odisseia da cura3.pdf

_ Sim! _ respondeu Juliano friamente. _ Ela sabe que você é tudo
pra mim e que te ver sofrer é a pior coisa que pode me acontecer!
_ Por quê? _ questionou a menina em prantos. _ Como vou viver
sem eles?
_ Eu sei que dói! Porém, há uma maneira de se vingar dela e
fazendo assim, sua dor diminuirá! _ disse Juliano sugerindo vingança
à filha.
_ E qual é? _ perguntou triste, porém interessada.
_ Torne-se uma guerreira! _ exclamou o pai em tom empolgado
como se nada tivesse ocorrido à filha. _ A mais forte que já houve
em toda Plêiades e vingue-se dela! Se tivesse treinado comigo, já seria
forte e teria impedido que eles morressem! Mas ainda é tempo,
lute comigo e será invencível!
_ Papai, eu quero que me treine e me torne a guerreira mais poderosa
que já houve! E juro que matarei Alcione e você se tornará rei
como sempre mereceu! _ respondeu Ágata, que movida pela dor
da perda e profunda mágoa, aceitou finalmente o convite do pai
para tornar-se guerreira.
Em poucos anos, para orgulho de Juliano, ela havia se tornado
invencível e ninguém na região conseguia derrotá-la.
Ela cresceu forte e cheia de amargura e rancor por Alcione,
disposta a vingar-se da morte de seus animais.
Essa lembrança soava forte na mente de Ágata dentro do
calabouço e seu ódio por Alcione crescia cada vez mais:
_ Maldita Alcione e seu Reino! _ exclamou a amazona. _
Vai pagar caro por meu sofrimento e por roubar o trono
de meu pai!