odisseia da cura3.pdf

_ Não sujarei a espada que ganhei de meu pai com o sangue
imundo de um terráqueo! Você é a causa de toda esta
guerra! _ disse revoltada.
A ira de Ágata foi arremessada contra Álefe, este fez o possível
para conter a violenta afronta da jovem, no entanto,
a força dela era incomparável com a pouca experiência do
rapaz. Ele conseguia deter poucos golpes com a ajuda da espada
que ganhara do Arcanjo Miguel, mas recebeu diretamente
a maioria deles. Numa tentativa desesperada, Álefe
tentou saltar para trás, a fim de fugir dos ataques, porém
foi atingido em cheio pelo bastão e caiu ferido na bela grama
verde da Montanha:
_ É uma pena! _ exclamou Ágata, sarcasticamente. _ Uma
grama tão linda ter que presenciar este fato. Não quero
perder tempo aqui com você, tenho que pegar a Palma e
levá-la para meu pai!
_ Mesmo que seja muito forte Ágata e acredite cegamente
em Juliano, não permitirei que roube a Palma! Eu a defenderei
com minha vida! _ disse Álefe em voz firme, embora
estivesse ferido e sem condições de enfrentá-la.
_ Roubar? O único ladrão aqui é você, que veio de outro
planeta para destruir nossa paz. Eu te exterminarei agora e
meu pai ficará imensamente feliz por isso!
Ágata ergueu o bastão com toda a força e desferiu um
golpe contra o rapaz, porém, antes que o acertasse, o
bastão foi impedido pela espada de Valentim:
_ Desculpe a demora, caro amigo, mas estou aqui! _ disse Valentim
a Álefe enquanto segurava com a espada o bastão da amazona, que
por pouco não feriu gravemente o Espírito Sagrado.