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Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...

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variação ambiental e pedológica. Embora as variáveis do efeito <strong>de</strong> borda e distúrbios<br />

não tenham sido amostradas <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada neste estudo, <strong>em</strong> parte, essas<br />

<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>radas na caracterização dos grupos, uma vez que alguns pontos<br />

amostrais ao longo do gradiente estiveram sobre as mesmas condições <strong>de</strong> solos e<br />

foram agrupados <strong>em</strong> grupos florísticos distintos.<br />

Segundo Surrette et al. (2008), o tamanho ou ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturação das<br />

florestas <strong>em</strong> estágios intermediários <strong>de</strong> sucessão <strong>de</strong>ve mostrar evidência <strong>de</strong><br />

substituição <strong>de</strong> espécies pioneiras por outras <strong>de</strong> estágio avançado, d<strong>em</strong>onstrando a<br />

reconstrução histórica da composição florística <strong>em</strong> gradiente. Desta forma, fornece<br />

um teste indireto da história <strong>de</strong> vida das plantas, que inci<strong>de</strong> sobre o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos solos e distúrbios como pressões <strong>de</strong> seleção.<br />

Portanto, na área do estudo abrangida pela tipologia <strong>florestal</strong> do grupo 2,<br />

FA/FS, que se localizou entre a formação submontana <strong>em</strong> estágio avançado <strong>em</strong><br />

cotas superiores e a formação aluvial, na planície. Na área <strong>de</strong> ambas as formações<br />

(FA/FS), o processo <strong>de</strong> canalização é mais recente. O ambiente é caracterizado por<br />

torrentes e cabeceiras <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> <strong>em</strong> área <strong>de</strong> interflúvio, tendo a sucessão<br />

<strong>florestal</strong> mais recente abrangendo pontos <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> no terreno,<br />

diferindo das florestas do grupo 1 no extr<strong>em</strong>o do gradiente, on<strong>de</strong> essas já passaram<br />

por esse processo <strong>de</strong> canalização e estão <strong>em</strong> estágio sucessional mais avançado<br />

<strong>em</strong> pequenos vales. Essas condições geomorfológicas estruturadas <strong>em</strong> relevos<br />

suav<strong>em</strong>ente ondulados são visivelmente diferentes da planície fluvial e das florestas<br />

<strong>em</strong> vale, pois, conforme Oswalt e King (2005), a canalização não só altera a<br />

composição da comunida<strong>de</strong> vegetal atual, mas também altera os processos<br />

abióticos dominantes, como ex<strong>em</strong>plo, a hidrologia e <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> sedimentos, que<br />

estruturam diversas comunida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> cursos ciliares. Nessa situação <strong>em</strong> pequenas<br />

colinas sedimentares, a canalização favorece o estabelecimento da comunida<strong>de</strong><br />

<strong>florestal</strong> submontana, por meio do aprofundamento do leito e do lençol freático.<br />

Assim, o processo <strong>de</strong> canalização não altera fort<strong>em</strong>ente o meio abiótico no sentido<br />

<strong>de</strong> condicionar fortes diferenças ambientais nos grupos 1 e 2, sendo essas<br />

diferenças <strong>em</strong> razão do processo histórico <strong>de</strong> sucessão e dos distúrbios.<br />

Desta forma, o grupo 2 (FA/FS) nos seus estreitos fragmentos, encontra-se<br />

<strong>em</strong> estágio secundário intermediário a avançado, ocupando uma posição <strong>de</strong><br />

interflúvio na paisag<strong>em</strong>, apresentando maior diversida<strong>de</strong> florística por meio da<br />

contribuição <strong>de</strong> ambos os grupos <strong>em</strong> extr<strong>em</strong>os do gradiente, e possuindo distintas<br />

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