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asfalto novo

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Prof. Engº Pery C. G. de Castro<br />

Revisado em outubro de 2009<br />

PARTE - I<br />

INTRODUÇÃO<br />

1


CONCEITO DE RECICLAGEM DE PAVIMENTOS<br />

É um processo que visa a melhorar as<br />

características de rolamento e a estrutura<br />

do pavimento com o reaproveitamento dos<br />

materiais existentes nas diversas camadas<br />

da estrutura do pavimento.<br />

TERMINOLOGIA USADA NA RECICLAGEM<br />

1) MISTURA ASFÁLTICA RECICLADA, PARA PAVIMENTO<br />

Qualquer mistura asfáltica obtida com o material de uma, ou<br />

mais, das camada da estrutura do pavimento pelo acréscimo de<br />

agregado, <strong>asfalto</strong> e/ou agente de reciclagem, que será usado na<br />

construção do pavimento <strong>novo</strong> ou na recuperação de<br />

pavimentos velhos;<br />

2) MATERIAIS REUTILIZÁVEIS<br />

São materiais oriundos das camada de um pavimento existente;<br />

3) REVESTIMENTO ASFÁLTICO REUTILIZAVEL - RAP ( Reclaimed<br />

Asphalt Pavement ).<br />

Materiais contendo <strong>asfalto</strong> e agregado removidos e/ou<br />

processados, provenientes de um pavimento existente,<br />

geralmente o revestimento;<br />

2


Continuação ...<br />

4) AGREGADO REUTILIZÁVEL (RAM- Reclaimed Aggregate Mineral)<br />

Agregado mineral proveniente das camadas do pavimento<br />

existente, que foi removido e/ou processado não contendo <strong>asfalto</strong>.<br />

Exemplo: base granular e base tratada com cimento;<br />

5) ASFALTO REUTILIZÁVEL<br />

É o <strong>asfalto</strong> contido na camada asfáltica removida do pavimento<br />

velho, que contribui na porcentagem de <strong>asfalto</strong> da nova mistura,<br />

reciclada;<br />

6) AGREGADO RECUPERADO<br />

É o agregado separado de uma amostra de mistura asfáltica de um<br />

pavimento velho;<br />

7) ASFALTO RECUPERADO<br />

É o <strong>asfalto</strong> removido de uma mistura asfáltica de um pavimento<br />

velho;<br />

Continuação ...<br />

8) AGENTE DE RECICLAGEM OU REJUVENESCIMENTO DO ASFALTO<br />

Um material orgânico com propriedades físicas e químicas<br />

selecionadas, destinado especificamente à restaurar as<br />

propriedades originais dos <strong>asfalto</strong>s envelhecidos pela reposição<br />

