Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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Apesar da intensa ativida<strong>de</strong> humana, as florestas ali existentes são os<br />
últimos r<strong>em</strong>anescentes da vegetação natural, pois gran<strong>de</strong> parte da região não<br />
exprime mais a sua naturalida<strong>de</strong>, o que torna difícil <strong>de</strong>finir, <strong>em</strong> certos locais das<br />
divisas dos atuais r<strong>em</strong>anescentes florestais on<strong>de</strong> era floresta ou campo nativo. Mas,<br />
<strong>em</strong> razão dos resultados paleobotânicos e relatos dos primeiros viajantes à região,<br />
tudo indica que a vegetação campestre foi a matriz da paisag<strong>em</strong> no pretérito, antes<br />
da presença <strong>de</strong>strutiva do hom<strong>em</strong> europeu.<br />
GEOLOGIA<br />
A área <strong>de</strong> estudo pertence ao domínio geológico da Cobertura <strong>de</strong> Sedimentos<br />
Cenozóicos. A região correspon<strong>de</strong> à bacia sedimentar fanerozóica resultante da<br />
estabilização da Plataforma Sul-Americana, <strong>de</strong>nominada Bacia do Paraná, formada<br />
por duas fases evolutivas, a talassocrática, sendo <strong>de</strong>senvolvida entre o Eosiluriano e<br />
Eocarbonífero, caracterizada por sucessivas transgressões e regressões marinhas,<br />
e a geocrática, ocorrida entre o Neocarbonífero e o Triássico, com <strong>de</strong>posições<br />
continentais e episódicas ingressões marinhas (KAUL, 1990; PIRES, 2006).<br />
Na área mais ao sul da Serra Geral, no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, está parte do<br />
rebordo da bacia do Paraná, on<strong>de</strong> afloram diversas formações sedimentares que<br />
não foram cobertas totalmente pelo <strong>de</strong>rrame basáltico, como: a Formação Rio do<br />
Rasto, Pirambóia, Sanga do Cabral (antigo Rosário do Sul), Subgrupo Estrada Nova<br />
e <strong>de</strong>pósitos aluvionares, areias, cascalheiras e sedimentos síltico-argilosos <strong>de</strong><br />
planícies <strong>de</strong> inundação, terraços e <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> calha da re<strong>de</strong> fluvial atual e subatual<br />
(IBGE, 2003; FREITAS et al., 2004; SOARES et al., 2008).<br />
Essa diversida<strong>de</strong> geológica apresenta significativas divergências quanto à<br />
ida<strong>de</strong> e posição estratigráfica dos <strong>de</strong>pósitos eólicos e fluviais da Formação<br />
Pirambóia e unida<strong>de</strong>s correlatas, <strong>de</strong>vido a ausência <strong>de</strong> fósseis com valores<br />
cronoestratigráficos que geram diferentes interpretações para as unida<strong>de</strong>s que<br />
envolv<strong>em</strong> o limite Permo-Triássico e a própria <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sse limite. Na parte<br />
central e oeste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul afloram espessos pacotes <strong>de</strong> arenitos eólicos,<br />
<strong>de</strong>ntro do pacote Neo-Permiano, sotopostos a <strong>de</strong>pósitos fluviais da Formação Sanga<br />
do Cabral (porção inferior do Triássico), os quais foram, a partir da década <strong>de</strong> 1970,<br />
correlacionados por suas similarida<strong>de</strong>s aos arenitos Pirambóia, caracterizando um<br />
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