odisseia da cura3.pdf

_ Quem dera se todos na Terra fossem tão obstinados como
você! Que sua coragem sirva de exemplo para todos nós!
Depois, Álefe se aproximou de Valentim que já estava com
lágrimas nos olhos. Não distante dali, sem que ninguém
notasse, Ágata observava a tudo, olhando profundamente
para o rapaz, como se despedisse dele. Álefe, então, abraçou
fortemente a Valentim agradecendo-lhe por tudo:
_ Você me ensinou tantas coisas. Levarei toda coragem que
ajudou a despertar em mim, adormecida talvez pela falta
de conhecimento, pela inocência ou pelo orgulho, sei lá...
Nunca me esquecerei de um amigo como você! O levarei
no coração para sempre! Adeus!
_ Faço minhas as suas palavras! Siga nesta bravura e coragem
e lembre-se sempre de nossos treinamentos. Não se
preocupe, iremos atrás de Havén para encontrá-lo. Adeus!
_ respondeu Valentim sem conter a emoção da despedida
ao deixar escapar uma lágrima.
Álefe se afastou em direção ao portal, com um pranto
contido. Jamais imaginou que ganharia tantos amigos
naquele estranho mundo. Ao virar-se para entrar no
túnel, sem querer, avistou Ágata em cima do muro do
palácio e olhou fixamente nos olhos da bela por alguns
instantes:
_ Adeus! _ disse ele aos sussurros e com um forte aperto
no coração. Em seguida, entrou no portal e não viu mais
nada.
De um sobressalto e como se seu coração parecesse sair
pela boca, Álefe despertou. O rapaz notou que estava deitado
em sua cama, vestido com as roupas que usava na