daqueles componentes do <strong>asfalto</strong> que foram alterados ou<br />

consumidos durante os processos de construção e de<br />

envelhecimento; e<br />

9) AGREGADO NOVO OU VIRGEM<br />

Está constituído por agregados sem uso, como: areias naturais,<br />

areias artificiais, pedregulho natural, seixo britado, brita que são<br />

incorporados aos agregados recuperados do pavimento existente,<br />

com a finalidade de melhorar a qualidade da mistura asfáltica<br />

reciclada.<br />

3


PROCESSOS DE RECICLAGEM<br />

PARTE – II<br />

CONHECIMENTO DOS MATERIAIS<br />

DISPONÍVEIS<br />

4


ELEMENTOS DA ESTRUTURA DO PAVIMENTO<br />

Pavimento existente a ser reciclado<br />

REVESTIMENTO<br />

BASE GRANULAR ou<br />

Tratada com cimento<br />

SUB-BASE<br />

SUBLEITO<br />

RAP<br />

ASFALTO Asfalto reutilizado<br />

AGREGADO Agregado recuperado<br />

RAM = agregado de base granular ou<br />

com cimento processado<br />

Observações:<br />

RAP - Reclaimed Asphalt Pavement (Revestimento Asfáltico Reutilizável)<br />

RAM – Reclaimed Aggregate Mineral (Agregado mineral reutilizável)<br />

ESTUDO DOS MATERIAIS DISPONÍVEIS<br />

REVESTIMENTO ASFÁLTICO REUTILIZAVEL (RAP)<br />

Está constituído por <strong>asfalto</strong> e agregado:<br />

1) Asfalto<br />

a) % na mistura<br />

b) Condições de consistência (viscosidade absoluta)<br />

2) Agregado<br />

a) Granulometria<br />

b) % de areia natural (Marshall)<br />

5


OS ELEMENTOS DO REVESTIMENTO ASFÁLTICO<br />

REUTILIZÁVEL (RAP)<br />

São determinados por ensaios<br />

1) Ensaio para determinação da % de<br />

<strong>asfalto</strong>:<br />

ASTM D-2172 – B Método do Refluxo<br />

OS ELEMENTOS DO REVESTIMENTO ASFÁLTICO<br />

REUTILIZÁVEL (RAP) (continuação)<br />

2) Consistência do <strong>asfalto</strong> (viscosidade) no revestimento velho.<br />

Viscosidade é a resistência ao cisalhamento oferecida pelos<br />

líquidos.<br />

É medida em poises (1dine.segundos/cm 2 ).<br />

Quando a viscosidade é baixa é difícil determinar seu valor<br />

absoluto, e nestes casos se determina a viscosidade cinemática<br />

(expressa em centistokes).<br />

1 stoke = 100 centistokes e numericamente igual a um poise<br />

6


ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE ABSOLUTA<br />

Recuperação do <strong>asfalto</strong> removido do RAP: ASTM – D1865<br />

Viscosidade deste <strong>asfalto</strong> recuperado: ASTM D 2171 ou IBP--P – MB - 824<br />

GRANULOMETRIA DO AGREGADO RECUPERADO<br />

A amostra deve ter peso mínimo indicado na tabela abaixo.<br />

TAMANHO MÁXIMO<br />

4,75mm (nº4)<br />

9,50mm (3/8”)<br />

12,50mm (1/2”)<br />

19,00mm (3/4”)<br />

25,00mm (1”)<br />

37,50mm (1 1/2”)<br />

PESO MÍNIMO<br />

em quilos<br />

0,5<br />

1,0<br />

1,5<br />

2,0<br />

3,0<br />

4,0<br />

Ensaio deve ser executado de acordo com a ASTM 5444-94<br />

7


AGREGADO MINERAL REUTILIZADO - RAM<br />

Utilizar material de base<br />

granular ou misturado com<br />

cimento.<br />

O agregado deve ser<br />

processado para eliminar os<br />

tamanhos maiores que serão<br />

refugados ou rebritados.<br />

Fazer granulometria do<br />

produto final respeitando os<br />

pesos indicados pelas<br />

especificações:<br />

ASTM D 75 e ASTM C 136.<br />

TAMANHO NOMINAL<br />

9,15mm (3/8”)<br />

12,50mm (1/2”)<br />

19,00mm (3/4”)<br />

25,00mm (1”)<br />

37,50mm 1 ½”)<br />

50,00mm (2”)<br />

DIÃMETRO<br />

MÁXIMO<br />

9,5mm (3/8”)<br />

12,5mm (1/2”)<br />

19,0mm (3/4”)<br />

25,0mm (1”)<br />

37,5mm (1 ½”)<br />

50,0mm (2”)<br />

PESO MÍNIMO<br />

DA AMOSTRA kg<br />

10<br />

15<br />

25<br />

50<br />

75<br />

100<br />

PESO MÍNIMO PARA O ENSAIO<br />

DE GRANULOMETRIA - kg<br />

AGREGADOS NOVOS OU VIRGEM<br />

1,0<br />

2,5<br />

5,0<br />

10,0<br />

15,0<br />

20,0<br />

Em geral é especificado usar na reciclagem<br />

uma quantidade de RAP inferior a 50% da nova<br />

mistura reciclada.<br />

A complementação do agregado se dá por<br />

adição de agregado <strong>novo</strong> cuja granulometria deve<br />

ser conhecida.<br />

8


ASFALTO NOVO<br />

A adição de <strong>asfalto</strong> <strong>novo</strong> tem 2 objetivos:<br />

