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Soluções - Unesp

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Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias<br />

de Jaboticabal – FCAV - UNESP<br />

CURSO: Ciências Biológicas<br />

DISCIPLINA: Química<br />

ASSUNTO: <strong>Soluções</strong><br />

1


1. TIPOS MAIS COMUNS DE SOLUÇÃO<br />

Solução é uma mistura uniforme ou homogênea de<br />

átomos, íons ou moléculas de duas ou mais substâncias.<br />

As soluções podem ser líquidas, sólidas ou gasosas.<br />

Soluto Solvente Aparência da<br />

Solução<br />

Exemplo<br />

Gás Líquido Líquido Água mineral<br />

gaseificada<br />

Líquido Líquido Líquido Etanol combustível<br />

hidratado<br />

Sólido Líquido Líquido Água salgada<br />

Gás Gás Gás Ar atmosférico<br />

Sólido Sólido Sólido Ouro 18-quilates<br />

2


2. PROPRIEDADES DAS SOLUÇÕES<br />

A distribuição das partículas em uma solução é uniforme;<br />

Os componentes de uma solução não se separam em<br />

repouso;<br />

Uma solução não pode ser separada em seus componen-<br />

tes por filtração;<br />

Dados quaisquer soluto e solvente, é possível preparar<br />

soluções com muitas composições diferentes;<br />

As soluções podem ser separadas em componentes puros.<br />

3


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

A maior parte das reações químicas importantes nos<br />

tecidos vivos ocorre em solução aquosa;<br />

Serve como solvente para transportar reagentes e<br />

produtos de um lugar para outro do corpo;<br />

É reagente ou produto em muitas reações bioquímicas;<br />

É um excelente solvente.<br />

4


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

Fórmula molecular: H 2O.<br />

Geometria: angular.<br />

(a) Fórmula estrutural (estrutura de Lewis).<br />

(b) Modelo de esferas e bastões.<br />

Fonte: BETTELHEIM et al., 2012 : p. 82.<br />

5


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

Molécula de H 2O: apresenta ligações H-O polares.<br />

A molécula de H 2O é polar (µ = 1,85 D).<br />

Fonte: BROWN et al., 2005 : p. 302.<br />

6


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

Entre as moléculas de H 2O ocorre um tipo de interação<br />

denominada ligação de hidrogênio.<br />

Ligação de hidrogênio: força de atração, não covalente,<br />

entre a carga parcial positiva de um átomo de H ligado a<br />

um átomo de elevada eletronegatividade (geralmente O ou<br />

N) e carga parcial negativa de um oxigênio ou nitrogênio<br />

próximos.<br />

H<br />

Fonte: BETTELHEIM et al., 2012 : p. 137.<br />

7


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

Ligações de hidrogênio não se restringem à água.<br />

Formam-se entre duas moléculas sempre que uma delas<br />

tem um átomo de hidrogênio ligado ao O ou N, e a outra,<br />

um átomo de O ou N com carga parcial negativa.<br />

Exemplo 1:<br />

Ligação de hidrogênio entre a<br />

molécula de um éter e da água.<br />

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 21.<br />

8


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

Exemplo 2:<br />

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 22.<br />

9


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

Excelente solvente (solvente universal).<br />

Capaz de dissolver compostos iônicos e moleculares.<br />

- Exemplo: dissolução do NaCl (sólido iônico) em H 2O.<br />

Fonte: BETTELHEIM et al., 2012 : p. 169.<br />

10


Interação Íon-Dipolo:<br />

Fonte: BARBOSA, 2004 : p. 17.<br />

11


3. ÁGUA COMO SOLVENTE<br />

Etanol, glicose e ácido ascórbico ou vitamina C, são exem-<br />

plos de compostos moleculares solúveis em água.<br />

Etanol<br />

