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Selos de Portugal - Álbum IV (1971/1978) - FEP

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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />

P o r t u g a l<br />

1974 - Emissão Comemorativa do Centenário <strong>de</strong> Damião <strong>de</strong> Góis<br />

Desenhos dos Serviços Artísticos dos CTT apresentando, retrato em <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> Alberto Durer e Escudo<br />

<strong>de</strong> Armas atribuído por Carlos V (Flandres), ampulheta e pena sobre o frontespício da “Crónica do Principe<br />

Dom João” (Lisboa 1567), alaú<strong>de</strong> sobre a pauta do motete a três vozes <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Damião <strong>de</strong> Góis.<br />

Impressão em off-set pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda sobre papel lustrado em folhas <strong>de</strong> 100<br />

selos com <strong>de</strong>nteado 12. Foram emitidos 8 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 1$00 castanho castanho-vermelho azul e<br />

preto, 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 4$50 cinzento azul castanho-amarelo e preto, e 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 7$50<br />

castanho-vermelho castanho e preto. Postos em circulação a 5 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1974.<br />

DAMIÃO DE GÓIS - Historiador, cronista e humanista, <strong>de</strong>dicado às letras e à música, nasceu em Alenquer<br />

no mês <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1502 e era filho <strong>de</strong> Rui Dias <strong>de</strong> Góis, fidalgo ao serviço <strong>de</strong> D. Fernando pai <strong>de</strong> D.<br />

Manuel, e <strong>de</strong> sua mulher D. Isabel Gomes <strong>de</strong> Limi, <strong>de</strong> origem flamenga. Admitido no paço <strong>de</strong> D. Manuel<br />

para o estudo das letras, com a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 9 anos (1511), ali permanece até à morte do soberano. Em<br />

1523, a seu pedido, D. João III nomeia-o escrivão da Feitoria <strong>de</strong> Antuérpia, partindo então para a Flandres.<br />

Em constantes viagens, ora <strong>de</strong> serviço ora particulares, <strong>de</strong>senvolveu a sua cultura clássica e artísticomusical<br />

contactando as figuras mais <strong>de</strong>stacadas da época (Lutero, Melanchton, Erasmo, Munstero).<br />

Depois <strong>de</strong> rogar a D. João que o dispensasse do honroso cargo <strong>de</strong> tesoureiro da Casa da Índia para que<br />

havia sido nomeado (1533), estudou na universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pádua, relacionando-se então com outros gran<strong>de</strong>s<br />

nomes (Car<strong>de</strong>al Bembo, Car<strong>de</strong>al Sadoleto, Inácio <strong>de</strong> Loiola, historiador Ramúsio). Regressando à<br />

Flandres em 1538 casou-se em Haia com Joana van Hargen. Voluntariamente, <strong>de</strong>sempenhou um importante<br />

papel na <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> Lovaina contra o exército francês, acabando por ser feito prisioneiro, mais tar<strong>de</strong><br />

resgatado por 6 mil ducados! Pelos seus feitos em Lovaina, Carlos V conce<strong>de</strong>-lhe um Brazão <strong>de</strong> Armas<br />

e outras recompensas. Chamado ao reino em 1545, foi em 3 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1548 nomeado guarda-mor da<br />

Torre do Tombo. Encarregado pelo Car<strong>de</strong>al D. Henrique em 1558, <strong>de</strong> coligir e escrever a “Crónica do<br />

Felicíssimo D. Manuel”, terminou esta obra em 1567, escrevendo no mesmo ano a “Crónica do Príncipe<br />

D. João”. Certas críticas postas por Damião <strong>de</strong> Góis nas suas obras, e o facto <strong>de</strong> ter mantido relações<br />

com individualida<strong>de</strong>s como Lutero e Erasmo, foram a pedra <strong>de</strong> toque para as acusações feitas ao “Santo<br />

Oficio” que <strong>de</strong> início não tomou qualquer atitu<strong>de</strong>, mas acabou por julgar Damião <strong>de</strong> Góis, con<strong>de</strong>nando-o<br />

em Outubro <strong>de</strong> 1572 como “herege, luterano, pertinaz e negativo”, a cárcere penitencial perpétuo e<br />

confiscação dos seus bens. Encarcerado na masmorra do “Santo Ofício” e no Mosteiro da Batalha, foilhe<br />

levantada a reclusão em 1574, falecendo junto à lareira <strong>de</strong> uma estalagem quando no regresso a sua<br />

casa, em 30 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1574.

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