Selos de Portugal - FEP - Universidade do Porto
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1935 – Infante Dom Henrique<br />
Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />
P o r t u g a l<br />
Aproveitan<strong>do</strong> os <strong>de</strong>senhos aprova<strong>do</strong>s para a emissão cujo projecto foi aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> em 1934, e <strong>do</strong> qual<br />
já haviam igualmente aproveita<strong>do</strong> os <strong>de</strong>senhos <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e das Ruínas <strong>do</strong> Templo <strong>de</strong> Diana,<br />
emitiram uma série <strong>de</strong> <strong>do</strong>is selos com o <strong>de</strong>senho “Infante Dom Henrique” que Arnal<strong>do</strong> Lourenço Fragoso<br />
fizera, sobre uma gravura da 1ª edição da “Crónica <strong>do</strong> Descobrimento e Conquista da Guiné pelos<br />
Portugueses”, <strong>de</strong> Gomes Eanes <strong>de</strong> Zurara. A gravura é igualmente <strong>de</strong> Arnal<strong>do</strong> Lourenço Fragoso e a<br />
impressão tipográfica feita na Casa da Moeda em folhas <strong>de</strong> 100 selos <strong>de</strong> papel liso com <strong>de</strong>ntea<strong>do</strong> 11,5.<br />
Foram emiti<strong>do</strong>s 24.241.400 selos <strong>de</strong> 10 centavos ver<strong>de</strong> azul, e 84.000.000 <strong>de</strong> selos <strong>de</strong> 15 centavos<br />
castanho vermelho. Postos em circulação respectivamente em Novembro <strong>de</strong> 1935 e 5 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong><br />
1935 foram retira<strong>do</strong>s <strong>de</strong> circulação em 1 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1945.<br />
INFANTE D. HENRIQUE – “O Navega<strong>do</strong>r” <strong>de</strong>dicou toda a sua vida, enormes conhecimentos e fortuna,<br />
à arte <strong>de</strong> navegar, fundan<strong>do</strong> em Sagres o primeiro observatório astronómico e as escolas <strong>de</strong> matemática,<br />
náutica, geografia, astronomia, cosmografia e comércio, e preparan<strong>do</strong> e arman<strong>do</strong> as frotas que haviam<br />
<strong>de</strong> dar “novos mun<strong>do</strong>s ao mun<strong>do</strong>”. A Casa Senhoria <strong>do</strong> Infante D. Henrique constituiu entre 1433 e 1460<br />
a maior força económico-social <strong>do</strong> reino, compon<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong> da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo, Duca<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
Viseu, Senhorio da Covilhã, Isenção <strong>do</strong> quinto das presas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à coroa, Cabo <strong>de</strong> Trasfalmenar, Vila<br />
<strong>de</strong> Gouveia, Senhorio jurisdição e tributos <strong>de</strong> Lagos e Alvor, Berlengas e Baleal junto da Atouguia,<br />
Exclusivo da pesca <strong>do</strong> atum nas costas <strong>do</strong> Algarve, Monopólio <strong>do</strong> fabrico e venda <strong>do</strong> sabão, <strong>Porto</strong>-<br />
Santo, Ma<strong>de</strong>ira e Deserta, Monopólio <strong>do</strong> comércio da costa <strong>de</strong> África <strong>do</strong> Cabo Cantim ao Boja<strong>do</strong>r ou o<br />
quinto <strong>do</strong> que com sua autorização outros realizassem, o mesmo relativo ao comércio para o Sul <strong>do</strong><br />
Boja<strong>do</strong>r, Açores, Santiago, a dizima nova das pescarias no mar <strong>de</strong> Montegor<strong>do</strong>, além <strong>de</strong> outras igualmente<br />
numerosas fontes <strong>de</strong> receita. (Ver biografia na emissão <strong>de</strong> 1894, comemorativa <strong>do</strong> V Centenário <strong>do</strong><br />
Nascimento <strong>do</strong> Infante D. Henrique).