odisseia da cura3.pdf

Ágata, provavelmente não sobreviveria. Álefe permanecia
paralisado e preocupado com a vida do amigo.
Ágata segurou na mão uma rosa branca que havia
colhido há pouco. As belas flores eram as que possuíam
maior poder explosivo, sendo três vezes mais poderosas
que as lançadas anteriormente.
Enquanto Valentim mantinha-se atento ao próximo ataque,
Kedáre, aproveitando a oportunidade, aproximou-se
por detrás dele com a espada de Merope nas mãos. Álefe
conseguiu vê-lo e tentou avisar ao amigo:
_ Valentim, atrás de você! _ gritou Álefe. Todavia, quando
ele se virou para trás, já era tarde. Valentim estava muito
envolvido no combate. Não notou a presença sorrateira de
Kedáre, que num ataque covarde perfurou sua barriga com
a espada de Merope. Imediatamente, o rapaz caiu ajoelhado
e segurou a espada cravada no abdômen, tendo ainda
forças para arrancá-la de si. Posteriormente, Ágata abaixou
a rosa, desistindo do ataque:
_ Isso é pela morte de meu pai! _ exclamou Kedáre com a
voz e expressão tomadas de ódio. Em seguida, afastou-se.
Álefe correu até Valentim para socorrê-lo, segurando-o
firme em seus braços. Em meio à sua aflição, tentava
reanimá-lo, mas o ferimento parecia fatal. O sangue
escorria em grande quantidade e aos poucos, os sentidos
do forte e corajoso Valentim esvaiam-se juntamente
com seu fôlego de vida. Seria o fim do guerreiro chefe da
milícia de Alioth? Seriam os últimos instantes da vida do
filho de Merope, que arriscou tudo a fim de proteger e
ensinar o Eleito dos Arcanjos a tornar-se um guerreiro?