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Selos de Portugal - FEP - Universidade do Porto

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1935 – Sé <strong>de</strong> Coimbra<br />

Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />

P o r t u g a l<br />

Num último aproveitamento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos aprova<strong>do</strong>s para a emissão, cujo projecto fora aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong><br />

em 1934 e <strong>do</strong> qual já haviam igualmente aproveita<strong>do</strong>, os <strong>de</strong>senhos Chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, Ruínas <strong>do</strong> Templo<br />

<strong>de</strong> Diana, e Infante D. Henrique, foi emiti<strong>do</strong> o selo “Sé <strong>de</strong> Coimbra”, necessário para o porte das cartas<br />

internacionais cujo valor havia si<strong>do</strong> eleva<strong>do</strong>. Gravura <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Gravura <strong>de</strong> Paris, impressão<br />

tipográfica da Casa da Moeda, sobre papel liso, em folhas <strong>de</strong> 100 selos com <strong>de</strong>ntea<strong>do</strong> 12x11,5. Foram<br />

emiti<strong>do</strong>s 8 milhões <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 1$75 azul. Retira<strong>do</strong>s <strong>de</strong> circulação em 1 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1945.<br />

SÉ VELHA DE COIMBRA. É um <strong>do</strong>s mais antigos e curiosos monumentos religiosos <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>. Templo<br />

que a maior parte <strong>do</strong>s historia<strong>do</strong>res diz ter si<strong>do</strong> funda<strong>do</strong> pelos go<strong>do</strong>s, no século VI ou VII, o que parece<br />

confirma<strong>do</strong> pela sua arquitectura, que é gótica, embora em forma <strong>de</strong> castelo e com ameias. Alguns<br />

autores mo<strong>de</strong>rnos, porém, atribuem a sua fundação a D. Afonso Henriques, sen<strong>do</strong> contu<strong>do</strong> mais provável<br />

que este monarca apenas o reedificasse e ampliasse, pois parece estar prova<strong>do</strong> que este veneran<strong>do</strong><br />

edifício já existia como templo cristão em 716. Querem uns que fosse edifica<strong>do</strong> por Atacas ou no seu<br />

tempo. Dizem outros, que aos go<strong>do</strong>s se <strong>de</strong>ve a sua edificação, e que quan<strong>do</strong> da conquista árabe, os<br />

mouros o aproveitaram para mesquita. Fernan<strong>do</strong> Magno, ao tomar Coimbra em 1064, man<strong>do</strong>u-o purificar<br />

e benzer, arman<strong>do</strong> aí cavaleiros os novecentos bravos que mais se haviam distingui<strong>do</strong> durante o cerco,<br />

que se prolongara sete meses, sen<strong>do</strong> o principal <strong>de</strong>stes cavaleiros, o CID, Rui Dias <strong>de</strong> Bivar. De tu<strong>do</strong><br />

isto se concluiu que a Sé Velha é um templo romântico-medieval, coevo da monarquia. Sofreu várias<br />

violações mas foi mais tar<strong>de</strong> reconstituí<strong>do</strong> pouco a pouco e restituí<strong>do</strong> à primitiva forma. Encerra algumas<br />

obras <strong>de</strong> valor, como a tribuna <strong>do</strong> altar-mor que é notável pelo trabalho <strong>de</strong> talha. Existem também os<br />

túmulos <strong>de</strong> S. Sizenan<strong>do</strong>, célebre Governa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Coimbra, <strong>de</strong> D. Bataça, dama da rainha Santa Isabel,<br />

e <strong>de</strong> D. Jorge <strong>de</strong> Almeida a quem se <strong>de</strong>vem os pórticos laterais, que são notáveis.

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