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Selos de Portugal - FEP - Universidade do Porto

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Concepção e texto <strong>de</strong> Carlos Kullberg<br />

P o r t u g a l<br />

1924 – 4º Centenário <strong>do</strong> Nascimento <strong>de</strong> Luiz <strong>de</strong> Camões<br />

MONUMENTO A LUIZ DE CAMÕES. Desenho <strong>de</strong> Alberto <strong>de</strong> Sousa em fonte directa <strong>do</strong> monumento<br />

inaugura<strong>do</strong> em Lisboa em 9 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1867, e que é obra <strong>de</strong> Victor Bastos. A gravura a talhe <strong>do</strong>ce<br />

é <strong>de</strong> George Fairweather. Foram emiti<strong>do</strong>s 200.500 selos <strong>de</strong> 20$00 violeta s/ malva.<br />

LUIZ VAZ DE CAMÕES. Nasceu em Lisboa em 1524 e era filho único <strong>de</strong> Simão Vaz <strong>de</strong> Camões e <strong>de</strong><br />

sua mulher D. Ana <strong>de</strong> Sá e Mace<strong>do</strong>, aparentada com a casa <strong>de</strong> Vimioso. Com três anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, ficou<br />

na companhia <strong>de</strong> sua mãe, ao cuida<strong>do</strong> <strong>de</strong> seu tio D. Bento <strong>de</strong> Camões, cónego <strong>de</strong> Santa Cruz em<br />

Coimbra, por seu pai ter parti<strong>do</strong> para a Índia em busca <strong>de</strong> fortuna. Cursou teologia por vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu<br />

tio, mas provada a sua pouca vocação, passou a cursar filosofia. Em 1544 nas festas da Semana Santa,<br />

encontrou pela primeira vez D. Catarina <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>, da qual se enamorou com uma paixão que seria a<br />

causa das <strong>de</strong>sgraças <strong>de</strong> toda a sua vida. Des<strong>de</strong> novo, <strong>de</strong>monstrou o seu valor poético que logo atraiu<br />

invejas. Os seus amores por D. Catarina foram aproveita<strong>do</strong>s pelos seus inimigos, que não se pouparam<br />

a calúnias e intrigas, com a intenção <strong>de</strong> o afastar da côrte. Em 1547 partiu para Ceuta on<strong>de</strong> militou <strong>do</strong>is<br />

anos, sen<strong>do</strong> nessa altura ataca<strong>do</strong> <strong>de</strong> surpresa por uma tribu <strong>de</strong> “cabilas”, per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a vista direita em<br />

combate. Foi em Ceuta que iniciou a sua gran<strong>de</strong> obra “Os Lusíadas”. Regressan<strong>do</strong> a Lisboa em 1549,<br />

entregou-se à obra que iniciara em Ceuta, mas continuan<strong>do</strong> a ser vítima <strong>de</strong> pérfidas perseguições,<br />

acabou por ser preso durante um ano, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> manda<strong>do</strong> para a Índia em 1553 quan<strong>do</strong> em liberda<strong>de</strong>.<br />

Da Índia foi manda<strong>do</strong> para Macau em 1556 com um lugar público que ocupou durante <strong>do</strong>is anos (na<br />

célebre gruta continuou o seu poema), ao fim <strong>do</strong>s quais regressou sob prisão á Índia, novamente vítima<br />

<strong>do</strong>s seus inimigos. No regresso a Goa, naufragou na foz <strong>do</strong> rio Mecon, nas costas <strong>de</strong> Cambodje, ten<strong>do</strong>se<br />

salvo a na<strong>do</strong>, e salvan<strong>do</strong> também o manuscrito da sua obra. Ruí<strong>do</strong> pelas sauda<strong>de</strong>s da sua Pátria,<br />

resolve voltar a Lisboa na companhia dum escravo chama<strong>do</strong> António, natural <strong>de</strong> Java, que muito se lhe<br />

afeiçoara e que o havia <strong>de</strong> acompanhar o resto da vida, ten<strong>do</strong> chega<strong>do</strong> a Cascais a 7 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1570<br />

na nau Santa Fé. Autoriza<strong>do</strong> por alvará <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1571 publicou em princípios <strong>de</strong> 1572 o<br />

seu gran<strong>de</strong> poema, continuan<strong>do</strong> uma vida <strong>de</strong> miséria, muitas vezes só socorrida pelo jau António que às<br />

ocultas <strong>do</strong> amo, pedia esmola com que lhe valia. Faleceu em Lisboa, numa pobre casa da calçada <strong>de</strong><br />

Sant’Ana no dia 10 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1580. Além <strong>do</strong> imortal poema, compôs o poeta, formosos versos bucólicos<br />

e satíricos, sonetos, etc.. O seu corpo repousa no Convento <strong>do</strong>s Jerónimos em Lisboa.

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