Selos de Portugal - FEP - Universidade do Porto
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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />
P o r t u g a l<br />
1925 – 1º Centenário <strong>do</strong> Nascimento <strong>de</strong> Camilo Castelo Branco<br />
SIMÃO BOTELHO. Personagem <strong>do</strong> romance “Amor <strong>de</strong> Perdição”. Desenho <strong>de</strong> imaginação <strong>do</strong> artista<br />
Alberto <strong>de</strong> Sousa e gravura a talhe <strong>do</strong>ce <strong>de</strong> John Harrison. Foram emiti<strong>do</strong>s 200.500 selos <strong>de</strong> 20$00<br />
preto s/ amarelo.<br />
CAMILO CASTELO BRANCO. Célebre polígrafo <strong>do</strong> século XIX. Romancista, polemista, dramaturgo,<br />
poeta, biógrafo, bibliógrafo, crítico, cronista, investiga<strong>do</strong>r histórico, jornalista, tradutor, reve<strong>do</strong>r e anota<strong>do</strong>r<br />
<strong>de</strong> trabalhos alheios, organiza<strong>do</strong>r <strong>de</strong> edições, escreveu sermões por encomenda e ele mesmo se<br />
evi<strong>de</strong>nciou como ora<strong>do</strong>r. Acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>, foi novelista e satírico, no que brilhantemente ocupa lugar,<br />
entre os primeiros da Península. Era filho ilegítimo <strong>de</strong> Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e <strong>de</strong><br />
Jacinta Rosa <strong>do</strong> Espírito Santo. Nasceu em Lisboa a 16 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1825. Passou uma vida tormentosa<br />
a que veio juntar-se a <strong>do</strong>ença, o filho louco, a falta <strong>de</strong> vista, as dificulda<strong>de</strong>s financeiras, a impossibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> trabalhar, as mais cruéis <strong>do</strong>res físicas e morais, e com a cegueira por ultimo, na <strong>de</strong>sesperança <strong>de</strong><br />
qualquer melhora suici<strong>do</strong>u-se em S. Miguel <strong>de</strong> Sei<strong>de</strong> em 1 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1890, com um tiro <strong>de</strong> revolver.<br />
Entre as suas inúmeras obras, po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>stacar o romance “Amor <strong>de</strong> Perdição” cuja primeira edição<br />
saiu na cida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> no ano <strong>de</strong> 1862.<br />
O 1º Centenário <strong>do</strong> Nascimento <strong>de</strong> Camilo Castelo Branco - Foi festivamente festeja<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o país.<br />
Apareceram muitas publicações camilianas, e toda a imprensa celebrou o facto. Realizaram-se<br />
conferencias, saraus e sessões solenes. Em Lisboa lançou-se a primeira pedra para o monumento a<br />
Camilo, e <strong>de</strong>scerrou-se a lápida comemorativa <strong>do</strong> seu nascimento, no prédio nº 5 a 13 da Rua da Rosa.<br />
No <strong>Porto</strong> efectuou-se uma romagem ao seu túmulo no cemitério da Lapa, e inaugurou-se-lhe um busto<br />
<strong>de</strong> bronze, na avenida que tem o seu nome. Em Famalicão <strong>de</strong>scerrou-se um monumento e em S.<br />
Miguel-<strong>de</strong>-Sei<strong>de</strong> realizou-se uma romagem à casa on<strong>de</strong> o escritor viveu os últimos 27 anos. Em Vila<br />
Real lançou-se a primeira pedra para um busto. Em Viana <strong>do</strong> Castelo colocou-se uma lápida na casinha<br />
on<strong>de</strong> Camilo algum tempo morou.