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Imediatamente, a estrela luminosa que estava na mão do
anjo se ascendeu formando uma espécie de portal, semelhante
a um túnel. Álefe se espantou com aquela visão, seu
coração bombeava suas emoções numa melodia singular.
Sem mencionar uma palavra, imediatamente foi puxado
para a passagem dimensional. Ele sentia que percorria grandes
distâncias a uma velocidade incalculável, o caminho
dava voltas e fazia curvas bruscas. A aceleração da viagem
dimensional se intensificava cada vez mais, ele sentia seu
corpo integrado ao universo, como se fossem um. Apenas
se entregava a leveza daquela linda experiência, como um
pássaro plaina nas asas dos ventos.
Quando cessou a viagem, Álefe foi lançado no espaço sideral
girando várias vezes no ar que não possuía gravidade,
seu corpo bailava em círculos numa silenciosa canção.
Ao término dos giros, olhou à sua frente e deslumbrou-
-se numa visão que jamais tivera o prazer de contemplar!
Nem mesmo em seus estudos e pesquisas viu algo que se
comparasse àquilo. Eram muitas estrelas agrupadas, todas
brilhantes em tons azuis, uns claros e outros intensos. Era
um aglomerado de estrelas que ele logo deduziu tratar-se
de Plêiades.
Álefe sentiu seu corpo ser sugado delicadamente pela
energia das estrelas e voava entre elas notando que umas
eram consideravelmente maiores que as outras. A beleza
incomparável do aglomerado no qual estava imerso, lhe
arrancavam sensações de êxtase e satisfação. Enquanto
flutuava pelo espaço inebriado com tamanha exuberância
da constelação tão estudada e pesquisada por ele, o rapaz
aos poucos perdeu os sentidos e adormeceu em meio à
imensidão do universo.