Selos de Portugal - Álbum IV (1971/1978) - FEP
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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />
P o r t u g a l<br />
1972 - Emissão Comemorativa do <strong>IV</strong> Centenário da Publicação <strong>de</strong> “Os Lusíadas”<br />
Desenhos <strong>de</strong> Daciano Costa representando o retrato <strong>de</strong> Camões em figura intemporal, o salvamento do<br />
manuscrito <strong>de</strong> “Os Lusíadas” durante o naufrágio, o Gigante Adamastor em figura mítica e tenebrosa<br />
fugindo da luz da razão e da inteligência. Impressão em off-set pela Litografia Maia sobre papel esmalte<br />
em folhas <strong>de</strong> 50 selos com <strong>de</strong>nteado 13,5. Foram emitidos 9 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 1$00 castanho e<br />
castanho-amarelo, 2,5 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 3$00 azul-cinzento e ver<strong>de</strong>, e 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 10$00<br />
castanho-vermelho. Postos em circulação a 27 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1972.<br />
“OS LUSÍADAS” - Camões propõe-se cantar “as armas e os barões” que “passaram ainda além da<br />
Taprobana” e os reis “que foram dilatando a fé e império”, além <strong>de</strong> quantos por “obras valerosas/Se vão<br />
da lei da morte libertando”. O acontecimento central é o <strong>de</strong>scobrimento do caminho marítimo para a<br />
Índia. A história que prece<strong>de</strong> a narrativa da navegação evoca-a em seus traços gerais, Vasco da Gama<br />
perante o rei <strong>de</strong> Melin<strong>de</strong>, e, na sua galeria <strong>de</strong> heróis, figurados em ban<strong>de</strong>iras, Paulo da Gama perante o<br />
catual. Quanto à história <strong>de</strong>corrida entre a viagem e a conclusão do poema, expõem-na simetricamente<br />
nos seus traços mais largos Júpiter perante Vénus, quando a <strong>de</strong>usa junto <strong>de</strong>le intervém a nossa favor, e,<br />
em pormenores <strong>de</strong> heroísmo pessoal, Tétis na ilha dos Amores. Os aspectos mais trágicos profetizamnos<br />
as ameaças vociferadas pelo Adamastor contra os “primeiros que ousam navegar seus longos mares”,<br />
“quebrantar seus vedados térmicos”. Os Lusíadas, compostos por 10 cantos com um total <strong>de</strong> 1102<br />
estrofes <strong>de</strong> 8 versos heróicos (10 silabas), é a mais universalizada das obras literárias portuguesas (ver<br />
<strong>de</strong>scrição nas emissões <strong>de</strong> 1924, comemorativa do nascimento <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Camões, e 1933/38 tipo<br />
“Lusíadas”).