odisseia da cura3.pdf

ignorar naquele momento seus nobres sentimentos. Álefe
mal ficava de pé, devido ao golpe do oponente. Mas, o que
todos não sabiam era que ele ensinara a defesa deste ataque
a Álefe, caso contrário teria morrido. Graças à intensidade
da luz do golpe de magia, os espectadores não observaram
a defesa do rapaz.
Já em posição de luta, Álefe o convocou ao combate:
_ Você não virá Valentim? Será que tomarei a iniciativa?
_ Não será preciso, vou te dar o último golpe e a luta terminará.
_ respondeu o guerreiro com a convicção de sua
vitória.
Com um extenso salto, Valentim avançou contra Álefe,
este, desviou-se do ataque, revidando rapidamente com a
espada. A cada bater das lâminas, as faíscas se tornavam
cada vez maiores. O som agudo do choque dos metais penetrava
na alma de cada espectador. De repente, a espada
de Álefe se tornou azulada e a força dele aumentou de
maneira exagerada. Valentim desconhecia aquela técnica
e mal segurava os golpes do adversário. Isto não passou
despercebido aos olhos de Alcione, que observava o brilho
da arma do jovem com um olhar perplexo, comentando
consigo em voz baixa:
_ Isso não é possível, como ele...
Ao notar sua desvantagem naquele instante, Valentim se
viu obrigado a terminar a luta, antes que machucasse o
amigo. Ele bateu sua espada no chão para produzir uma
rajada de faíscas, que distraiu Álefe. Em seguida, deu um
salto por detrás do discípulo, posicionando a espada contra
seu pescoço: