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Relatório e Contas 2012 - Galp Energia

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a GaLp enerGia<br />

02<br />

AtividAdes Desempenho financeiro riscos principais compromisso com a socieDaDe anexos<br />

Evolução do preço do gás natural NBP do Reino Unido e<br />

do GNL do japão ($/mmbtu)<br />

20<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

jan. fev. mar. abr. mai. jun. jul. ago. set. out. nov. dez.<br />

NBP GNL Japão<br />

Fonte: Bloomberg<br />

importa salientar que, ao longo do ano, o preço do Gnl para<br />

o Japão continuou a ser suportado pela elevada procura<br />

naquele país. com efeito, o encerramento de centrais<br />

nucleares no seguimento do desastre de fukushima contribuiu<br />

para o aumento anual de 14% na procura de Gnl no Japão,<br />

continuando a sustentar o preço das exportações de Gnl para<br />

aqueles mercados.<br />

Os desafios colocados pelo desenvolvimento<br />

do shale gas<br />

o desenvolvimento de shale gas nos EUA levou à alteração<br />

do paradigma da indústria do gás natural naquela região<br />

e constitui um dos grandes avanços tecnológicos nas<br />

últimas décadas. de facto, os EuA têm vindo a aumentar<br />

paralelamente quer as reservas, quer a produção daquela<br />

matéria-prima, e especula-se que passem de importadores<br />

para exportadores de gás, o que terá implicações no mercado<br />

global de energia.<br />

no que respeita aos negócios de exploração e produção, o<br />

desenvolvimento das tecnologias necessárias à extração do<br />

shale gas e a escala dos projetos norte-americanos poderão<br />

ter implicações na competitividade dos vários projetos<br />

previstos para o desenvolvimento de gás natural à escala<br />

mundial, ainda que apenas a longo prazo.<br />

o aumento da produção de shale gas nos EuA tem vindo<br />

a afetar a dinâmica do mercado da energia naquela<br />

região, com impacto direto na estrutura de custos da<br />

indústria norte-americana, nomeadamente a da refinação.<br />

é, pois, expectável que a expansão dos projetos de shale<br />

gas, e, consequentemente, o aumento da produção,<br />

continue a beneficiar a indústria de refinação nos EUA,<br />

comparativamente a refinarias localizadas noutros pontos do<br />

mundo.<br />

Além disso, e como observado já em <strong>2012</strong>, este aumento<br />

de produção de shale gas pelos EuA tem um impacto direto<br />

no preço das matérias-primas substitutas, nomeadamente o<br />

carvão, que se torna mais competitivo e disponível noutros<br />

mercados. com efeito, na Europa, o aumento da oferta de<br />

carvão proveniente dos EuA a preços competitivos, aliado ao<br />

reduzido custo associado às licenças de emissão de CO 2 , levou<br />

ao menor consumo de gás natural pelo sector elétrico.<br />

20 <strong>Galp</strong> enerGia relatório & contas <strong>2012</strong><br />

A indústria da refinação na Europa<br />

As margens de refinação de referência apresentaram, em<br />

<strong>2012</strong>, uma melhoria relativamente a 2011, o que resultou<br />

sobretudo do aumento dos cracks do gasóleo, da gasolina e do<br />

fuelóleo. no entanto, tal melhoria não se deveu a mudanças<br />

estruturais no sistema refinador europeu, visto que, apesar<br />

do encerramento de refinarias na Europa, mantém-se uma<br />

situação de excesso de capacidade de refinação na Europa,<br />

nomeadamente considerando o cenário de descida da procura<br />

de produtos petrolíferos na região.<br />

Assim, o preço do gasóleo foi sustentado pela procura elevada<br />

daquele produto aliada à redução da oferta, designadamente<br />

no seguimento do encerramento de uma refinaria no Reino<br />

unido e do constrangimento da oferta daquele produto pela<br />

Rússia. O aumento do preço da gasolina, por sua vez, deveu-se<br />

ao encerramento de algumas refinarias na Europa, mas<br />

sobretudo às paragens não planeadas de refinarias nos EUA e<br />

na América Latina. Também o preço do fuelóleo beneficiou da<br />

redução da oferta, não só no seguimento do encerramento de<br />

algumas refinarias na Europa, mas também do aumento da<br />

procura daquele produto, nomeadamente no Japão.<br />

Evolução trimestral das margens de refinação<br />

de referência ($/bbl)<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

-2<br />

-4<br />

-6<br />

1T'11 2T'11 3T'11 4T'11 1T'12 2T'12 3T'12<br />

Margem hydrocracking<br />

Fonte: Platts<br />

Margem hydroskimming Margem cracking<br />

4T'12<br />

quanto ao diferencial de preços entre crudes leves e pesados,<br />

este situou-se, em <strong>2012</strong>, nos $1,5/bbl, menos $0,7/bbl do<br />

que o verificado no ano anterior. Esta diminuição deveu-se<br />

ao aumento do preço dos crudes pesados, no seguimento do<br />

aumento da procura daquele tipo de crude. tal deveu-se, por<br />

um lado, ao efeito de substituição do crude proveniente do<br />

Irão, decorrente do embargo dos EUA e da Europa àquele país,<br />

e, por outro, às operações das refinarias mais complexas, que<br />

têm vindo a substituir a utilização de crudes mais leves por<br />

outros mais pesados.

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