odisseia da cura3.pdf

_ Como faz para enxergar tudo isso senhora? _ perguntou
Álefe, voltando-se para a camponesa, que misteriosamente,
havia desaparecido.
Perturbado, o rapaz prosseguiu no caminho indicado, a
fim de encontrar Valentim. Alguns metros à frente, em
meio às árvores de um bosque, deparou-se com uma jovem
vestida de amazona. Sua armadura era de ferro escuro, cobrindo
seus ombros, canelas, braços e ombros, deixando
seu abdômen à mostra, como tradicionalmente eram os
trajes de luta das amazonas em Plêiades. Ela colhia flores
violetas num jardim na beira do caminho, e Álefe a pediu
informação:
_ Com licença, por acaso não avistou um rapaz passar por
aqui?
Quando a moça que estava de contas, virou-se para respondê-lo,
Álefe ficou extasiado com sua beleza. Ela possuía o
rosto mais lindo que ele conheceu em Alioth. Seus olhos
eram da cor do céu, seus cabelos escuros e suas feições tão
delicadas que não pareciam de uma guerreira:
_ Desculpe-me, mas não vi ninguém. _ respondeu a bela
jovem, segurando as flores nas mãos.
_ Por acaso você é guerreira? _ perguntou, notando que ela
usava roupas características e uma espada presa na cintura.
Havia também em suas costas um bastão, que Álefe claramente
identificou como arma de luta.
_ Sim! _ respondeu com um sorriso meigo. _ Por quê? Não pareço?
_ Na verdade não! Seu rosto tem um ar tão puro! _ elogiou o rapaz.