br />

unidades iniciaram operações no início de janeiro de 2013.<br />

No que respeita à atividade de trading de petróleo bruto, de<br />

produtos petrolíferos e de produtos químicos, a <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong><br />

continuou os esforços de consolidação nesta área, assegurando<br />

assim que a Empresa está dotada das competências relevantes<br />

inerentes ao crescimento previsto nos próximos anos,<br />

nomeadamente ao crescimento da produção no negócio de E&p.<br />

Aprovisionamento<br />

durante <strong>2012</strong>, a <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong> importou crudes provenientes<br />

de 15 países, os quais processou nas refinarias da Empresa,<br />

para assim obter e comercializar os mais variados produtos<br />

petrolíferos, de entre os quais se destacam as gasolinas e os<br />

destilados médios.<br />

A <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong> continua a assegurar que tem fontes diversificadas<br />

de aprovisionamento de crudes, o que se reveste de especial<br />

importância perante os acontecimentos com impacto no<br />

aprovisionamento de crudes nos mercados internacionais, como<br />

o embargo aos crudes provenientes do irão pela uE, em <strong>2012</strong>.<br />

origem do crude<br />

áfrica ocidental<br />

norte de áfrica<br />

12%<br />

20%<br />

14%<br />

América latina<br />

médio oriente<br />

16%<br />

38%<br />

Ex-urss<br />

Refinação<br />

o ano <strong>2012</strong> foi marcado por uma série de eventos que<br />

levaram a uma melhoria das margens de refinação nos<br />

mercados internacionais. no entanto, aqueles eventos não<br />

tiveram impactos estruturais, mantendo-se a situação de<br />

excesso de capacidade de refinação na Europa.<br />

é neste contexto de desequilíbrio estrutural que o projeto<br />

de conversão das refinarias da <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong> tem particular<br />

importância, uma vez que apenas as refinarias mais complexas<br />

têm a flexibilidade para se adaptar às dinâmicas de mercado.<br />

Em <strong>2012</strong>, foram dados passos decisivos para o arranque deste<br />

relevante projeto, dos quais se destaca o comissionamento das<br />

novas unidades na refinaria de Sines. Os trabalhos realizados<br />

neste âmbito impactaram a utilização ótima do sistema<br />

refinador em <strong>2012</strong>, que foi também afetada pela ocorrência de<br />

paragens programadas e não-programadas nas refinarias. Com<br />

efeito, a taxa de utilização no ano situou-se em 68%.<br />

de forma a assegurar os mais elevados níveis de<br />

disponibilidade e fiabilidade das refinarias, a <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong><br />

implementa técnicas avançadas de engenharia, Reliability<br />

centred maintenance (rcm), que permitem uma maior<br />

eficiência operacional. De facto, após a paragem geral prevista<br />

para 2014, em sines, apenas estão previstas paragens parciais<br />

nas várias unidades.<br />

Ao longo do ano, foram processadas 11,9 milhões de toneladas<br />

(mt) de matérias-primas, das quais o crude representou<br />

93%. dos 81.792 kbbl de crudes processados, 71% eram<br />

crudes médios e pesados, em linha com o verificado em<br />

2011, quando as novas unidades da refinaria de Matosinhos<br />

iniciaram operações. Estas vieram possibilitar o processamento<br />

de crudes mais pesados, cujo custo é habitualmente mais<br />

baixo do que o dos crudes leves e condensados, diferencial de<br />

que a Empresa pretende continuar a tirar partido.<br />

Em <strong>2012</strong>, o gasóleo e a gasolina continuaram a ser os<br />

produtos com maior importância no perfil de produção da<br />

Empresa, de acordo com as necessidades do mercado natural<br />

da <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong> e atendendo à otimização da margem<br />

de refinação. Aqueles produtos representam 33% e 21%,<br />

respetivamente. Já os consumos e as quebras no período<br />

situaram-se nos 7%, em linha com o verificado em 2011.<br />

O início de uma nova era na atividade de refinação<br />

<strong>2012</strong> foi um ano marcado pelos últimos passos necessários ao<br />

arranque do projeto de conversão, um projeto determinante<br />

para a maior rentabilidade da atividade de refinação que iniciou<br />

operações, de forma integrada, nos primeiros dias de 2013.<br />

o projeto de conversão, que compreendeu um investimento<br />

total de €1,4 bn, surgiu da necessidade de adequação do<br />

sistema refinador ao mercado deficitário de gasóleo, fruto<br />

do cenário de dieselização na Europa e, em particular, da<br />

Península Ibérica. A <strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong> está agora apta a produzir<br />

mais gasóleo em detrimento, sobretudo, da produção<br />

de fuelóleo, cujo valor no mercado é inferior. de facto, o<br />

projeto de conversão veio dotar a Empresa de um aparelho<br />

refinador mais complexo, mais eficiente e mais flexível, uma<br />

característica especialmente relevante num cenário de descida<br />

dos consumos de produtos petrolíferos, nomeadamente de<br />

gasóleo e de gasolina, no mercado ibérico.<br />

Após a entrada em funcionamento das novas unidades<br />

na refinaria de Matosinhos em junho de 2011, a<br />

<strong>Galp</strong> <strong>Energia</strong> atingiu os objetivos a que se tinha proposto:<br />

o comissionamento dos 585 novos sistemas instalados na<br />

refinaria de Sines durante <strong>2012</strong> e o arranque das novas<br />

unidades. com efeito, o hydrocracker iniciou produção nos<br />

primeiros dias de janeiro de 2013.<br />

é de salientar os rigorosos sistemas de controlo de qualidade<br />

implementados ao longo do projeto e, sobretudo, na fase de<br />

comissionamento e de arranque das novas unidades. Estes<br />

<strong>Galp</strong> enerGia relatório & contas <strong>2012</strong><br />

33

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