odisseia da cura3.pdf

Com todas as forças que lhe restavam, Álefe arrastou Valentim
desesperadamente para dentro do túnel. Kedáre correu
rapidamente, mas, não conseguiu alcança-los. Ambos desapareceram
num piscar de olhos junto com o portal.
Quando caíram em si, estavam dentro de uma espécie de
gruta. Todo o local era cravejado em esmeraldas e de um
brilho excepcional. Álefe contemplava o lugar, admirado
com tamanha beleza. Não via a Palma em nenhum dos lados.
Para piorar, seu amigo estava gravemente ferido e quase
inconsciente.
_Valentim! Consegue me ouvir? _ perguntou ao segurá-lo
firme, agachado no chão.
_ Sim, mas quase não possuo forças para responder. Acho
que o ferimento é grave demais para que me cure, com a
virtude que Rafael lhe concedeu. _ respondeu Valentim
descrente e sem forças para falar direito, quase sem vida.
_ Não! _ exclamou Álefe. _ Não acredite nisso! O poder
que Rafael me concedeu é infinito! Ele mesmo afirmou
isso ao dizer que eu poderia restaurar o corpo de qualquer
ferimento. Enquanto houver fôlego de vida em você, sei
que é possível!
Álefe estendeu a mão direita em direção a Valentim,
pensou novamente em todas as coisas em que acreditava
serem boas e em tudo aquilo que o incentivou a chegar
até ali. Lembrou-se de todos os momentos de alegria em
que vivera ao lado do amigo, dos treinos, das batalhas e
até das vezes em que apenas riam juntos nos pátios do
palácio e disse emocionado para ele, enquanto a energia
se expandia: