Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Com relação aos contingentes geográficos <strong>de</strong> migração, nas formações e<br />
<strong>em</strong> ambas FA/FS, predominaram espécies e indivíduos <strong>de</strong> ampla distribuição,<br />
seguidas pelos contingentes oeste e atlântico.<br />
A gran<strong>de</strong> disparida<strong>de</strong> dos compartimentos geo-pedológicos no gradiente<br />
com os seus processos <strong>de</strong> canalização e erosão também exerc<strong>em</strong> influência na<br />
florística e nos padrões ecológicos <strong>em</strong> razão da condição <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> ou<br />
perturbação natural dos ambientes. Esses, por sua vez, influenciam na condição<br />
pedológica e na entrada <strong>de</strong> luz por meio do dossel aberto sobre canais ou torrentes<br />
não vegetados, assim como, na drenag<strong>em</strong> e disponibilida<strong>de</strong> hídrica <strong>em</strong> razão da<br />
profundida<strong>de</strong> e posição dos canais na paisag<strong>em</strong>. Todos esses fatores <strong>em</strong> conjunto<br />
ou isolados justificam a presença das diferentes tipologias.<br />
A constatação <strong>de</strong> espécies típicas <strong>de</strong> cada ambiente ao longo do gradiente,<br />
com gran<strong>de</strong> variação <strong>de</strong> abundância entre as espécies mais importantes, se <strong>de</strong>ve a<br />
presença <strong>de</strong> pontos hidromórficos nas vertentes, que favorec<strong>em</strong> o estabelecimento<br />
<strong>de</strong> espécies preferenciais <strong>de</strong> ambientes imperfeitamente drenados, <strong>em</strong> pequenas<br />
cabeceiras e na base das vertentes <strong>em</strong> cotas superiores. Também, na planície, ao<br />
longo <strong>de</strong> canais tributários profundos <strong>em</strong> cotas mais elevadas sobre o leito<br />
encaixado, caracterizando áreas b<strong>em</strong> drenadas, que possibilitam o estabelecimento<br />
<strong>de</strong> espécies não higrófilas.<br />
Essas variações nos compartimentos geo-pedológicos e fisionômicos,<br />
comprovam a existência <strong>de</strong> um mosaico vegetacional já referenciado <strong>em</strong> diferentes<br />
ambientes <strong>de</strong> florestas ciliares (RODRIGUES e NAVE, 2000; CORREIA, et al.,<br />
2001), que nas condições <strong>de</strong> geologia sedimentar da Depressão Central do Rio<br />
Gran<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser vistos com outros olhos, para d<strong>em</strong>arcar e <strong>de</strong>limitar as<br />
áreas <strong>de</strong> preservação permanente, principalmente <strong>em</strong> áreas do grupo FA/FS, on<strong>de</strong> o<br />
processo <strong>de</strong> canalização e erosão são mais intensos e recentes na encosta. O uso<br />
<strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> formações aluviais e submontanas para restauração <strong>florestal</strong> da<br />
região <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser estimulados, mas respeitando principalmente as condições<br />
ecológicas das espécies e a drenag<strong>em</strong> do terreno, visto que nas vertentes e na<br />
planície exist<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ráveis variações <strong>de</strong> solos e níveis <strong>de</strong> hidromorfia.<br />
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