Glicose<br />

Vitamina C<br />

Fonte: BROWN et al., 2005 : p. 453.<br />

12


Exercício 1: determine se cada uma das seguintes substâncias<br />

apresenta maior probabilidade de se dissolver em tetracloreto<br />

de carbono (CCl 4) ou em água:<br />

(a) hexano, C 7H 16;<br />

(b) sulfato de sódio, Na 2SO 4;<br />

(c) cloreto de hidrogênio, HCl;<br />

(d) iodo, I 2.<br />

13


Exercício 2: coloque as substâncias a seguir, em ordem cres-<br />

cente de solubilidade em água:<br />

(a) pentano, C 5H 12;<br />

(b) pentan-1-ol, C 5H 10OH;<br />

(c) pentano-1,5-diol, C 5H 10(OH) 2;<br />

(d) 1-cloropentano, C 5H 11Cl.<br />

14


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Ao se preparar uma solução, o mais usual é o preparo de<br />

um volume determinado com certa concentração do<br />

soluto.<br />

Denomina-se concentração à quantia de soluto<br />

dissolvida em uma determinada quantia de solvente ou<br />

de solução.<br />

As relações entre as porções de soluto e de solvente em<br />

uma solução líquida, ou entre porções de soluto e<br />

solução, podem ser expressas de diferentes maneiras,<br />

denominadas unidades de concentração.<br />

15


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Relação massa do soluto/massa total da solução: é<br />

usualmente transformada numa porcentagem conhecida<br />

como título e pode ser simbolizada por %(m/m).<br />

EXEMPLO: uma solução aquosa de H 2 SO 4 com título 70%<br />

contém 70 g de H 2 SO 4 para cada 100 g da solução.<br />

%( m<br />

/ m)<br />

msoluto<br />

= x100<br />

m<br />

solução<br />

EQ. 1<br />

16


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Relação massa do soluto/volume da solução: é<br />

bastante utilizada em indústrias, com unidade g/L ou kg/L<br />

e é denominada concentração de soluto em massa<br />

(C).<br />

m<br />

soluto<br />

C EQ. 2<br />

V<br />

solução<br />

17


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Relação quantidade de matéria do soluto/volume<br />

da solução: é mais utilizada em laboratórios de química<br />

em geral, sendo expressa em mol/L.<br />

Essa relação, cujo uso é recomendado pela IUPAC (União<br />

Internacional de Química Pura e Aplicada) é denominada<br />

concentração de soluto em quantidade de matéria<br />

(concentração molar ou molaridade), M.<br />

Molaridade =<br />

n<br />

V<br />

soluto<br />

solução<br />

EQ. 3<br />

18


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Relação quantidade de matéria do soluto/massa<br />

do solvente: é denominada molalidade e é expressa<br />

em mol/kg.<br />

É utilizada sempre que se quer ter uma relação que não<br />

dependa da temperatura.<br />

molalidade =<br />

n<br />

m<br />

soluto<br />

solvente<br />

EQ. 4<br />

19


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Normalidade: a normalidade de uma solução indica<br />

o número de equivalentes-grama do soluto dissolvido<br />

em 1 L de solução.<br />

É expressa em eq/L ou normal (N).<br />

e<br />

soluto<br />

N =<br />

EQ. 5<br />

Vsolução<br />

e<br />

soluto<br />

=<br />

m<br />

E<br />

soluto<br />

soluto<br />

EQ. 6<br />

20


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Regras para cálculo do equivalente-grama (E):<br />

a) Equivalente-grama de um ácido: corresponde à<br />

massa em gramas de um ácido capaz de fornecer<br />

ou doar 1 mol de íons H + .<br />

b) Equivalente-grama de uma base: corresponde<br />

à massa em gramas de uma base capaz de<br />

fornecer 1 mol de íons OH - .<br />

21


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Regras para cálculo do equivalente-grama (E):<br />

