odisseia da cura3.pdf

planeta lhe causava certa tensão, pois não sabia como reagir
diante daquelas circunstâncias. Ele estava longe de casa, da
mãe, dos amigos e de tudo o que compunha seu ambiente
natural. Isso, de alguma maneira, revirava suas emoções.
Enquanto seguia com o servo, o jovem esfregava uma mão
na outra, sentindo o medo humano da novidade e do desconhecido,
entretanto, mantinha o foco na necessidade da
cura não só de Lysa, como de toda Terra. Seu atento olhar
à decoração do palácio e movimento dos outros servos que
transitavam por todos os cantos, não deixava escapar um
só detalhe. Curioso e inteligente fazia uma leitura de tudo
e todos.
Ao descer as escadas principais do palácio, ele observou no
teto, que era bem alto, anjos reluzentes que voavam como
pássaros em círculos. Havia outros no salão principal, segurando
palmas, estes chamaram a atenção do rapaz, que os
olhou com familiaridade. Porém, apresentavam-se complexos
e diferentes demais para serem compreendidos por sua
mente humana. Além das roupas majestosas e intensa energia
dos seres angélicos, havia algo que admirava o forasteiro
terráqueo mais do que qualquer outro detalhe, o olhar frio
e, ao mesmo tempo, amoroso que tinham. Eram estáveis e
estáticos como bonecos, porém providos de uma expressão
divina e vibração superior às emitidas pelos homens, repleta
de pureza, sinceridade, nobreza e claro, mistério.
Em seguida, encontrou-se com Merope, que estava entre o
salão principal e o salão de visitas:
_ Como se sente Álefe? Vejo que meu servo te vestiu em
extremo bom gosto! Mamãe irá gostar de vê-lo! _
comentou o príncipe, porém Álefe nada respon-