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Selos de Portugal - FEP - Universidade do Porto

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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />

P o r t u g a l<br />

1951 – Emissão Comemorativa <strong>do</strong> 3º Congresso Nacional <strong>de</strong> Pesca<br />

Desenho <strong>de</strong> Domingos Rebelo, representan<strong>do</strong> um pesca<strong>do</strong>r a carregar um atum. Impressão em off-set<br />

pela Casa da Moeda, sobre papel liso, fino ou médio, em folhas <strong>de</strong> 100 selos com <strong>de</strong>ntea<strong>do</strong> 13,5. Foram<br />

emiti<strong>do</strong>s 1 milhão <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> $50 ver<strong>de</strong> sobre amarelo, e 4 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 1$00 vermelho sobre<br />

amarelo. Circularam <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1951 a 25 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1953.<br />

PESCA - A pesca foi um <strong>do</strong>s primitivos recursos que teve o primeiro ser humano para assegurar a sua<br />

subsistência. Existem como provas da sua velhice pré-histórica os kiokenmodingos ou restos <strong>de</strong> cozinha,<br />

que contem conchas e <strong>de</strong>spojos <strong>de</strong> peixe em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> ou concheiros (Teviec na Bretanha<br />

e Muge em <strong>Portugal</strong>, <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> mesolítico). Na era poleolítica pescavam com arpões e anzóis, e na era<br />

neolítica já os povos lacustres usavam re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca. Os Egípcios, Assírios e Hebreus fizeram comércio<br />

da pesca. <strong>Portugal</strong>, <strong>de</strong> longa data, tem liga<strong>do</strong> à pesca a sua história e a sua prosperida<strong>de</strong>, mormente<br />

após a criação e a valorização da indústria das conservas em azeite. Na antiguida<strong>de</strong>, foi a pesca exercida<br />

livremente. A partir da Ida<strong>de</strong>-Média, a pesca fluvial foi em alguns países consi<strong>de</strong>rada direito senhorial,<br />

como a pesca marítima era sujeita a direitos realengos, ou imposto <strong>de</strong> pesca<strong>do</strong>. Nas águas interiores, os<br />

ricos-homens e outros senhores feudais faziam coutadas, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> proprieda<strong>de</strong> exclusiva sua, o<br />

peixe nelas pesca<strong>do</strong>. Des<strong>de</strong> os primeiros séculos da monarquia, que a pesca mereceu leis <strong>de</strong> protecção<br />

por parte <strong>do</strong>s reis. Em <strong>Portugal</strong>, D. Dinis no ano <strong>de</strong> 1286, por carta régia protege os pesca<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

Pare<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong> igualmente as suas obrigações. Várias leis, trata<strong>do</strong>s e alvarás foram condicionan<strong>do</strong><br />

os direitos <strong>de</strong> pesca, sobrecarregan<strong>do</strong> simultaneamente <strong>de</strong> impostos os pesca<strong>do</strong>res. Em 1789 D. Maria<br />

I, e em 1802 D. João VI, estabeleceram a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesca e favoreceram notavelmente os pesca<strong>do</strong>res,<br />

isentan<strong>do</strong> <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os tributos, o peixe e o sal necessário para a sua conservação, e isentan<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

penhora os barcos <strong>do</strong>s pesca<strong>do</strong>res. Hoje, está a pesca regulamentada, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a proteger não só as<br />

espécies, como ainda os interesses <strong>do</strong>s pesca<strong>do</strong>res e da economia <strong>do</strong> país. Os congressos realiza<strong>do</strong>s,<br />

bem têm <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> o valor <strong>de</strong>sta indústria, e bem assim concorri<strong>do</strong> para a sua regulamentação e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento.

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