c) Equivalente-grama de um sal: corresponde à<br />

massa desse sal, em gramas, capaz de fornecer 1 mol<br />

de cargas positivas ou negativas.<br />

d) Equivalente-grama de agentes redutores ou<br />

de agentes oxidantes: corresponde a massa em<br />

gramas do redutor ou oxidante, capaz de fornecer ou<br />

receber, respectivamente, 1 mol de elétrons.<br />

22


4. UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO<br />

Relação entre Concentração em mol/L, M e<br />

Normalidade, N:<br />

N = k . M EQ. 7<br />

O valor de k é estabelecido de acordo com as regras<br />

utilizadas no cálculo do equivalente-grama.<br />

23


5. PROPRIEDADES COLIGATIVAS<br />

Entre as propriedades das soluções líquidas, em particular<br />

das soluções aquosas de solutos não-voláteis (que não<br />

tendem a vaporizar), destacam-se quatro que são deno-<br />

minadas propriedades coligativas.<br />

São propriedades que dependem da concentração de<br />

partículas dissolvidas (moléculas e/ou íons), mas não da<br />

natureza dessas partículas, ou seja, não dependem de<br />

que partículas são essas.<br />

24


5. PROPRIEDADES COLIGATIVAS<br />

Abaixamento da pressão de vapor;<br />

Aumento da temperatura de ebulição (ebulioscopia);<br />

Diminuição da temperatura de solidificação (crioscopia);<br />

Tendência do solvente atravessar membranas que permitem<br />

a passagem do solvente, mas não do soluto.<br />

25


5.1. ABAIXAMENTO DA PRESSÃO DE VAPOR<br />

Exemplos:<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p. 110.<br />

26


5.1. ABAIXAMENTO DA PRESSÃO DE VAPOR<br />

Os solutos não voláteis reduzem a habilidade das moléculas<br />

da superfície do solvente de escaparem do líquido.<br />

Conseqüentemente, a pressão de vapor é reduzida.<br />

A quantidade da redução da pressão de vapor depende da<br />

quantidade de soluto.<br />

Lei de Raoult:<br />

P solução = x solvente . P solvente puro EQ.8<br />

27


5.2. AUMENTO DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO<br />

Exemplos:<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p. 113.<br />

28


5.2. AUMENTO DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO<br />

A adição de um soluto não-volátil à água pura (solvente<br />

puro), aumenta a temperatura em que se inicia a ebulição<br />

do solvente na solução, ou seja, a temperatura em que<br />

inicia-se a ebulição da solução aumenta.<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p. 114.<br />

29


5.3. ABAIXAMENTO DA TEMPERTAURA SOLIDIFICAÇÃO<br />

A adição de um soluto não-volátil à água pura (solvente<br />

puro), diminui a temperatura de solidificação do solvente<br />

na solução, ou seja, a temperatura de solidificação da<br />

solução diminui.<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p. 115.<br />

30


A elevação da temperatura de eblição e o abaixamento da<br />

temperatura de congelamento são diretamente proporcio-<br />

nais à concentração do soluto expressa em molalidade (w).<br />

Equações matemáticas que relacionam à elevação do ponto<br />

de ebulição (t E) e o abaixamento da temperatura de<br />

congelamento (t C) com a molalidade:<br />

t E = K e . w EQ. 9<br />

t C = K C . w EQ. 10<br />

K E: constante ebulioscópica;<br />

K C: constante crioscópica;<br />

w: molalidade total de partículas de soluto.<br />

31


Fonte: BROWN et al., 2005 : p. 464.<br />

32


5.4. OSMOSE<br />

O fluxo efetivo de solvente através de uma membrana<br />

permeável apenas ao solvente é denominado osmose.<br />

Verifica-se que esse fluxo ocorre espontaneamente do<br />

meio menos concentrado para o meio mais concentrado.<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p.123.<br />

