odisseia da cura3.pdf

Quando acordou, Álefe viu-se deitado na areia de um local
que se assemelhava a uma praia, localizada num estranho e
belo lugar. Ele levantou-se, olhou à sua volta e viu que uma
floresta cercava todo o ambiente. A sua frente estava um
lago semelhante ao mar. Havia formações rochosas muito
altas que se estendiam de dentro da água, como torres de
pedra. Ao apreciar o céu, avistou muitas estrelas bem luminosas
e próximas, sendo que uma em especial era maior e
seu brilho mais intenso.
O que mais chamou a atenção do jovem foi não discernir
se era noite ou dia, o céu era repleto de estrelas como numa
noite, mas o ambiente era mais claro do que a noite de lua
cheia na terra. Ele observava perfeitamente tudo a sua volta
devido à claridade.
O rapaz, emaranhado a tanta novidade naquele cenário extraterreno,
sentia-se como num sonho. Ao mesmo tempo,
comparava-se a uma criança descobrindo a beleza do mundo
sob o olhar curioso e admirado. A boca entreaberta fazia
companhia para os olhos arregalados, que não piscavam
um só instante. Profundamente impressionado, o jovem
parecia desconsiderar totalmente fatos como o de estar à
incontável distância do seu planeta natal.
O vento da noite plêiadiana que balançava as árvores tocava
sutilmente o rosto de Álefe, que aos poucos, processava
as informações e impressões visuais que o magnífico cenário
lhe oferecia.
_ Espantado com o que vê? _ perguntou uma voz que estava próxima dele.
Álefe olhou pra trás e notou que o anjo que o conduzira, o observava
atentamente.