odisseia da cura3.pdf

_ E nosso novo prisioneiro está bem trancado? Não quero
que ele saia antes de terminar o que pretendo fazer. Até lá,
não ponha as mãos nele.
_ Farei como me ordena! Mas o jovem terráqueo não está
sozinho! _ advertiu Kalanta preocupada.
_ Ele não parece um problema. Ágata e minhas tropas já
estão a caminho. Assim que ela os encurralar tudo será
resolvido.
_ Mas não falo disso! Tem algo naquele garoto que me incomoda
além de sua determinação em pegar a Palma, algo
que nos desafia. Percebi em sua luta com Valentim, o filho
de Merope. E sei que Alcione também já desconfia do mesmo
que eu.
_ Exatamente por isso quero que ele seja executado logo,
antes que nos traga problemas e dor de cabeça! _ acrescentou
o sombrio homem, em tom de ódio e vingança.
Ao dormir no estábulo da vila, Álefe teve um sonho: Viu
sua mãe em meio às flores de um lindo jardim, os pássaros
cantavam à sua volta. Os raios de sol iluminavam seus
cabelos tocados pelo vento, que soprava suavemente. Aos
poucos o rapaz se aproximava, mas estranhamente ela se
afastava de sua presença sem mexer-se fisicamente. Parecia
que a cada passo dele em sua direção, fazia com que ela se
apartasse ainda mais. Em meio ao desespero, correu para
alcançá-la. Porém, Lysa desapareceu. Em seguida, reapareceu
ao seu lado, dizendo-lhe:
_ Precisa tomar cuidado!
_ Por que me diz isso mãe? _ perguntou Álefe, confuso.