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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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condições ambientais que favorec<strong>em</strong> as espécies aluviais e submontanas.<br />

Entretanto, nessas áreas entre ambas as formações (FA/FS), um elevado efeito <strong>de</strong><br />

borda e maior influência <strong>de</strong> distúrbios <strong>de</strong> orig<strong>em</strong> seculares da ativida<strong>de</strong> provinda da<br />

agricultura e pecuária (<strong>de</strong>smatamento e fogo) estão presentes, o que possibilita<br />

também a retração do avanço do estágio sucessional <strong>de</strong>ssas florestas. Os relevos<br />

menos aci<strong>de</strong>ntados e convexos existentes nesse grupo proporcionam facilida<strong>de</strong> no<br />

trânsito dos animais através dos pequenos canais sazonais. O grupo 1 - formação<br />

submontana é diferente, com menor perímetro <strong>de</strong> borda e maior <strong>de</strong>clivida<strong>de</strong> <strong>em</strong><br />

relevo côncavo totalmente florestado associado aos canais profundos <strong>em</strong> pequenos<br />

vales, os quais dificultam <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte a ação do fogo no interior do fragmento e<br />

na circulação dos animais através da floresta, com propósito <strong>de</strong> alcançar as áreas<br />

<strong>de</strong> pastag<strong>em</strong> circunjacentes.<br />

Os distúrbios <strong>de</strong> pisoteio, quebra <strong>de</strong> plântulas, herbivoria e facilitação da<br />

diss<strong>em</strong>inação <strong>de</strong> plantas invasoras são muito mais visíveis no grupo 2, com alguns<br />

pontos s<strong>em</strong> regeneração e com trilhas fort<strong>em</strong>ente marcadas pelo movimento do<br />

gado. Apesar das fortes evidências, esses efeitos no controle da estruturação<br />

<strong>florestal</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser mais b<strong>em</strong> estudados, e as metodologias <strong>de</strong> avaliação revistas,<br />

pois alguns autores (TONIATO e OLIVEIRA-FILHO, 2004; MACHADO et al., 2008)<br />

não encontraram diferenças significativas entre trechos <strong>de</strong> pequenos fragmentos <strong>em</strong><br />

florestas secundárias com diferentes intensida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso pelo gado. Por outro lado,<br />

a falta <strong>de</strong> registros históricos <strong>de</strong> incêndios dificulta melhor compreensão <strong>de</strong>sse<br />

distúrbio nos r<strong>em</strong>anescentes florestais, uma vez que o uso do fogo na região era<br />

uma prática secular (RAMBO, 2005), recent<strong>em</strong>ente proibida, que mesmo<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitas décadas, os seus efeitos influ<strong>em</strong> nas estruturações das<br />

comunida<strong>de</strong>s arbóreas (WIMBERLY e SPIES, 2001).<br />

Segundo Connel (1978), a presença também <strong>de</strong> distúrbios intermediários e<br />

constantes possibilita diferentes níveis <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong> espécies <strong>em</strong> razão da<br />

existência <strong>de</strong> diferentes estágios sucessionais na floresta. Igualmente, esse fator<br />

também po<strong>de</strong> ser uma condicionante para uma maior diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies,<br />

conforme verificado no grupo 2. O mesmo autor afirma que as florestas <strong>em</strong> maior<br />

equilíbrio com baixo distúrbio tend<strong>em</strong> a fortalecer a ocorrência <strong>de</strong> alta dominância <strong>de</strong><br />

poucas espécies no sub-bosque, <strong>de</strong>stacando as tolerantes à sombra <strong>em</strong> florestas<br />

tropicais. De acordo com Wimberly e Spies (2001), essas condições são mais<br />

favoráveis nas encostas das bacias hidrográficas on<strong>de</strong> as florestas pod<strong>em</strong><br />

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