odisseia da cura3.pdf

sejam amendoados e reflitam doçura e sinceridade, sinto
um intenso azul a colori-los e preenchê-los. Rapaz, você
tem alma de príncipe. E seu destino se ampliará a cada
nova descoberta. Há muito mais aqui pra você do que a
cura para ela.
_ Ela? _ questionou perplexo. _ Como sabe disso? Essas
informações são profundamente sigilosas, quem as contou
para a senhora?
_ O Universo! _ disse a camponesa, que mais parecia uma
vidente. _ Filho, tenho experiência o suficiente para enxergar
muito além do que os olhos veem. E te digo que seu
caminho é marcado pela beleza e encanto das flores. Não
vi Valentim, mas ele logo te encontrará. Siga em frente por
esta trilha, no entanto, antes que contemple novamente o
rosto do filho de Merope, se deparará com um dos maiores
motivos pelo qual você voltou.
_ Voltei? _ perguntou Álefe extremamente confuso. _ Eu
nunca estive aqui senhora, então como posso ter voltado?
A velha camponesa riu e novamente disse:
_ Veja este céu, nobre rapaz. Contemple o seu azul a servir
de fundo para o destaque das três luas de Alioth, que sempre
preenchem o firmamento do dia.
Álefe fitou-se no céu, como a senhora pedira e por alguns
segundos viajou no indescritível azul que ele exibia. Em
seguida, ela prosseguiu:
_ Seu caminho é azul como este céu, mas tão desafiador
quanto caminhar pela noite sem o brilho das estrelas.