odisseia da cura3.pdf

Álefe não sabia o que fazer, seus inimigos o cercavam e Valentim
estava à beira da morte. Guímel estava próximo, porém
a única coisa que podia fazer era torcer por eles. Se
interviesse, todos saberiam que agora estava ao lado de
Álefe, jogando por terra todos os seus planos. Ao mesmo
tempo, estava chocado em saber que seu pai havia
morrido. Kedáre, aproveitando a chance, sem nenhuma
misericórdia, ousou avançar na tentativa de matá-los:
_ Vou acabar com vocês aqui mesmo! _ disse ao desembainhar
a espada. Logo, lançou-a em direção aos dois que estavam
no chão, sem possibilidades de defesa. Para ele, pouco
importava os sentimentos alheios e os laços que uniam os
guerreiros. Agora, envolvidos pela dor que ameaçava separá-los
para sempre.
Ágata permanecia inerte e somente os observava.
Estavam indefesos e sem a menor possibilidade de fuga.
No entanto, Álefe parecia ignorar o inimigo, fixando a
atenção apenas no amigo que morria em seus braços. De
repente, a esmeralda começou a brilhar intensamente
em seu bolso.
Álefe segurou a pedra fortemente, com o pressentimento
que uma esperança brotava naquele instante. Todos se
impressionaram com a luz da belíssima joia, que fez
com que a espada do inimigo caísse ao chão. Mesmo
assim, Kedáre, sem nenhuma intimidação, prosseguiu
em direção a eles. O brilho radiante da pedra abriu uma
espécie de portal diante de Álefe. A voz de Esmeralda, a
fada, orientou-lhe:
_ Corra para o túnel, para que salve sua vida! A chave para o que
procura é a pedra e ela acaba de abrir a porta para você.