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direção à lesão, nas primeiras 48 horas. Metaloproteases (MMPs) sintetizadas pelos<br />
ceratócitos participam ativamente. Destaca-se a degradação de fibras colágenas<br />
lesadas, que são substituídas por uma matriz de fibrina, enquanto restos celulares são<br />
removidos por macrófagos oriundos do filme lacrimal (OLLIVIER et al., 2003).<br />
As MMPs são proteases endógenas pertencentes a uma família de enzimas<br />
dependentes de zinco e de cálcio, essenciais à manutenção de processos<br />
homeostáticos. Elas estão envolvidas na remodelação e na reparação, bem como na<br />
destruição de tecidos, inclusive os corneais (BROOKS e OLLIVIER, 2004). Elencam-se<br />
em quatro classes de enzimas: colagenases (MMP-1, MMP-8, MMP-13), gelatinases<br />
(MMP-2 e MMP-9), estromalisinases (MMP-3, MMP-10 e MMP-11) e as com<br />
especificidade para membranas celulares (MMP-14, MMP-16, MMP-17, MMP-24 e<br />
MMP-25) (BROOKS e OLLIVIER, 2004). No curso da reparação corneal e de permeio à<br />
lágrima, elas desempenham grande atividade (STRUBBE et al., 2000; PINEDA-<br />
BOLIVAR et al., 2001; SMITH et al., 2001; DANIELS et al., 2003; OLLIVIER et al., 2003;<br />
OLLIVIER et al., 2004; MULHOLLAND et al., 2005; COUTURE et al., 2006), induzindo a<br />
efeitos diversos.<br />
Estudos comprovaram que córneas de mamíferos aviltadas expressam<br />
metaloproteases em grande quantitativo, retardando a reparação cicatricial (FINI et al.,<br />
1996; OLLIVIER et al., 2003). Reportou-se maior atividade da MMP-1, em células<br />
epiteliais e da MMP-9 na remodelação do estroma corneal, após ceratectomias<br />
lamelares em coelhos (MULHOLLAND et al., 2005). Em cães e em eqüinos, a<br />
remodelação do estroma corneal é, com maior ênfase, realizada pela MMP-2,<br />
sintetizada por ceratócitos. Ela participa da remodelação fisiológica do estroma corneal,<br />
ativando-se na presença de moléculas de colágeno danificadas. A MMP-9 é produzida<br />
por células epiteliais e por neutrófilos (OLLIVIER et al., 2007).<br />
Decorridas as primeiras 24 horas da lesão suscitante, vasos localizados na<br />
região perilímbica migram em direção ao estroma. A velocidade com que tal se<br />
processa é variável, estando em 1 mm por dia, aproximadamente. A angiogênese é,<br />
geralmente, estimulada pelos mesmos fatores que desencadeiam a gênese da fibrose,<br />
o que justifica a ocorrência de vascularização paralelamente à migração e ativação<br />
fibroblásticas locais e de ceratócitos estromais (PEIFFER Jr. et al., 1987).<br />
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