odisseia da cura3.pdf

_ Kalanta! _ afirmou o príncipe, convencido.
_ Sim! Somente ela teria tal habilidade! _ mencionou a
rainha convicta. _ Kalanta já se passou por muitas pessoas,
diversas vezes!
_ É isso! Agora eu compreendo! _ disse o príncipe, lembrando-se
de algo importante. _ Há alguns dias atrás, antes
que Valentim e Álefe partissem em busca da Palma, Baltazar
se ausentou para visitar seus familiares e estranhamente,
encontrei-o aqui no palácio momentos depois. Questionei-
-lhe o porquê de ter voltado e ele me disse que terminaria
alguns afazeres antes de partir. Porém, já haviam se passado
cinco horas desde que o vira pela última vez.
_ Era ela Merope! _ concluiu Alcione. _ Kalanta esteve
aqui e debaixo do nosso nariz roubou o colar! Ela e Juliano
sabem que a única maneira de ativar a Palma é através
dessa joia, caso contrário, eles nunca conseguirão utilizá-la.
_ Mais um motivo para ir até Rafael! Só ele pode nos orientar
lucidamente! _ acrescentou o príncipe que agora tinha
motivos de sobra para ir até o Arcanjo.
Os dois saíram às pressas do palácio e foram ao Templo do
Arcanjo em busca de apoio e de uma suposta permissão
que Merope tanto desejava. No caminho, estavam pensativos
e atordoados quanto ao furto que ocorrera. Foram de
carruagem, ela era de madeira branca com adornos verdes
e dois belos cavalos negros guiavam a mesma. Ambos partiram
de forma disfarçada para não levantarem suspeitas
nas pessoas das aldeias vizinhas, que nada sabiam sobre o
ocorrido e nem sobre a missão que envolvia a Palma.
Ao chegarem ao templo, perceberam que os serafins já esta-