Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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RESUMO<br />
O trabalho teve objetivo <strong>de</strong> estudar comunida<strong>de</strong>s arbóreas r<strong>em</strong>anescentes<br />
distribuídas <strong>em</strong> diferentes posições da paisag<strong>em</strong> <strong>em</strong> pequenos tributários <strong>de</strong> uma<br />
microbacia do baixo rio Jacuí, no município <strong>de</strong> Pantano Gran<strong>de</strong> 1 , no estado do Rio<br />
Gran<strong>de</strong> do Sul (30 ° 05’41” S e 52°25’30” O). A região <strong>de</strong> estudo é conhecida como<br />
Depressão Central e está compreendida por uma área <strong>de</strong> tensão ecológica, <strong>em</strong><br />
razão da mistura entre as florestas estacionais e os campos. Os fragmentos,<br />
classificados como <strong>de</strong> Floresta Estacional Decidual Aluvial e Submontana,<br />
encontram-se ao longo <strong>de</strong> um gradiente com uma gran<strong>de</strong> variação geomorfológica e<br />
pedológica. Assim, para enten<strong>de</strong>r os padrões ecológicos e fitossociológicos, foram<br />
estudadas <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada as condições dos solos e as formas <strong>de</strong> relevo. Para<br />
levantar essas variáveis, foram instaladas 200 parcelas <strong>de</strong> 100 m² distribuídas <strong>em</strong><br />
40 pontos amostrais com 5 parcelas cada, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as cabeceiras <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> até a<br />
planície <strong>de</strong> inundação do rio Jacuí. Em cada unida<strong>de</strong> amostral foram medidos e<br />
i<strong>de</strong>ntificados todos os indivíduos lenhosos com diâmetro a altura do peito ≥ 5 cm e<br />
coletadas amostras superficiais <strong>de</strong> solos para análise <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong> e composição<br />
granulométrica. No estudo foram <strong>de</strong>terminadas 16 classes <strong>de</strong> solos até o quarto<br />
nível categórico, 12 compartimentos geomorfológicos e pedológicos. Foram<br />
amostrados 3.757 indivíduos pertencentes a 95 espécies. As famílias com maior<br />
riqueza foram Myrtaceae (16), Myrsinaceae (6), Fabaceae (5), Euphorbiaceae (4),<br />
Rubiacae (4) e Sapotaceae (4). Na análise <strong>de</strong> similarida<strong>de</strong> florística foram<br />
classificados três gran<strong>de</strong>s grupos que tiveram alta correlação com as condições<br />
ambientais e distribuição espacial sobre o relevo. Para cada grupo foi <strong>de</strong>terminado à<br />
representação das espécies por meio das guildas ecológicas <strong>de</strong> dispersão,<br />
estratificação e regeneração, além dos contingentes migratórios das espécies. Os<br />
padrões ecológicos e contingentes geográficos das espécies foram distintos entre os<br />
grupos. A análise <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação do ambiente (NMS) d<strong>em</strong>onstrou diferenças entre os<br />
pontos amostrais da planície e vertentes. As variáveis, cota, <strong>de</strong>clive, textura do solo,<br />
H + Al e CTC foram as mais importantes na análise. A análise <strong>de</strong> or<strong>de</strong>nação<br />
florística (DCA), compl<strong>em</strong>entar a análise <strong>de</strong> agrupamento, reforçou a existência <strong>de</strong><br />
1<br />
O termo “pântano” (proparoxítona), na corruptela, passou a ser “pantano” (paroxítona). A orig<strong>em</strong> do<br />
nome do município se <strong>de</strong>ve ao fato <strong>de</strong> que o subsolo da região é formado por uma malha <strong>de</strong><br />
tabatinga (argila mole) que nas primitivas estradas tornavam-se pantanosas (com atoleiros),<br />
dificultando o movimento dos veículos, ficando por isso conhecido por Pantano Gran<strong>de</strong>.<br />
I