Selos de Portugal - FEP - Universidade do Porto
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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />
P o r t u g a l<br />
1910 – D. Manuel II com sobrecarga “REPUBLICA”<br />
A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> sobrecarregar os selos em curso, com uma sobrecarga indicativa <strong>do</strong> novo regime foi quase<br />
simultânea à implantação da República, ten<strong>do</strong> em 7 <strong>de</strong> Outubro, o Director Geral <strong>do</strong>s Correios e Telégrafos<br />
oficia<strong>do</strong> nesse senti<strong>do</strong> à Casa <strong>de</strong> Moeda, salientan<strong>do</strong> a urgência dum distintivo <strong>do</strong> actual regime e bem<br />
assim a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, por motivos <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m económica, aproveitar os selos em circulação. Desta<br />
maneira, foi <strong>Portugal</strong> o primeiro país a indicar nos seus selos, uma mudança <strong>de</strong> regime, utilizan<strong>do</strong> uma<br />
sobrecarga. Sobrecarga obliqua impressa a ver<strong>de</strong> sobre o selo <strong>de</strong> 20 reis e a vermelho nos restantes.<br />
Começaram a circular em 1 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1910, manten<strong>do</strong>-se em circulação os selos sem sobrecarga,<br />
que <strong>de</strong>veriam no entanto ser <strong>de</strong>volvi<strong>do</strong>s à Casa <strong>de</strong> Moeda para serem troca<strong>do</strong>s pelos já sobrecarrega<strong>do</strong>s.<br />
Por não conseguir a Casa da Moeda satisfazer as novas requisições, foi por portaria datada <strong>de</strong> Março<br />
<strong>de</strong> 1911, autorizada a fornecer selos não sobrecarrega<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> as circunstâncias o exigissem. Nestas<br />
condições, é impossível obter-se um número certo <strong>do</strong>s selos sobrecarrega<strong>do</strong>s que no entanto se estimam<br />
em 13.900.000 <strong>de</strong> 2,5 reis 12.400.000 <strong>de</strong> 5 reis, 11.000.000 <strong>de</strong> 10 reis, 1.300.000 <strong>de</strong> 15 reis, 4.200.000<br />
<strong>de</strong> 20 reis, 23.420.000 <strong>de</strong> 25 reis 4.000.000 <strong>de</strong> 50 reis 600.000 <strong>de</strong> 75 reis, 336.700 <strong>de</strong> 80 reis, 860.000<br />
<strong>de</strong> 100 reis, 580.000 <strong>de</strong> 200 reis, 169.000 <strong>de</strong> 300 reis, 55.000 <strong>de</strong> 500 reis, e 70.900 <strong>de</strong> 1000 reis. Para<br />
as taxas <strong>de</strong> 2,5 5 e 25 reis, empregaram mais tar<strong>de</strong>, papel dum tipo diferente <strong>do</strong> original. Assim, foram<br />
emiti<strong>do</strong>s em papel couché amarela<strong>do</strong> no verso 1.800.000 <strong>de</strong> 2,5 reis, 1.050.000 <strong>de</strong> 5 reis, e 3.150.000<br />
<strong>de</strong> 25 reis; em papel espesso porcelana branco, 750.000 <strong>de</strong> 2,5 reis, 2.700.000 <strong>de</strong> 5 reis, e 3.150.000<br />
<strong>de</strong> 25 reis. Foram retira<strong>do</strong>s <strong>de</strong> circulação em 31 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1913, manten<strong>do</strong>-se a sua venda para os<br />
filatelistas. As sobras foram queimadas em Maio <strong>de</strong> 1929, juntamente com outros selos retira<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
circulação.