odisseia da cura3.pdf

liz, porém curto. O pai morreu pouco antes de a criança
nascer, num acidente de carro, e este fora criado somente
pela mãe, que se empenhava muito para dar-lhe a melhor
educação e bons exemplos de conduta.
Lysa evitava comentar detalhes do acidente responsável
pela morte do pai, uma vez que o carro foi vítima de uma
explosão que não deixou sequer vestígios do corpo.
Álefe sempre foi uma criança muito gentil e agradável,
cresceu apoiando a mãe em tudo, mas tinha poucos
amigos, pois quase não saía de casa. A falta do pai fez com
que se apegasse muito à mãe que quase sempre estava
por perto, exceto quando trabalhava. Desde pequeno, ele
demonstrava atitudes e certas habilidades denominadas
paranormais, que Lysa tentava esconder de todos. Algumas
vezes curava pássaros feridos que encontrava, tinha sonhos
estranhos e até via objetos luminosos que andavam no céu.
Os dois possuíam uma relação muito próxima.
Certo dia, ao ser chamado para jantar, Álefe, com apenas
sete anos, relatou algo perturbador:
_ Mãe, na noite passada, eu tive um sonho tão estranho! _
disse Álefe fitando o infinito com o olhar distante e preocupado.
_ É mesmo filho! Então, conte-me! _ Lysa percebendo o
pensamento distante do menino, que parecia buscar em algum
lugar longínquo as imagens e mensagens do que havia
sonhado, demonstrou interesse dando-lhe a oportunidade
de relatar sua experiência. Embora ela mantivesse a atenção
no cozimento do jantar, voltou o olhar amendoado e
sereno para o rosto do filho, ajeitando os cabelos acobrea-