33


5.4. OSMOSE<br />

Existe movimento em ambos os sentidos através de uma<br />

membrana semipermeável.<br />

À medida que o solvente move-se através da membrana, os<br />

níveis de fluidos nos braços se tornam irregulares.<br />

Conseqüentemente, a diferença de pressão entre os braços<br />

interrompe a osmose.<br />

Fonte: BROWN et al., 2005 : p. 466.<br />

34


5.4. OSMOSE<br />

<strong>Soluções</strong> isotônicas: duas soluções com o mesmo <br />

separadas por uma membrana semipermeável.<br />

<strong>Soluções</strong> hipotônicas: uma solução de mais baixo do<br />

que uma solução hipertônica.<br />

Os glóbulos vermelhos são envolvidos por membranas<br />

semipermeáveis.<br />

35


5.4. OSMOSE<br />

Crenadura:<br />

- glóbulos vermelhos colocados em solução hipertônica<br />

(em relação à solução intracelular);<br />

- existe uma concentração de soluto mais baixa na célula<br />

do que no tecido circundante;<br />

- a osmose ocorre e a água passa através da membrana<br />

fora da célula.<br />

- a célula murcha.<br />

Fonte: BROWN et al., 2005 : p. 467.<br />

36


5.4. OSMOSE<br />

Hemólise:<br />

- glóbulos vermelhos colocados em uma solução hipotônica;<br />

- existe uma concentração maior de soluto na célula;<br />

- a osmose ocorre e a água entra na célula;<br />

- a célula se rompe.<br />

Para evitar a crenação ou a hemólise, as soluções I.V.<br />

(intravenosas) devem ser isotônicas.<br />

Fonte: BROWN et al., 2005 : p. 467.<br />

37


OSMOSE E CÉLULAS VIVAS<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p.142.<br />

38


5.4. OSMOSE<br />

– O pepino em solução de NaCl perde água murchando e se<br />

transformando em picles.<br />

– A cenoura mole colocada em água se torna firme porque<br />

a água entra via osmose.<br />

– A comida salgada provoca a retenção de água e o<br />

inchamento de tecidos (edema).<br />

– O sal adicionado à carne ou o açúcar à fruta evita<br />

infecção bacteriana (uma bactéria colocada no sal<br />

perderá água através de osmose e morrerá).<br />

39


5.4.1. PRESSÃO OSMÓTICA<br />

Quando uma solução aquosa está separada da água pura<br />

por uma membrana permeável apenas à água, o valor<br />

exato de pressão que se deve aplicar sobre a solução para<br />

impedir a osmose é denominado PRESSÃO OSMÓTICA da<br />

solução. Essa grandeza é representada pela letra pi ().<br />

= M . R . T EQ. 11<br />

M: concentração (em mol/L) de partículas<br />

dissolvidas em solução;<br />

R: constante universal dos gases;<br />

T: temperatura da solução na escala Kelvin.<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p.124.<br />

40


5.4.2. OSMOSE REVERSA<br />

Fonte: PERUZZO & CANTO, 2006 : p.125.<br />

41


6. COLÓIDES<br />

São suspensões nas quais as partículas suspensas são<br />

maiores do que as moléculas, mas pequenas demais para<br />

saírem da suspensão devido à gravidade.<br />

Em um colóide (também chamado de dispersão ou sistema<br />

coloidal) o diâmetro das partículas de soluto varia de 1 a<br />

1.000 nm.<br />

Podem existir em várias fases: gasosa, líquida ou sólida.<br />

42


6. COLÓIDES<br />

Fonte: BROWN et al., 2005 : p. 471.<br />

43


6. COLÓIDES<br />

Propriedades de três tipos de misturas:<br />

Propriedade <strong>Soluções</strong> Colóides Suspensões<br />

Tamanho da partícula<br />

(nm)<br />

Filtrável com papel<br />

comum<br />

0,1 – 1,0 1 – 1.000 >1.000<br />

Não Não Sim<br />

Homogênea Sim Limítrofe Não<br />

Precipita em repouso Não Não Sim<br />

Comportamento perante<br />

a luz<br />

Transparente Efeito Tyndall Opaco<br />

44


6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA<br />

BARBOSA, L. C. de A. Introdução à química orgânica. 1. ed. São Paulo:<br />

Prentice Hall, 2004.<br />

BETELLHEIM, F. A.; BROWN, W. H.; CAMPEBELL, M. K.; FARRELL, S. O.<br />

Introdução à química geral. 9. ed. São Paulo:Cengage Learning, 2012.<br />

BROWN, T. L.; LEMAY, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química a<br />

ciência central. 9. ed. São Paulo:Pearson Prentice Hall, 2005.<br />

PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Química na abordagem do cotidiano.<br />

4. ed. São Paulo:Moderna, 2006. v. 2.<br />

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