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Selos de Portugal - FEP - Universidade do Porto

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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />

P o r t u g a l<br />

1934 – Efígie <strong>de</strong> perfil <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte General Carmona<br />

Para substituir os selos “Lusíadas” <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagradável aspecto, pensou-se numa emissão base com<br />

<strong>de</strong>senhos diferentes, representan<strong>do</strong> monumentos e vultos célebres da História. Foram escolhi<strong>do</strong>s os<br />

<strong>de</strong>senhos <strong>do</strong> Templo <strong>de</strong> Diana, Infante D. Henrique, Chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, Sé Velha <strong>de</strong> Coimbra, Pedro<br />

Nunes e Torre <strong>do</strong>s Clérigos. Mais tar<strong>de</strong> foi aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> este projecto, aproveitan<strong>do</strong>-se no entanto alguns<br />

<strong>do</strong>s <strong>de</strong>senhos. A efígie <strong>do</strong> Chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, General Carmona, foi tirada duma fotografia da época<br />

sen<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senho e gravura <strong>de</strong> Arnal<strong>do</strong> Fragoso. Tipografa<strong>do</strong>s pela Casa da Moeda em folhas <strong>de</strong> 100<br />

selos <strong>de</strong> papel porcelana e papel liso, com <strong>de</strong>ntea<strong>do</strong> 11,5. Foram emiti<strong>do</strong>s 34.930.600 selos <strong>de</strong> 40<br />

centavos violeta. Retira<strong>do</strong>s <strong>de</strong> circulação em 1 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1945.<br />

ANTÓNIO OSCAR DE FRAGOSO CARMONA. Nasceu em Lisboa a 24 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1869, era filho<br />

<strong>do</strong> General Inácio Mariz <strong>de</strong> Morais Carmona, e <strong>de</strong> D. Maria Inez Fragoso Carmona. Assentou praça aos<br />

19 anos, matriculan<strong>do</strong>-se na Escola <strong>do</strong> Exército. Concluiu brilhantemente o curso <strong>de</strong> cavalaria, e sen<strong>do</strong><br />

promovi<strong>do</strong> a alferes foi prestar serviço para Chaves, em 1894. Fez parte <strong>de</strong> várias comissões <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s,<br />

e ascen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> rapidamente aos postos <strong>do</strong> exército, foi promovi<strong>do</strong> a General em 1922. Escolhi<strong>do</strong> para<br />

Promotor <strong>do</strong> Tribunal que julgou os implica<strong>do</strong>s no morticínio <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1921, evi<strong>de</strong>nciou-se<br />

<strong>de</strong> forma notável. Pela maneira como <strong>de</strong>sempenhou esta difícil missão, chamou sobre ele as atenções,<br />

sen<strong>do</strong> convida<strong>do</strong> para a Pasta da Guerra, no Governo <strong>de</strong> Ginestal Macha<strong>do</strong>, até que, com a queda<br />

<strong>de</strong>ste Governo, foi novamente para o seu coman<strong>do</strong> em Évora. Nomea<strong>do</strong> para Promotor <strong>de</strong> Justiça junto<br />

<strong>do</strong> Tribunal Especial, cria<strong>do</strong> para julgar os chefes <strong>do</strong> movimento <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1925, tornou-se<br />

memorável a sua atitu<strong>de</strong> expressa na frase: “Se estes oficiais <strong>do</strong> Exército Português aqui estão, saben<strong>do</strong>os<br />

eu camaradas <strong>do</strong>s mais ilustres, é porque alguma coisa <strong>de</strong> grave os impeliu, como no cumprimento<br />

sagra<strong>do</strong> dum <strong>de</strong>ver e revolta. Se eles se reuniram no Parque Eduar<strong>do</strong> VII em 18 <strong>de</strong> Abril e se juntos,<br />

uni<strong>do</strong>s, aqui se encontram, assumin<strong>do</strong> a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> seu acto, é porque a Pátria está <strong>do</strong>ente...”<br />

Os acusa<strong>do</strong>s foram absolvi<strong>do</strong>s, mas o General ten<strong>do</strong> <strong>de</strong>sagrada<strong>do</strong> ao Governo, foi afasta<strong>do</strong> <strong>do</strong> coman<strong>do</strong>.<br />

Após o movimento <strong>do</strong> 28 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1926, foi convida<strong>do</strong> para o Governo, toman<strong>do</strong> conta da Pasta <strong>do</strong>s<br />

Estrangeiros. Mais tar<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> <strong>do</strong> afastamento <strong>do</strong> General Gomes da Costa, foi-lhe confiada a<br />

Presidência <strong>do</strong> Ministério e a Pasta da Guerra, até que em 29 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1926 ficou com os<br />

cargos <strong>de</strong> Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Ministério e <strong>de</strong> Chefe <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Em 25 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1928, quan<strong>do</strong> das eleições<br />

presi<strong>de</strong>nciais, foi eleito Chefe Supremo da Nação, cargo que <strong>de</strong>sempenhou com gran<strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração e<br />

tacto diplomático, não toman<strong>do</strong> qualquer iniciativa nos negócios públicos. Faleceu na sua casa <strong>de</strong> Lisboa,<br />

na manhã <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1951.

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