1) Obter a quantidade correta de <strong>asfalto</strong><br />

para a mistura reciclada; e<br />

2) Enquadrar a mistura “<strong>asfalto</strong> <strong>novo</strong> / RAP”<br />

dentro dos requisitos de viscosidade.<br />

TIPOS DE CIMENTO ASFÁLTICO<br />

9


AGENTES DE RECICLAGEM<br />

São materiais orgânicos com características físicas e químicas<br />

selecionadas para restaurar o <strong>asfalto</strong> envelhecido do RAP. Sua<br />

função é devolver ao CAP envelhecido suas propriedades<br />

originais . Devem se enquadrar nas especificações ASTM 4552<br />

AGENTES DE REJUVENESCIMENTO OU<br />

RECICLAGEM (continuação)<br />

Estes agentes têm por base os maltenos,que são<br />

encontrados no óleo de xisto produzido pela<br />

Petrobras, em São Mateus do Sul – PR.<br />

As frações da destilação deste óleo apresentam<br />

concentrados de maltenos com elevado teor de<br />

nitrogênio que aumenta a durabilidade do <strong>asfalto</strong> e<br />

também melhora a adesividade <strong>asfalto</strong>/agregado.<br />

O resíduo da destilação do xisto se enquadra nas<br />

Especificações do IPB e da ASTM D 4552, como<br />

agente de reciclagem A R75.<br />

10


SELEÇÃO DOS AGENTES DE RECICLAGEM<br />

1) Os graus AR 1 AR 5 AR 25 e AR 75 são<br />

geralmente indicados à recuperação de cimento<br />

asfáltico de pavimentos velhos, em misturas a<br />

quente, em que for adicionado menos de 30% de<br />

agregado <strong>novo</strong> à mistura reciclada; e<br />

2) Os graus AR 250 e AR 500 são indicados à mistura<br />

reciclada com mais de 30% de agregado virgem.<br />

REVESTIMENTO ASFÁLTICO REUTILIZÁVEL<br />

TRECHOS HOMOGÊNEOS<br />

Planta do trecho<br />

Área normal Área com exsudação Área com desagregação<br />

E 1 E 1 E 1 E 1<br />

E 1 - E 2 apresenta uma superfície com características normais;<br />

E 2 - E 3 apresenta de forma uniforme a ocorrência de áreas de exsudação<br />

E 3 - E 4 superfície apresenta pontos de desagregação sugerindo deficiência<br />

de <strong>asfalto</strong><br />

11


AMOSTRAGEM DOS MATERIAIS<br />

a) Revestimento asfáltico reutilizável – RAP<br />

b) Agregado mineral reutilizável - RAM<br />

c) Agregado virgem<br />

d) Asfalto <strong>novo</strong><br />

AMOSTRAGEM DO REVESTIMENTO ASFÁLTICO REUTILIZÁVEL - RAP<br />

Amostragem do RAP é a parte mais crítica porque:<br />

Asfalto: pode variar em quantidade e viscosidade<br />

Agregado pode variar em granulometria, quantidade (porcentagem)<br />

A amostragem é aleatória feita na pista, baseada em métodos<br />

estatísticos, na sequência LD, E, LE; LD, E, LE ...com afastamento da ordem de<br />

50cm, para trechos visualmente homogêneos.<br />

Os ensaios a serem feitos:<br />

% Asfalto do revestimento velho<br />

Viscosidade deste <strong>asfalto</strong><br />

Granulometria do agregado<br />

Depois, junto a usina central estes ensaios devem ser repetidos<br />

coletando amostras no depósito, na base de 1 para cada 50 toneladas.<br />

12


AMOSTRAGEM DO AGREGADO MINERAL<br />

REUTILIZÁVEL (RAM)<br />

Nos mesmos locais em que foram coletadas<br />

as amostras do RAP.<br />

Se o agregado for processado (peneiração<br />

e/ou britagem) coletar do depósito 1 amostra<br />

para cada 50 toneladas.<br />

A amostragem só é efetuada quando o RAM<br />

for reciclado.<br />

AMOSTRAGEM DO AGREGADO VIRGEM<br />

Em vários pontos do depósito, na<br />

frequência de 1 amostra para 50 toneladas<br />

de agregado.<br />

13


AMOSTRAGEM DO ASFALTO NOVO<br />

Na maioria dos casos considerar válido<br />

os resultados dos ensaios apresentados<br />

pela Refinaria.<br />

14

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