Tese em PDF - departamento de engenharia florestal - ufpr ...
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O grupo 1 é uma fisionomia típica <strong>de</strong> formação submontana (FS), sendo<br />
caracterizado pela predominância <strong>de</strong> Actinost<strong>em</strong>on concolor e Sorocea bonplandii<br />
no sub-bosque, associado com indivíduos <strong>de</strong> maior porte. As espécies que se<br />
<strong>de</strong>stacam são Luehea divaricata, Cordia americana, Chrysophyllum marginatum e<br />
Myrcianthes pungens, que reforçam uma comunida<strong>de</strong> <strong>florestal</strong> secundária <strong>em</strong><br />
estágio sucessional avançado, que somados a área basal dos indivíduos do sub-<br />
bosque resultam <strong>em</strong> um valor elevado (40,0 m 2 .ha -1 ). Segundo Longhi (1997),<br />
florestas com áreas basais superiores a 35 m 2 .ha -1 caracterizam estágios <strong>de</strong><br />
florestas com melhor grau <strong>de</strong> conservação. Esse resultado fitossociológico <strong>de</strong> sub-<br />
bosque com alto percentual <strong>de</strong> importância para espécie Actinost<strong>em</strong>on concolor e<br />
alto valor <strong>de</strong> área basal é s<strong>em</strong>elhante aos encontrados por Jarenkow e Waechter<br />
(2001), Jurinitz e Jarenkow (2003) e Scipioni et al. (2011), com os respectivos<br />
valores <strong>de</strong> área basal, 41,6 m 2 .ha -1 , 37,5 m 2 .ha -1 e 38,5 m 2 .ha -1 .<br />
O grupo 2 apresenta traços florísticos e ambientais <strong>de</strong> ambas as formações,<br />
aluvial e submontana, sendo assim consi<strong>de</strong>rada como FA/FS, <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong><br />
interflúvios 1 com fragmentos florestais estreitos, possibilitando a presença <strong>de</strong><br />
espécies <strong>de</strong> ambos os grupos, aluvial e submontano, s<strong>em</strong> dominância ecológica <strong>de</strong><br />
espécies típicas <strong>de</strong>ssas formações, conforme Figura 10.<br />
O grupo 3, na planície sobre os tributários da microbacia caracteriza a<br />
formação aluvial (FA) por causa da alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e frequência <strong>de</strong> Sebastiania<br />
commersoniana. Situação <strong>de</strong> acordo com os estudos fitossociológicos <strong>em</strong> florestas<br />
às margens <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s rios da região (BUDKE et al., 2007; MARCHI e JARENKOW,<br />
2008), assim como <strong>em</strong> estudos <strong>de</strong> outras unida<strong>de</strong>s fitogeográficas no Sul do Brasil<br />
<strong>em</strong> áreas aluviais (BARDDAL et al., 2004; NOGUEIRA et al., 2010). As variações<br />
pedológicas e hídricas dos solos na planície resultaram na separação <strong>de</strong> dois<br />
subgrupos: no ambiente <strong>de</strong> maior saturação hídrica <strong>de</strong>stacou-se Sebastiania<br />
commersoniana, e no outro subgrupo com menor efeito <strong>de</strong> hidromorfia houve um<br />
<strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> sua contribuição, com realce na importância <strong>de</strong> Eugenia uniflora e<br />
Luehea divaricata. Resultado s<strong>em</strong>elhante para a espécie Sebastiania<br />
commersoniana foi observado por Nogueira et al. (2010), caracterizando a<br />
fitossociologia <strong>florestal</strong> <strong>em</strong> compartimentos pedológicos com diferentes níveis <strong>de</strong><br />
hidromorfia.<br />
1 Pequenas ondulações que separam os vales, cujas vertentes são <strong>de</strong> forma convexa, representando<br />
pequenas colinas (Guerra e Guerra, 2006).<br />
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