Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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<strong>de</strong>senvolver um dossel estratificado e consegu<strong>em</strong> abrigar as espécies tolerantes à<br />
sombra. Esse resultado foi verificado no grupo 1, caraterizado pela alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Actinost<strong>em</strong>on concolor. S<strong>em</strong>elhante implicação foi encontrado por Scipioni et al.<br />
(2011) <strong>em</strong> um fragmento <strong>florestal</strong> <strong>em</strong> estágio avançado com a mesma espécie, no<br />
planalto médio na região noroeste do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul com baixa interferência <strong>de</strong><br />
distúrbios.<br />
Essas gran<strong>de</strong>s variações constadas nesses três grupos somente foram<br />
possíveis <strong>em</strong> razão da maior escala espacial <strong>de</strong> trabalho, abrangendo diferentes<br />
tamanhos <strong>de</strong> fragmentos com alta diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> solos condicionados pelo<br />
gradiente estudado. Assim, as variações estruturais nos grupos se pronunciaram e<br />
pu<strong>de</strong>ram ser mais b<strong>em</strong> averiguadas, tendo o maior valor <strong>de</strong> área basal, como<br />
esperado, no grupo 1, on<strong>de</strong> visivelmente estão as maiores árvores e uma floresta<br />
b<strong>em</strong> estratificada. Não foi possível constatar diferenças quanto à <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
indivíduos entre os grupos por meio da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> total. Situação s<strong>em</strong>elhante<br />
encontrada por Valente et al. (2011), na comparação entre diferentes florestas<br />
atlânticas (aluvial, montana e nebular), na Serra Negra <strong>em</strong> Minas Gerais. Contudo,<br />
nesse estudo, assim como no <strong>de</strong> Valente et al. (2011), as diferenças são<br />
significativas entre os diferentes grupos ou fitosionomias por meio da comparação<br />
entre os intervalos <strong>de</strong> classes <strong>de</strong> diâmetro e altura.<br />
Essas diferenças <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> estão fort<strong>em</strong>ente influenciadas pelas classes<br />
<strong>de</strong> solos e drenag<strong>em</strong>, conforme alguns autores (OLIVEIRA-FILHO et al., 1997;<br />
VALENTE et al., 2011), como também, por estágios sucessionais vinculados<br />
principalmente aos distúrbios passados (WIMBERLY e SPIES, 2001) e ao avanço<br />
<strong>florestal</strong> recente sobre os campos na região.<br />
Disso resulta que, as florestas <strong>em</strong> estágios mais jovens proporcionam maior<br />
concentração <strong>de</strong> árvores <strong>de</strong> menores diâmetros, influindo nas condições <strong>de</strong><br />
facilitação e competição na comunida<strong>de</strong> arbórea por espaço, nutrientes, água e luz,<br />
que interfer<strong>em</strong> na história <strong>de</strong> vida das plantas (CALLAWAY e WALKER, 1997), b<strong>em</strong><br />
como, na futura estruturação das florestas (WIMBERLY e SPIES, 2001).<br />
No grupo 3 (FA), o distúrbio causado pelo gado nessa área é tão presente<br />
quanto no grupo 2 (FA/FS). Por outro lado, os distúrbios por enchentes e condições<br />
<strong>de</strong> saturação do solo, proporcionam um ambiente especializado por meio do<br />
hidroperíodo, que se reflet<strong>em</strong> na maior dominância ecológica <strong>de</strong> espécies adaptadas<br />
a esse meio, <strong>de</strong>stacando a espécie Sebastiania commersoniana (branquilho). Em<br />
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